Opinião – A Sensação Pós-Derrota
Eu estava no meu quarto quando ele fez a recepção. Corri pra cima e pra baixo no corredor gritando e acordando todo mundo. Seria a nossa vitória. Não foi. Foi um dedo que tocou fora do campo. Isso foi em 2012, contra os Giants. Embora três anos depois, a sensação foi a mesma. “My heart just dropped”, disse Dez após descobrir que a recepção foi incompleta. (Traduzindo essa expressão americana para o português ficaria — mais ou menos — “Eu perdi meu chão”).
Ontem, dia 11 de janeiro de 2015, eu perdi meu chão de novo. Perdi meu chão ao ouvir que não foi uma recepção. Perdi meu chão ao ouvir os gritos de alegria de todos os torcedores do Green Bay Packers ao meu redor. Eu estava num pub irlandês por todo o jogo. Depois de ouvir que não foi recepção, eu não sei onde eu estava mais. Eu estava perdido. Desconformado. Mas, acima de tudo, ainda confiante numa vitória. Aliás, o jogo estava apenas 26 a 21 para os Packs. Ainda existia uma chance. Ainda existia esperança.
Engana-se aquele que acha que irei crucificar a temporada e, principalmente, o jogo por causa de uma chamada – ou regra – idiota. Não perdemos só por causa dessa chamada. Sterling Moore teve o pior jogo da temporada. Nós duvidamos que Davante Adams pudesse ganhar da gente, já que tiramos Jordy Nelson totalmente fora do jogo. James Hannah não conseguiu recuperar o fumble do Randall Cobb no kick off. Eu posso sentar aqui e fazer um artigo gigantesco só com o que poderia ter acontecido diferente. Não farei. Não farei porque não podemos voltar no tempo.
Falando em tempo, quem não se lembra das nossas expectativas para essa temporada em maio? Quem não se lembra das previsões de “6-10 com muita sorte”? Sim, leitor, nossa temporada foi um espetáculo. Nossa temporada foi inesquecível. Nós calamos a boca de todos. E mesmo com essa derrota, saímos com a cabeça erguida. Lutamos de frente com um time muito bom e num ambiente muito hostil. Fomos homens para aceitarmos nossas deficiências. Fomos inteligentes para trabalharmos onde éramos bons. Nós somos bons. Bons pra caralho.
Do jogo contra os 49ers até o jogo contra os Packers, eu não poderia ficar mais orgulhoso de ser um torcedor do Dallas Cowboys. Como eu adoro sofrer por esse time. Nunca existe um jogo fácil. Nunca existe uma temporada em que não somos contestados. Nunca. Nós somos o Dallas Cowboys. Estaremos juntos sempre lutando, discutindo e argumentando sobre esse time. A temporada acabou, sim, mas sempre existe a próxima.
É verdade que temos muitos jogadores para reassinar e muito ainda para melhorar. Mas o futuro parece promissor. Com mais um bom draft, os Cowboys estariam em posição para ir de novo aos playoffs e, mais um vez, ir longe.
Por ora, precisamos renovar com o coaching staff – Jason Garrett, Rod Marinelli e Scott Linehan. Precisamos manter o núcleo da equipe para o trabalho ter uma continuação. Será uma tarefa difícil já que Lovie Smith, head coach dos Bucs, é o melhor amigo de Marinelli e precisa de ajuda em Tampa; os Raiders já se mostraram interessados na mente de Scott Linehan, assim como o Atlanta Falcons quer Jason Garrett.
Ainda há muita incerteza no ar, não há dúvida. Mas uma coisa é certa: eu não poderia estar mais orgulhoso de torcer para os Cowboys.
Eu acompanho o Cowboys desde 1989. Sem dúvida, esta foi uma das mais empolgantes temporadas, pois afora as da minha adolescência com Superbowls, desde 2007 não ficava empolgado. Mas a toda hora lembrava da defesa. Toda hora. E achava que uma hora iríamos falhar.
O fato é que o jogo provou que não estávamos preparados. Poderíamos ter matado o jogo e falhamos. Eles não perdoaram, sinal sempre presente nos vencedores.
Sinto-me orgulhoso do ano. A temporada foi legal e rendeu muitas emoções, churrascos e cervejas. Mas, precisamos de defesa.
Na temporada que vem pela frente já antecipo minhas boas expectativas. Acho que ficamos com o Dez e o Murray se vai. A classe do atual draft está cheia de RB´s. Mas a prioridade tem que ser para a defesa. No ataque T-Will crescerá muito. Já estou pensando em encomendar uma jersey dele.
Mas, não canso de lembrar o plano que o Dallas fez e o que, acredito, não deu certo por poucos detalhes. Belos e planejados drafts desde 2011; uma montagem de bela equipe; chega 2012 e contratamos um grande CB e draftamos um excelente prospect em CB, o melhor da classe. Nenhum deles vinga. Se eles tivessem vingado, e é culpa de um triste destino, o Superbowl desse ano de 2015, com o time completo, seria nosso. Precisamos urgente de DL e DB. URGENTE.
No mais, belíssimo texto.
Me senti estranho apos o jogo… Vi o placar, vi a vibração do pessoal de Green Bay, mas me encontrava “satisfeito”. Nos últimos 5 anos, assistia o Tony Romo ser interceptado 3 vezes em jogos decisivos ( ate prometi que se fossemos campeões registraria meu filho de Antonio Ramiro), me agitava todo pois por anos seguidos precisávamos de uma simples vitoria para irmos aos playoffs e caiamos para redskins, Eagles e Giants(time que minha esposa escolheu para torcer quando o assistiu ganhar o superbowl.
Esse ano, deu gosto de ver…deu medo quando 49rs tiraram onda na nossa casa… Logo em casa… Mas pude ver uma temporada fascinate… DeMarco Murray estourando tackles na corrida, Romo gingandobe escapando de sacks, mostrando potencial que nunca tinha creditado a ele, Dez Bryant largando os chiliques e correndo para ens zone e Witten, sempre servindo para uma válvula de escape. Ate passei a dar o braco a torcer para o Jason Garret, e depois de muitos muito tempo, pude voltar a torcer em um playoff.
Neste momento, tento não me preocupar com o futuro… Apreciarei as ultimas partidas da Nfl, ate o ultimo segundo… O que importa se pecas importantes estão para se tornar free agente… Que nosso QB já esta com idade avançada… E que as próximas temporadas por sermos campeões de divisões teremos adversários de respeito pela frente.,. O mais importante foi feito. O paciente mostrou que esta vivo e respira… Ainda tem muito para se recuperar, mas a estrela ainda brilha… E o que mais acredito, não vai desistir de viver agora! Setembro e logo ali, #godallas!