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OPINIÃO | E se fosse o Dallas Cowboys na final de conferência?

No dia 15 de janeiro, toda a torcida do Dallas Cowboys esperava o melhor para o time. Melhor campanha da conferência, time jogando em casa contra um adversário que já foi derrotado na temporada regular. Expectativas altas até demais.

No entanto, o sonho ruiu. Mason Crosby acertou dois field goals nos minutos finais e selou mais uma eliminação do Dallas Cowboys na rodada divisional dos playoffs, a quinta consecutiva na história do time.

Com o fim do sonho, o torcedor do Time da América viu a final da Conferência Nacional entre Green Bay Packers e Atlanta Falcons com um pensamento em mente: e se fosse o Dallas Cowboys ali? Será que o time conseguiria evitar o massacre que o Packers sofreu?

Bom, essas respostas nunca serão respondidas com exatidão, mas nada nos impede de supor como seria esse confronto, não?

Primeiramente, o ambiente seria completamente favorável para o Dallas Cowboys. E não, não estou sendo clubista. Por ter tido a melhor campanha da NFC, o jogo seria no Texas, no AT&T Stadium, com a maioria esmagadora de torcedores do Cowboys. Se no jogo contra o Packers houve relatos de jornalistas que acompanham o time em que o estádio nunca esteve barulhento, não é errado acreditar que ele estaria da mesma maneira para a final de conferência.

Dentro de campo, a coisa muda um pouco de figura. A defesa do Atlanta Falcons cedeu em média 104,5 jardas terrestres por jogo na temporada regular e 118,1 jardas terrestres por média em jogos fora de casa, então o Dallas Cowboys forçaria bastante o jogo com Ezekiel Elliott. O maior problema seria até quando.

Foto: Tom Pennington / Getty Images
Sem Joseph Randle (foto): o outro 21, Ezekiel Elliott, precisaria trabalhar bastante para tirar a pressão de Dak Prescott.

O ataque do Atlanta Falcons foi um dos mais fortes da liga nessa temporada e é sem dúvidas o mais forte nesses últimos meses. Se a defesa de Dallas teve problemas no começo do jogo contra o ataque de Green Bay sem Jordy Nelson, contra o Atlanta Falcons seria, no mínimo, a mesma coisa.

Como padrão, o time colocaria Brandon Carr para marcar Julio Jones, com a ajuda de um safety provavelmente. Tratando-se de uma boa linha ofensiva, o Dallas Cowboys precisaria usar a blitz para pressionar Matt Ryan e isso poderia custar caro, como custou contra o Packers no começo da partida.

Por mais que a defesa do Cowboys teve um bom retrospecto defendendo contra o passe, a boa fase de Matt Ryan e Julio Jones deveria dar aos dois um jogo parecido com o que Ben Roethlisberger e Antonio Brown tiveram contra Dallas na Semana 10. Naquele jogo, Big Ben teve 400 jardas e 3 touchdowns e Brown teve 154 jardas e um TD. Com outras armas como Mohamed Sanu e Taylor Gabriel pelo ar e Devonta Freeman e Tevin Coleman pelo chão, a defesa de Dallas teria problemas para parar o ataque de Atlanta e deveria ceder mais de 30 pontos sem nenhum exagero.

Mas a partir disso, como o ataque de Dallas reagiria?

Se o ataque não conseguir manter o ritmo que o Falcons vai impor, Ezekiel Elliott terá menos carregadas que o normal e a responsabilidade ficará nas costas de Dak Prescott. Com Vic Beasley pressionando-o, Dak deveria usar mais as pernas para ganhar jardas de improviso. Dez Bryant teria que ser usado em diferentes formações e em posições diferentes para colocá-lo em matchups favoráveis para conquistar jardas, assim como o Green Bay Packers fez com Jordy Nelson. Enquanto isso, Jason Witten e Cole Beasley seriam boas válvulas de escape naquela conversão de descida fundamental.

Após isso tudo, chegou a hora de dizer o que todo mundo esperava quando começou a ler esse texto: quem ganharia o jogo?

A resposta é… não sabemos. O que fizemos aqui foi só uma previsão do que aconteceria e não há nada de certeza nisso. Poderíamos ir pela lógica na nossa previsão e o jogo acabar se tornando completamente o contrário do dito. Se analisarmos todos os matchups do confronto, o Atlanta Falcons levaria uma vantagem sobre o Dallas Cowboys, mas nada impede que o fator casa e a torcida poderiam equilibrar as coisas dentro de campo.

Vencendo ou perdendo, a certeza é que o jogo seria ótimo, afinal estaríamos reunindo as duas melhores campanhas da Conferência Nacional. E bem… Dan Bailey não erraria aquele field goal, ouviu Mason Crosby? Vacilão…

Gabriel Plat

Curte NFL por escolha e o Dallas Cowboys por amor. Aprecia a boa música e compartilha outro sofrimento: o Botafogo. Um dos participantes do podcast.

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