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Pela última vez na temporada, a equipe do BSB elege os melhores jogadores em campo da última partida do time nos playoffs de 2018. E infelizmente foi uma derrota dolorosa que os torcedores dos Cowboys acompanharam no último sábado. O ataque dos Rams e seu Head Coach Sean McVay deram uma aula ofensiva e, principalmente, de preparação e plano de jogo ao enfrentar os Cowboys no Divisional Round. Como já foi noticiado pelo site nesta matéria, o ataque dos Rams já sabia fazer o que os Cowboys iriam fazer em quase 90% dos snaps. É meio absurdo pensarmos neste número. Afinal de contas, o time se preparar tanto e chegar a este nível em apenas uma semana é meio absurdo, Mcvay é realmente este absurdo e gênio ofensivo que muito se fala nestes últimos dois anos ou a defesa dos Cowboys não é lá muito complexa para ser estudada. Pode ser um pouco das duas coisas, e, principalmente, os Cowboys não conseguem mudar ou adaptar o seu plano de jogo durante as partidas quando as coisas não estão indo bem para o time texano. Já vimos muito disto nos últimos dois anos, a comissão técnica não é boa em ajustar os times nos intervalos de jogos.
Apesar da derrotada no último sábado, o saldo da temporada dos Cowboys é até positivo. Principalmente se analisarmos do ponto de vista da situação do time depois do mês de Setembro. O time começou a temporada com um recorde de três vitórias e cinco vitórias na temporada regular, e naquela época, quase ninguém do meio da NFL colocava os Cowboys na pós temporada. Ainda mais conseguindo uma vitória nos playoffs. Mas tudo isso felizmente aconteceu. O time conseguiu uma boa sequência de vitórias após a chegada do wide receiver Amari Cooper dos Raiders na semana 09, após uma troca envolvendo uma escolha de primeira rodada de 2019 dos Cowboys. Falando na troca, o saldo final é positivo! Dallas conseguiu um wide receiver “veterano” de apenas 24 anos. Fica ainda mais positivo se analisarmos que um dos principais fatores das cinco vitórias do time foi a chegada do jogador. Cooper foi extremamente importante na melhora de produção do ataque dos Cowboys. Quase todos os principais indicativos de produção foram dobrados com a chegada de Cooper a Dallas. O time era um dos quatro piores em conversão de terceira descida antes de Cooper e passou a ser um dos dez melhores depois que ele chegou. Sem falar da produção de Dak que melhorou bastante com a chegada do jogador. O que se espera para a temporada de 2019 é uma melhora ainda melhor da química entre os dois jogadores. Afinal de contas, Cooper agora participará do training camp dos Cowboys, e este período é de extrema importância para melhorar a química entre os jogadores do ataque, principalmente entre wide receivers e quarterbacks.
Agora, uma coisa que eu gostaria muito que mudasse para a próxima temporada, é uma mudança na comissão técnica dos Cowboys. Vou deixar aqui uma opinião um pouco mais particular neste momento. Eu não sou muito fã de Jason Garrett. Desde quando assumiu a equipe há quase 10 anos, nunca gostei do perfil de técnico que ele representa. Acho ele muito conservador, não é de inovar muito a forma de jogar, bem pragmático e a maioria dos seus times mostram um jogo old scholl football. Devido a quantidade de tempo que o técnico está no cargo, e, principalmente, pela falta de resultados bons na pós-temporada ( o time venceu apenas dois jogos de playoffs no período em que ele foi o técnico principal), acredito que já deu desta comissão técnica em Dallas. Algumas mudanças deveriam ser feitas. Se a mudança não vier no cargo de head coach, que no caso seria até aceitável se Garrett fosse mantido no cargo, afinal os jogadores dos Cowboys amam o seu treinador. Além deste fato, ele é muito querido por todo o front office de Dallas e as opções no mercado para o cargo de head coach não seriam muito melhores ao manter Jason no cargo.
Mas se existe uma mudança que deve ser feita na comissão técnica é a de coordenador ofensivo. Nos últimos dois anos de temporada regular, os Cowboys tem uma média de 21 pontos marcados por jogo. O time foi o 14º em pontos marcados em 2017 e 22º em 2018, com média de pontos parecidas nas duas temporadas. Mas este é apenas um fato que retrata bem o tipo de ataque os Cowboys tiveram com a liderença de Dak Prescott nestes últimos dois anos. A unidade ofensiva do time não é lá das mais dominantes na NFL. O time quando enfrenta dificuldades nos jogos quando não impõe seu jogo terrestre no ataque. A identidade do time é essa desde 2014, onde a defesa precisa ficar pouco tempo durante as partidas para sempre manter o nível elevado quando está em campo. Com isso, Dak sente dificuldade em impor o jogo quando a partida pede para lançar mais bolas e deixar o ataque mais dinâmico e com campanhas mais rápidas, o que dificilmente acontece nas partidas dos Cowboys no últimos dois anos. A troca de coordenador ofensivo também seria importante devido que 2019 é o último ano do contrato de calouro de Dak Prescott. Penso eu que seria de extrema importância o jogador treinar com um coordenador ofensivo diferente que soubesse aproveita-lo melhor, sabendo evoluir bem o jogo do nosso camisa quatro. Se isso viesse acontecer, Dak conseguiria evoluir ainda mais daquilo que demonstrou no final desta temporada e Dallas conseguiria mais fatos para ajudar na decisão de contrato que Dak vai receber futuramente.
