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OS CARAS DO DRAFT | EDGE K’Lavon Chaisson, LSU

Informações do Jogador

K´Lavon Chaisson é natural de Houston, Texas, onde cresceu e estudou na North Shore Senior High School. Ele parou de jogar futebol como calouro para se concentrar no basquete. Mais tarde, voltou ao futebol, entrando na sua temporada júnior. Tornou-se titular imediatamente, liderando sua escola até a final estadual com 15,5 sacks, 50 tackles (13 para perda de jardas) e três fumbles, sendo escolhido para o primeiro time do All-State pela Associated Press. Na final, Chaisson foi o MVP defensivo da partida, numa vitória de 21 a 14 sobre o Westlake High School. Mais tarde, foi para a Louisiana State University – LSU e fez uma carreira interessante no college. Como calouro, em 2017, ele foi titular em três dos doze jogos da equipe. Registrou 27 tackles, 4.5 tackles para perda de jardas, 2 sacks e 2 passes desviados. Em 2018, sofreu uma lesão grave, rompendo o ligamento cruzado anterior do joelho e não conseguiu mais jogar naquela temporada. Retornou em grande estilo em 2019, em sua segunda temporada como redshirt, ajudando os Tigers a conquistarem o título nacional, além de ser escolhido para o primeiro time do All-SEC, com 13,5 tackles para perda de jardas e 6,5 sacks, além de 60 tackles totais, nas suas 13 partidas como titular.

Chaisson optou por pular suas duas últimas temporadas para entrar no Draft 2020 da NFL.

 Números

  • 3 temporadas
  • 26 jogos (17 como titular)
  • 92 tackles
  • 19 tackles para perda de jardas
  • 9,5 sacks
  • 2 passes defletados
  • 1 fumble forçados

Projeção para o Draft

  • 1ª Rodada

Dados do Combine:

  • Idade: 20 anos (25/7/1999)
  • Peso: 114,3kg
  • Altura: 1.90m
  • Tamanho da mão: 9 7/8
  • Tamanho do braço: 32 1/4
  • Envergadura: 79 1/4

 


Pontos Positivos

K’Lavon Chaisson é uma ameaça dinâmica possuindo uma versatilidade apenas vista em jogadores de elite, com explosividade e características típicas de um edge rusher híbrido, alinhando em pé e também com a(s) mão(s) no chão. Possui velocidade e explosão excelentes, capazes de vencer os tackles nas extremidades da linha, mostrando muita potência.

A sua explosão e o seu primeiro passo são fora de série. Isso pode ser percebido no vídeo abaixo:

Os GIFs podem demorar um pouco para rodarem na velocidade normal.

Atleta alto e longilíneo, tem braços com envergadura e potência para bloqueios, conseguindo manter-se equilibrado em aproximações tanto em linha reta quanto laterais. Tem bons controle corporal e jogo de pés, sendo capaz de redirecionar o corpo após as pancadas.

Além disso, é um jogador intenso que vai até o fim das jogadas, sendo um alvo muito difícil de ser marcado ou mesmo parado, como aqui se observa:

 

Durante o ano de 2019, houve um incremento na variedade de movimentos como pass rusher, aumentando o seu repertório de ações. Aqui podemos visualizar um movimento spin para o interior:

 

Possui boa capacidade de leitura das jogadas, muito acima do esperado para a sua idade e em relação ao número de jogos em que esteve presente. Segundo seus treinadores, trata-se de um líder carismático, sendo capitão da equipe. Jogador de destaque em partidas decisivas, coleciona duas escolhas como MVP defensivo nesses jogos.

Com bom enfrentamento contra o jogo corrido, trata-se de um atleta bastante dinâmico:

 


 

Pontos Negativos

Em primeiro lugar, o fantasma das lesões. Fosse qualquer atleta, o rompimento do ligamento cruzado anterior faria surgir algumas indagações. Essa lesão lhe custou uma temporada inteira, no seu primeiro ano como redshirt. Mas o seu histórico infelizmente não termina por aí. Chaisson já fraturou a clavícula no ensino médio e perdeu jogos por conta de problemas no tornozelo. Essas informações ligam o sinal amarelo imediatamente.

Aliado à esses fatos, ele é um atleta muito jovem, e, embora musculoso e alto, ainda é magro demais para uma liga exigente como a NFL. Certamente precisará desenvolver o seu corpo para crescer no futebol profissional.

Talvez por conta desses fatores, Chaisson apresenta alguma dificuldade para se desprender dos bloqueios, situação que ficou clara enfrentando jogadores mais pesados e corpulentos, bem como atletas tidos como de elite, como pode ser visto abaixo contra Jedrick Wills (circulado no GIF), jogador com potencial de ser escolhido na primeira rodada do próximo draft.

Por ser muito jovem e ter perdido uma temporada inteira, traz consigo aspectos típicos da imaturidade e da necessária formação, ingredientes que só serão suplantados com a experiência que o tempo trará. Em algumas jogadas, ele parece ficar completamente dominado por marcadores mais pesados:

O aspecto disciplinar ainda está em desenvolvimento (cometeu cinco faltas em 2019), mas, segundo seus treinadores, ele já melhorou bastante nesse ponto.  Muito por conta do limitado número de jogos, sua produção é apenas mediana na carreira, registrando com menos de 10 sacks. Resumindo, Chaisson precisa de um amadurecimento físico e emocional para vingar entre os melhores da NFL.

 


 

Como se encaixaria no Dallas Cowboys

Em LSU, Chaisson jogou na posição como um buck linebacker no esquema do coordenador defensivo Dave Aranda. Ou seja, ele foi formado como um edge rusher híbrido, alinhando-se principalmente em pé como outside linebacker nas formações 3-4 e como defensive end quando a defesa utilizava o 4-3.

Com essas características, parece claro que o prospecto se encaixaria perfeitamente no modelo de jogo pretendido pelo coordenador defensivo Mike Nolan e pelo treinador de linha defensiva Jim Tomsula. Está claro pelas adições que foram feitas na free agency que os Cowboys utilizarão uma variação na linha defensiva entre o 4-3 e o 3-4, com um edge rusher situacional.

E essa versatilidade é uma das maiores qualidades de Chaisson. Ele certamente precisará aumentar o seu peso para impactar desde os primeiros jogos na liga, mas, se o coaching staff resolver apostar nele, apesar da sua relativa inexperiência, terá um titular para alinhar no lado oposto de DeMarcus Lawrence já na primeira rodada da temporada regular.


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Diego Barros

Torcedor do Dallas escondido no velho oeste do Rio Grande do Sul. Veterano na torcida desde a década de 90, louco para recuperar o Lombardi.

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