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Troy Aikman não acredita em solução rápida para os problemas defensivos dos Cowboys

O ex-quarterback dos Cowboys e atual comentarista da Fox Troy Aikman foi entrevistado recentemente no programa The Musers da emissora 96.7 FM/1310 AM The Ticket (KTCK-AM) para dissecar a derrota do Dallas para Seattle. Aqui estão alguns dos destaques:

Você acredita que a falta de pré-temporada realmente prejudicou os Cowboys, especialmente porque eles têm uma nova comissão técnica?

Aikman: Sim, eu acho. Acredito que está acontecendo com muitas equipes. Não penso que seja apenas Dallas. Se você olhar para os Saints, eles ainda não jogaram seu melhor futebol. Eles são uma das equipes que pensei que teriam uma vantagem, pela continuidade. Acho que, na maior parte dos casos, se você olhar ao redor da liga – Seattle sendo um dos exemplos – os times que seguiram com alguns treinadores, o quarterback consolidado, um quarterback veterano que também está lá há alguns anos, essas equipes tiveram uma vantagem decisiva entrando nesta temporada. Eu também acredito que, seja em Dallas ou em outras franquias, este é um ano louco e eu acho que os padrões pelos quais estamos avaliando outras equipes e julgando-as de semana a semana não são os mesmos de anos anteriores, por conta do que você acabou de dizer: o pouco tempo juntos durante a offseason.

Então, muito do que eu acredito é que quando uma equipe é construída e se junta como um conjunto, esse estágio termina … sim, claro que no training camp, mas acho que precisamos voltar esse olhar para as OTA´s e o tempo que os jogadores passam trabalhando juntos. É quando você realmente aprende sobre seus companheiros de equipe e desenvolve uma confiança. Este ano, muitos desses jogadores nunca chegaram a ficar cara a cara até chegarem ao training camp. Portanto, é uma grande desvantagem para uma franquia que teve uma maior rotatividade de jogadores, mas especialmente da comissão técnica. Não tem sido ótimo em muitos aspectos, mas – vocês falaram sobre isso ontem – a boa notícia é que a divisão não é muito competitiva e Dallas ainda é claramente o melhor time. Eu não entraria em pânico, mas acho que todos reconhecem que há muito trabalho a ser feito.

O quanto podemos esperar de melhora na defesa de Dallas para alcançar o que pretenderíamos numa temporada “normal”, já que estamos em uma muito anormal?

Aikman: Acho que é uma pergunta justa e não tenho uma boa resposta para isso. É interessante porque, à medida que vão acontecendo esses acordos coletivos, os proprietários vão querendo mais dinheiro e percentuais maiores. Os jogadores, em sua maioria, o que eles seguem recebendo em contrapartida é menos tempo de treinos. Dá nisso. Eu não entendo muito bem essa situação. Acho que compreendo a mentalidade de que todos queremos receber mais e fazer menos. Esse é apenas um aspecto da natureza humana. Ainda assim, quando se trata de um empreendimento atlético e eu acho que como em qualquer atividade – se você quer ser ótimo em alguma coisa, você precisa investir tempo. Você tem que trabalhar nisso. Portanto, os jogadores não estão muito tempo juntos. Eles não estão treinando tanto. Eles não estão trabalhando tanto por conta própria; as coisas que os levam a serem excelentes em seus esportes, em suas ocupações. Aí você entra nesses jogos e não joga bem, os times não atuam bem. Eu não sei como isso se encaixa para um jogador que quer ser o melhor que pode ser. Portanto, você até tem o direito de se dirigir aos treinos, mas está limitado em tudo o que pode fazer na prática. Dessa forma, você não obtém a mesma quantidade de trabalho como antes.

O jogo de domingo … os Cowboys já haviam cedido várias jogadas para uma grande quantidade de jardas nos dois primeiros jogos. E na partida de domingo eles voltaram a ceder muitas jardas em várias jogadas de novo. Sei que as pessoas apontam para Mike Nolan e dizem ‘ei, e esse esquema?’ E eu disse isso durante a transmissão, eles estão fazendo mais coisas do que há um ano. Eles estão menos previsíveis no que estão fazendo, mas as coberturas – especialmente naqueles dois primeiros longos touchdowns, onde o jogador ficou completamente livre, o primeiro para Tyler Lockett, e o segundo, que eles conseguiram liberar o DK Metcalf, as jogadas eram basicamente as mesmas coberturas e essa rota deveria ter sido percorrida. Você poderia argumentar que outros espaços poderiam estar abertos, porque dentro de cada cobertura existem vulnerabilidades. Mas aquele recebimento livre em profundidade não poderia ocorrer. Então isso não teve nada a ver com o treinamento, foi apenas uma execução ruim apontando para a perspectiva dos jogadores. Por que isso está ocorrendo? Bem, cabe a um treinador explicar se os safeties tiveram problemas com a cobertura ou não ou o que quer que eles possam tentar fazer para corrigir essas coisas. Mas correções são difíceis de serem realizadas – a qualquer momento, na verdade, em qualquer ano. É difícil fazer essas revisões no decorrer de uma semana e eliminá-las imediatamente.


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Fonte
Dallas Morning News

Diego Barros

Torcedor do Dallas escondido no velho oeste do Rio Grande do Sul. Veterano na torcida desde a década de 90, louco para recuperar o Lombardi.

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