Já no lado defensivo da bola, nosso coordenador defensivo dificilmente mudará para a temporada do ano que vem. Marinelli tira leite de pedra desta defesa dos Cowboys há muito tempo. Desde 2014, a defesa dos Cowboys é conhecida com no name defense, devido ao fato da defesa não ter nomes de destaque entre os titulares. Isto mudou de 2016 para cá, onde alguns jogadores conseguirão melhorar muito a performance defensiva dos Cowboys. É o caso de Byron Jones e D-Law. Mas Marinelli é ainda um bom coordenador defensivo. O problema está nas entrevidas que Kris Richards fez nas últimas duas semanas. Vários times o entrevistaram para o cargo de Head Coach e isto pode dificultar manter o treinador em Dallas nos próximos anos. Dallas poderia fazer uma promessa do cargo de coordenador defensivo para a próxima temporada, afinal, Marinelli e Jason Garrett estariam nos últimos anos em 2019, com isso Dallas tomaria a verdadeira decisão de que rumos tomar a partir do ano que vem. Mas até mesmo para Garrett e Marinelli o ano que vem deveria ser o último anos dos técnicos em Dallas. Foi tempo demais com o time no comando desta comissão técnica e acredito que apenas coordenador ofensivo seria ótimo ter uma mudança neste cargo já a partir do ano que vem.
Gostaria de agradecer a todos os leitores que acompanharam a coluna esta temporada. Faço aqui a minha despedida, prometendo para o ano que vem uma mudança na coluna com um melhor entendimento das posições do ranking para a próxima temporada. Provavelmente durante a temporada regular farei um texto explicando as regras e deixando claro os principais aspectos de avaliação durante os jogos.
O último Power Ranking dos jogadores da temporada de 2018, será diferente. Como o time não teve grandes destaques durante a partida, a defesa quase toda foi anulada pelo ataque dos Rams, colocarei aqui alguns dos bons destaques que aconteceram na partida.
01 – Nossos calouros jogaram bem durante a partida.
Michael Gallupp foi provavelmente o melhor jogador do ataque dos Cowboys. Foi o líder do time em recepções e em jardas recebidas. Teve provavelmente a melhor partida do ano contra os Rams. Para o ano que vem, Gallupp será tranquilamente o wide receiver número 2 dos Cowboys.
Outro jogador que fez um bom jogo foi a escolha de segunda rodada. Connor Williams jogou contra o melhor jogador defensivo dos últimos dois anos. E cedeu apenas duas pressões e cometeu uma falta de holding em cima de Aaron Donald. Isto não quer dizer que o jogador anulou totalmente Donald na partida, mas fez um bom jogo para um calouro que enfrentou um defensor tão dominante na liga.
02 – DeMarcus Lawrence
Não se apegue ao fato de poucos sacks nos últimos jogos, o jogador conseguiu apenas dois sacks nas últimas sete semanas. Mas Lawrence sempre enfrenta marcação dupla nas partidas. E apesar de ser o principal pass rusher do time, Lawrence é excelente em parar o ataque terrestre. Na última partida ele conseguiu realizar três tackles e um tackle para perda de jardas. Como o time dos Rams foi extremamente eficiente nos bloqueios terrestres, o jogador sempre enfrentava bloqueio duplo nas jogadas. Mas ainda assim ele consegue aparecer nas partidas e realizar boas jogadas.
03 – Amari Cooper
Autor do único touchdown na partida. É o alvo favorito do nosso camisa quatro e tomara que na próxima temporada a química entre os jogadores melhore bastante. Como dito anteriormente no texto, Dallas precisa de um coordenador ofensivo mais criativo e que saiba usar todas as armas que tem. Na partida contra os Rams, Cooper foi um dos alvos de Dak que mais conseguiu primeiras descidas com suas recepções.
04 – Secundária dos Cowboys
Se houve algum ponto positivo na defesa dos Cowboys foi a partida que a secundária fez. Não que ela tenha jogado bem, mas foi o setor menos pior do time. Quando um time consegue impor tão facilmente o ataque terrestre na partida, fica difícil para a secundária marcar os wide receivers quando o ataque vai para os passes. Sempre acontece aquela indecisão na hora do snap e com este milésimos de segundos a favor, os jogadores do ataque conseguem se livrar da marcação. Além disso, os Rams eram o time que mais usaram o playaction durante a temporada regular. Tudo isso dificulta e muito a marcação da secundária. O lado bom da partida é que Goff teve apenas 53% dos passes completados para 186 jardas e nenhum touchdown. Foi o único lado um pouco mais positivo que pode ser analisado na unidade defensiva dos Cowboys na partida. Byron Jones caiu de rendimento na segunda parte da temporada. Na partida cedeu vários passes para jogadores que estavam sobre a sua marcação.
05 – Dak Prescott
Errou alguns passes até fáceis durante algum momento da partida. Quando Talib saiu contundido da partida, seu desempenho melhorou e conseguiu realizar algumas ótimas conexões em passes mais longos para Michael Gallupp. O lado ruim é que a leitura do jogador ainda continua lenta durante alguns passes. Um dos principais fatores da real necessidade de mudança no cargo de coordenador ofensivo é pela mudança e evolução de jogo do nosso camisa quatro. Seria muito interessante ver o jogador ser treinador por outro tipo de treinador que tenha um perfil mais criativo e ousado para este ataque dos Cowboys. Seria ótimo vermos isso na próxima temporada.