Opinião

OPINIÃO | Analisando a escolha do OL Connor Williams

Com a escolha de número 50 no draft de 2018, no segundo round, o Dallas Cowboys selecionou o offensive guard Connor Williams, da universidade do Texas. Durante todo o processo do draft, o Cowboys se mostrou interessado em reforçar a linha ofensiva, convidando alguns jogadores para visitas pré-draft. Talvez a posição não fosse a prioridade do time, mas ao ver um talento como Williams ainda disponível no meio do segundo round, não havia como deixá-lo passar. Abaixo, farei a minha análise da escolha após assistir diversos jogos de Connor Williams em sua carreira universitária.

 

Ficha técnica

Altura: 6’5″ (1,95 cm)
Peso:  296lbs (134 kg)
Comprimento dos braços: 33” (83 cm)
Tamanho das mãos: 9 3/4” (26,6 cm)
40 yd dash: 5.05 segundos
3 cone drill: 7.83 segundos
Bench Press: 26 repetições
20 yard shuttle: 4.63 segundos


 

Análise técnica

Jogos assistidos: West Virginia, USCNotre Dame (2016), Texas Tech

Características:

  • Atuava como left tackle no college, mas será um melhor guard na NFL;
  • Ótima força nas pernas, difícil de ser empurrado pra trás;
  • Entende muito bom como fazer o posicionamento em seus bloqueios, coloca as mãos no defensor e vira os quadris perpendicularmente a linha de scrimmage, para impedir que o defensor chegue até a bola;
  • Consegue mover defensores no jogo corrido;
  • Jogador muito atlético, consegue chegar no segundo nível da defesa para fazer bloqueios em linebackers e também bloquear fora dos números em corridas laterais e screens;
  • Tem agilidade e velcoidade para assegurar o bloqueio em pulls;
  • Tem boa explosão a partir da linha ofensiva para gerar impacto em seu bloqueio inicial;
  • Ótimo posicionamento de mãos em seus bloqueios;
  • Tem os pés um pouco lentos;
  • Não possuí envergadura ideal para jogar de tackle na NFL, braços curtos;
  • Speed Rushers podem lhe causar problemas quando joga no outside;
  • Agilidade lateral abaixo da média;
  • Suas atuações em 2016 foram melhores que em 2017;
  • Tem a tendência de iniciar o contato com o defensor em jogadas de bloqueio contra o passe ao invés de realizar o trabalho com os pés e realizar o bloqueio de maneira correta tecnicamente;

 

Resumo: Williams será um melhor guard que tackle na NFL. Pode ser um dos bons guards da liga, com sua habilidade de mover defensores no jogo terrestre e sua força nas pernas para segurar defensive tackles no pass rush. Jogador muito atlético, conseguindo se movimentar muito bem para um jogador de linha ofensiva, mas também com boa técnica de bloqueios e ótima utilização de suas mãos. Jogando como guard pode esconder algumas de suas deficiências, como os pés lentos e falta de envergadura.

 


 

Análise da escolha

Connor Williams chega em Dallas como o favorito para assumir a titularidade de left guard, posição que tem sido um problema para o time desde a saída de Ronald Leary para Denver. Williams tem a capacidade de fazer um grande impacto logo como calouro e ajudar Dallas a voltar a ter uma das linhas ofensivas mais dominantes da NFL, principalmente por sua qualidade no bloqueio em jogadas de corrida.

Com sua escolha, Dallas pode segurar Lael Collins na posição de right tackle e manter Cameron Fleming como um reserva de luxo. Essa profundidade na linha ofensiva é algo que Dallas não teve nos últimos anos, e com a lesão de Tyron Smith acabou custando muito caro para o time.

Williams era, em minha opinião, um jogador de início de segunda rodada, podendo até ser draftado no final do primeiro dia. Foi minha escolha favorita de Dallas em todos os três dias de draft, e chega para contribuir imediatamente. Com os problemas no grupo de wide receivers tight ends, fortalecer a linha ofensiva e o jogo corrido da equipe, bem como proteger melhor Dak Prescott era uma necessidade grande para o Cowboys.

Nota: A+


Gostou do post? Então não deixe de acessar a parte exclusiva do nosso site sobre o Draft clicando aqui!

Leonardo Sangiorge

Acompanha a NFL desde 2009. Desde então, torce para o Cowboys e sofre com o time a cada jogo. Escritor das colunas Two Minute Drill e Matchups, além de participante do PodCast. Valeu?

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo