DraftOpinião

Por que a corrida por quarterbacks é o melhor cenário para o Dallas Cowboys

19ª escolha geral. Foi essa a escolha de primeira rodada dada ao Dallas Cowboys após a temporada com um recorde de 9-7 em 2017. Nela, o Time da América busca uma solução quase que de curto prazo para alguma posição do time. Qual posição será o jogador escolhido nós ainda não sabemos, mas já é possível ter uma ideia.

Entre as ideias possíveis, o que podemos ter certeza é que o time não selecionará um quarterback com a escolha de primeira rodada. Por mais que seja óbvio, cabe uma explicação: o time confia em Dak Prescott para ser seu QB por um bom tempo e, mesmo se não confiasse, possivelmente não restaria nenhum jogador da posição bom o suficiente para ser selecionado com a escolha do Dallas Cowboys.

Com isso em mente, podemos ter uma noção clara de que o Cowboys selecionará qualquer jogador que não seja um QB. Também, sabemos que 18 jogadores serão escolhidos antes do Dallas Cowboys ter a oportunidade de selecionar o seu jogador — caso o time não troque sua escolha, obviamente. Juntando os dois raciocínios, podemos enxergar um cenário em que favoreceria o Time da América.

Caso nenhum quarterback seja selecionado nas primeiras 18 rodadas, teríamos 18 potenciais jogadores sendo selecionados antes que o Dallas Cowboys pudesse fazer sua escolha. Quanto maior for o número de QBs selecionados antes da 19ª escolha geral, maior será a probabilidade de sobrar um não-quarterback de nível alto para o Dallas Cowboys. Deu para entender?

Mas qual é a probabilidade desse cenário acontecer?

Eu diria que é, no mínimo, alta.

Segundo os amigos do On The Clock no ótimo guia do Draft feito por eles, quatro quarterbacks tem uma projeção de primeira rodada se consideramos somente o talento e potencial de cada um. São eles: Sam Darnold (USC), Josh Rosen (UCLA), Baker Mayfield (Oklahoma) e Lamar Jackson (Louisville). Considerando um cenário em que um quarterback saia na primeira escolha geral, algo totalmente possível, é fácil imaginar que alguns times comecem a olhar as escolhas seguintes como oportunidades de pegar outro talento da posição antes de outro time. Mesmo que o New York Giants não pense em selecionar um QB, certamente outra equipe estará muito interessada em adquirir a segunda escolha geral e escolher um signal caller. Isso pressionaria outros times necessitados a selecionarem logo um quarterback ou buscar uma troca para antecipar sua escolha — caso contrário, outro time faria isso. Vimos um pouco disso em 2017, quando Kansas City Chiefs e Houston Texans se viram obrigados a subir no Draft para selecionar seus respectivos quarterbacks, gerando uma corrida por jogadores da posição.

Em um cenário totalmente provável, podemos ver três quarterbacks saindo nas primeiras cinco, seis escolhas do Draft. Isso pode acabar gerando uma corrida para que times à frente do Dallas Cowboys selecionem não só os prospectos de primeira rodada citados, como também Josh Allen (Wyoming), outro bastante cotado para sair na primeira rodada. Se cinco quarterbacks forem selecionados antes da 19ª escolha geral, isso significa que cinco não-quarterbacks a mais sobrariam na seleção do Dallas Cowboys. Isso daria ao Cowboys o poder de (1) selecionar um jogador de maior qualidade do que a esperada pela posição, (2) ter poder de barganha para trocar sua escolha por muito mais que ela realmente vale, seja subindo ou descendo na ordem do Draft. Em qualquer cenário, a situação seria extremamente favorável ao Time da América.

Independente da estratégia que o Dallas Cowboys resolva seguir, há uma possibilidade muito forte de termos à disposição uma escolha muito melhor do que a que foi divulgada ao fim da temporada regular em termos de jogadores disponíveis. Que São Tom Landry ilumine Jerry Jones no momento da escolha dos calouros.


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Gabriel Plat

Curte NFL por escolha e o Dallas Cowboys por amor. Aprecia a boa música e compartilha outro sofrimento: o Botafogo. Um dos participantes do podcast.

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