OPINIÃO | Não se engane, hoje é o dia mais triste do ano na NFL
Alguns anos atrás, ele recebia uma bolsa para jogar em uma universidade chamada Alderson Broaddus. Você pode ser um aficcionado em college football, mas possivelmente não conhece onde ele estudou e jogou. Alderson Broaddus faz parte da Division-II, o equivalente a terceira divisão do futebol americano universitário. Em 2017, cerca de 4% de todos os jogadores em algum elenco da NFL fizeram parte de uma universidade dessa divisão. Muito pouco se compararmos com os 95% ocupados pela primeira e segunda divisão (FBS e FCS respectivamente).
Com dois anos antes de se tornar elegível para a NFL, ele se transferiu para Portland State, universidade que faz parte da FBS. Na última temporada, o jogador saiu de reserva do reserva para titular, onde teve grande destaque. Além de seus bons números, o jogador ganhou uma menção honrosa no “Time da Temporada” da conferência que disputava.
Mas nada disso serviu para o processo pré-NFL. Ignorado no Senior Bowl e no Combine, onde olheiros de toda a NFL estarão de olho nos jogadores, ele teve que se superar para garantir uma chance de fazer parte de um time na liga. Cá entre nós, é o sonho de todo jogador em sua situação.
O Draft chegou e, como esperado, seu nome não foi chamado. Apesar disso, ele foi chamado para fazer parte do elenco do Dallas Cowboys para o training camp e a pré-temporada . Era a grande chance do jogador!
Durante treinos intensos na Califórnia, ele se destacou e ganhou elogios de quem cobre o time e também dos técnicos. “Eu gostei muito do que vi dele durante a atividade coletiva. Por duas vezes, ele foi testado onde precisava fazer a jogada indo para a bola e ele foi preciso em ambas. Kris Richard o elogiou nas duas vezes pelo esforço”, disse Bryan Broaddus, colunista do site oficial do Dallas Cowboys.
Tudo parecia bem até os jogos da pré-temporada chegarem. Nosso cornerback foi muito mal no primeiro jogo e mal no segundo jogo. Com uma performance discreta nas outras partidas, não restava outra opção a não ser cortá-lo.
Donovan Olumba pode ser mais um entre as centenas de jogadores que nunca mais terão uma chance na NFL. Para eles, hoje ficará marcado como o pior dia de suas vidas. A NFL é um negócio, e esse é o seu lado perverso que poucos conhecem ou dão atenção.
Para eles, juho e agosto foram os meses em que foi possível sonhar. Setembro é o mês em que o despertador toca.