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Wide Receiver na primeira rodada: valeu a pena?

Na última quarta-feira (23), antes do primeiro dia do Draft 2020, saiu um texto com a minha opinião sobre a possível escolha de um wide receiver na primeira rodada. Adianto que, no texto (que você confere na íntegra aqui),  eu disse que não valeria a pena.

Mas como todos sabem, as coisas na NFL são imprevisíveis. No Draft então, essa imprevisibilidade é ainda maior. Nem nos melhores sonhos da staff do Dallas Cowboys e de todos nós, CeeDee Lamb estaria disponível na 17ª escolha geral. O jogador caiu no nosso colo e Jerry Jones não deixou passar. A pergunta que venho responder nesse texto é: ainda mantenho a minha opinião sobre não valer a pena um WR na primeira rodada?

 


O histórico de CeeDee Lamb

Conforme abordado no primeiro texto, esta foi a melhor classe de wide receivers de todos os tempos. CeeDee Lamb, por sua vez, era considerando um dos melhores – se não o melhor – jogador da posição.

Nascido em Opelousas, Louisiana, o novo WR do Dallas Cowboys recém completou 21 anos. Morou em New Orleans até a necessidade de mudança de sua família para Houston, devido ao Furacão Katrina. Seu talento se destacou desde o ensino médio na John and Randolph Foster High School, onde somou 98 recepções para 2.032 jardas em 33 touchdowns em seu último ano.

Já pelo Oklahoma Sooners, time da University of Oklahoma, somou 173 recepções para 3.292 jardas e 32 touchdowns em 3 anos – sendo 2019 o mais produtivo deles.

 


A situação do Dallas Cowboys

Dallas tinha a defesa como principal setor a ser reforçado. A aposta era que a equipe iria selecionar um safety, cornerback ou edge na primeira rodada, pois eram as principais necessidades.

O Draft foi se desenrolando e algumas escolhas não foram como o esperado. Equipes que poderiam facilmente ter escolhido o jogador, deixaram passar. O New York Jets e San Francisco 49ers, que tinham a posição como need, selecionaram o OT de Louisville Mekhi Becton e o DL de South Carolina Javon Kinlaw, respectivamente.  Já o Las Vegas Raiders e Denver Broncos que também precisavam reforçar o corpo de wide receivers, escolheram Henry Ruggs e Jerry Jeudy, respectivamente, ambos de Alabama.

O Atlanta Falcons, como esperado, escolheu um CB. Foi aí que CeeDee Lamb “sobrou” para o Time da América.

 


O veredito
(Foto: Tom Fox/Dallas News)

Entendo completamente a escolha, apesar de não ter gostado tanto dela do momento do anúncio até o final do Draft. Explico:

A minha reação, na hora, foi de absoluto ódio — como podem ver no vídeo abaixo. Quando pesquisei para fazer a primeira matéria, consegui reforçar na minha cabeça a ideia de não queria de jeito nenhum um wide receiver na primeira rodada. Queria muito que Dallas utilizasse a primeira escolha para reforçar a secundária. Minha ideia inicial era C.J. Henderson e, se o jogador não estivesse disponível, Xavier McKinney (ou até Delpit, mas nos mocks que participei, optei pelo safety de Alabama).

 

Mas, conforme abordado anteriormente, ninguém esperava que um jogador com o cacife de Lamb chegaria a 17ª pick. Confesso que, sem saber o desenrolar do Draft, eu não teria arriscado. Não que escolher CeeDee fosse um risco, digo no sentido de perder os melhores nomes defensivos.

No dia seguinte, antes do segundo e terceiro rounds, escrevi no meu twitter pessoal minha opinião sobre a escolha. Lá, respondi três perguntas: “Gostei da escolha? Não. Concordo com a escolha? Não. Entendo a escolha? Sim.” E posso dizer que hoje – bem antes do esperado – mudei de ideia. Gosto, concordo e entendo a escolha. Mas somente pelo Draft que conseguimos realizar. Dallas, além de ter adicionado um ótimo WR, conseguiu se reforçar em quase todas as posições que tinha necessidade.

Minha maior preocupação era safety, mas o próprio Mike McCarthy disse que confia nos jogadores que temos e que ainda temos CBs que podem atuar na posição. Eu já confiaria no head coach em situações “normais”, com o Draft que a franquia fez então… Os planos que ele e o novo coordenador defensivo, Mike Nolan, tem para o Cowboys parecem ser espetaculares.

Além de tudo isso, Dallas conta agora com o melhor corpo de wide receivers da Liga. Mal posso esperar para ver Dak, Cooper, Gallup, Lamb e Elliott em campo. Então, a escolha valeu sim a pena – e muito.

 


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Carol Grigori

Carioca vivendo em São Paulo, Engenheira de Produção e se especializando em Data Science. Escreve sobre NFL há 4 anos e é Gerente de Qualidade da Liga BFA. Obcecada pelo Dallas Cowboys e Flamengo.

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