Novato Tony Pollard aproveita suas oportunidades em campo
Tudo pelo que Tony Pollard estava esperando era uma oportunidade.
E, na semana 11, os Cowboys deram isso a ele.
Pode ser que esta seja uma das histórias menores do jogo, o que é compreensível quando Dak Prescott lança para 444 jardas e Michael Gallup tem o melhor jogo da carreira.
Mas, para um jovem cujas habilidades eram comparadas às de Alvin Kamara, parece significante que o running back novato tenha mostrado seu potencial contra o Detroit Lions, tocando oito vezes na bola e alcançando 98 jardas totais, além de um touchdown.
“É uma ótima sensação quando o trabalho duro que você tem feito atrás de portas fechadas de fato se mostra ao público,” disse Pollard. “Mas eu simplesmente tento fazer um bom trabalho de me manter focado e estar pronto para minhas oportunidades.”
Essa não é a primeira vez que vemos Pollard brilhar, já que, em setembro, na semana 3, Tony correu para 100 jardas e um touchdown contra o Miami Dolphins. Mas dessa vez foi diferente.
Contra o Lions, não foi apenas um jovem jogador acumulando jardas no segundo tempo de um atropelamento. Dessa vez, foi o coordenador ofensivo, Kellen Moore, desenhando jogadas e esquematizando jeitos de entregar a bola para o veloz corredor, enquanto Pollard ganhava jardas pelo meio e pelas laterais. Muito valorizado pela sua habilidade de receber passes, Pollard anotou o primeiro touchdown texano do jogo quando, saindo da linha de 21 jardas, correu uma rota drag cruzando o campo e costurou a defesa rumo à end zone.
“Eu tinha uma ideia, simplesmente de como vínhamos treinando e de como as coisas vinham ocorrendo e funcionando,” complementou Pollard. “Mas quando chega na hora do jogo, não dá para saber se a jogada de fato será chamada.”
E aí vem um problema para a comissão técnica de Dallas. Acontece que o Cowboys tem, em seu elenco, o running back eleito All-Pro Ezekiel Elliott, que ganhou uma enorme extensão contratual na última intertemporada. Encontrar meios de envolver os corredores reservas no jogo tem se provado um grande desafio.
“Nós temos tentado dar [a Tony Pollard] oportunidades ao longo do ano, mas é a mesma história,” afirmou o técnico principal do Cowboys, Jason Garrett. “Nós amamos nosso running back titular, o 21, ele é um grande jogador, um dos melhores na liga. Ele vai carregar a maior parte das coisas.”
Se serve de algo, Pollard provou no domingo que não precisa de uma grande carga de trabalho para fazer uma diferença. Ele foi creditado oficialmente com apenas duas carregadas e quatro recepções e metade de suas jardas vieram em um retorno de kickoff impressionante – quando ele esperava que um chute entrasse na end zone e se tornasse um touchback, mas a bola quicou na linha de 5 jardas, logo atrás de Tony.
“Nós sabíamos, que naquela situação, ou eles chutariam a bola bem alto ou tentariam um onside kick. Então tentamos jogar ambas as possibilidades – mover os bloqueadores para frente e eu para frente também,” disse Pollard sobre o kickoff. “Eles chutaram a bola fundo, então me disseram para deixar ir para trás, mas foi um bom quique. Quando eu vi que a bola não ia entrar na end zone, eu tentei fazer uma jogada dali.”
E antes que alguém torça o nariz para o número de toques de Pollard, fale com Zeke. Logo após o touchdown de 17 jardas, Ezekiel Elliott pediu para ser substituído por Pollard em uma conversão de dois pontos crucial. Na jogada, Dak entregou a bola para Pollard, que correu pelo meio, trombando com a defesa e entrando na end zone para deixar a vantagem em 14 pontos.
“Eu sabia que seria uma jogada de corrda, mas eu estava ofegante e não achei que tinha o suficiente para ir lá e rodar a jogada,” disse Elliott. “É simplesmente confiar que ele vai lá e vai fazer o trabalho em um momento chave do jogo. Nenhum momento é grande demais para aquele garoto. Ele é um baita jogador e continuará a melhorar.”
Isso tudo deve ser familiar para Pollard. Mesmo na faculdade, ele nunca foi o running back principal, já que dividia o trabalho com Darrel Henderson, responsável pela maior parte das carregadas. Quando Tony tinha chances, no entanto, ele era dinâmico.
“Em Memphis, eu não era o número 1, mas eu era sempre o criador de jogadas quando eu podia,” ele disse. “Então, é só estar pronto quando a oportunidade vier, quando chamarem meu número.”
Pode ser que tenha havido um pouco de espera, mas Pollard teve o número chamado no domingo. A julgar pelos resultados, talvez ele ouvirá o “20” ser gritado pelos técnicos ainda mais no futuro.