O que podemos tirar de bom da troca pelo Amari Cooper?
Se você não recebeu a notícia de que o Dallas Cowboys trocou pelo Amari Cooper e não ficou extremamente decepcionado e/ou triste de que ela só aconteceu pelo time ter cedido uma escolha de primeira rodada, você é praticamente um herói. Sons não muito agradáveis sobre a mãe do Jerry Jones ecoaram por todo o território do Texas após o anúncio da negociação.
De fato, a troca pareceu extremamente cara dada a capacidade do wide receiver. Apesar de ter sido uma escolha Top-5 no Draft, Amari Cooper está em baixa e o técnico do Raiders, Jon Gruden, não deve ter tomado nenhuma decisão inteligente desde que assumiu o cargo na offseason.
Diante desse cenário, vamo tentar fazer o pensamento contrário. Será que a troca pode fazer valer a pena? Será que Jerry Jones não estava fora de sua sanidade mental ao fechar o negócio?
Vamos aos fatos. Amari Cooper é um bom wide receiver. Ponto. Sua capacidade de separação e de fazer jogadas após a recepção está acima de qualquer recebedor do elenco, e isso é algo que não tem nem o que discutir. Com Dak Prescott tendo problemas com seus recebedores, a adição de Cooper traz uma explosão ao time que ainda não vimos nessa temporada.
Além disso, Amari Cooper está com 24 anos nessa temporada. Calvin Ridley, calouro e escolha de primeira rodada três anos depois de Cooper, tem os mesmos 24 anos. Isso significa que Cooper é um jogador jovem e que ainda pode não ter atingido seu auge na liga tanto em forma física quanto técnica. Lapidado da maneira certa em Dallas, Cooper pode ser uma arma chave para o ataque para, no mínimo, as próximas três ou quatro temporadas. Considerando que o Dallas Cowboys pode chegar para a próxima temporada com somente Michael Gallup sob contrato, a escolha por Amari Cooper torna-se um porto seguro para que o ataque seja trabalhado em cima de ambos.
Colocando a escolha cedida na equação, podemos olhar uma situação desfavorável para Dallas. Ainda assim, é possível ver uma luz no fim do túnel. Ao que tudo indica, a classe de calouros de 2019 não deverá contar com recebedores com qualidade suficiente para serem escolhidos dentro das primeiras 15 escolhas, posição no Draft que o Dallas Cowboys deve escolher caso não vá aos playoffs. Sendo assim, o time troca uma incógnita ou uma escolha ruim em um recebedor na primeira rodada de 2019 por um jogador já consolidado na liga e que você já sabe o que esperar dele. É trocar o certo pelo duvidoso.
Por fim, apareceram rumores de que times como o Philadelphia Eagles teriam oferecido uma escolha de segunda rodada pelo Amari Cooper, mas todas essas ofertas foram recusadas. Em outras palavras, a única oportunidade de tê-lo seria cedendo a escolha de primeira rodada, o que acabou acontecendo.
Com isso em mente, você já começa a ver um pouco de sentido no que parecia impensável. Por mais que haja discordâncias, há uma lógica por trás da negociação. Diante do que foi apresentado, você mudou a sua opinião sobre a troca ou manteve a mesma?