Na véspera de Natal, o Dallas Cowboys recebeu a visita do Grinch ao invés do Papai Noel e ganhou de presente uma amarga eliminação da pós-temporada.
A equipe do Blue Star Brasil avalia em ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM e PÉSSIMO a atuação de todos os setores da equipe. Nesta semana, 9 integrantes do site opinaram.
Gostaríamos de desejar um Feliz Natal e um bom ano novo a todos. Que em 2018 o nosso time volte com outra atitude e consiga finalmente sair desta amarga fila que já dura 23 anos sem um título de Super Bowl. Aproveito também para agradecer a todos que acompanharam o Secada da Rodada, quadro que não foi ao ar ontem devido a problemas de sinal da Vivo em minha residência. As notas e a Secada voltarão em 2018.
Vamos às notas.
Ataque
Quarterback – Pela primeira vez em seis jogos, Dak Prescott teria seu principal companheiro de equipe de volta. Ao lado de Ezekiel Elliott, o quarterback dos Cowboys costuma fazer excelentes jogos e a melhora apresentada nos últimos jogos apontava para uma grande partida. Não foi. Dak não foi rápido nas leituras e não fez passes precisos, não conseguiu nenhum passe para touchdown e ainda foi interceptado duas vezes. Tudo bem que em uma delas, a culpa foi de Dez Bryant e que as chamadas de Scott Linehan foram questionáveis (assim como durante o ano todo), mas esperava-se mais precisão e capricho de Prescott em um jogo de eliminação, numa tarde em que os resultados conspiraram a nosso favor. Para 2018, precisa melhorar sua mecânica de passes longos, quesito no qual foi muito mal nesta temporada. RUIM (9 ruim)
Running Backs – Após 6 jogos fora, todos esperavam que Ezekiel Elliott voltasse com muita vontade a campo. O jovem running back não decepcionou e fez uma grande partida. Como sempre, conquistou jardas extras e deixou diversas vezes o time em situações de terceira descida curta. Quase bateu as 100 jardas terrestres e poderia ter tido muito mais se fosse melhor utilizado pelo coordenador ofensivo, especialmente no segundo tempo. Rod Smith teve apenas duas carregadas para 10 jardas. ÓTIMO (8 ótimo e 1 bom)
Wide Receivers – Senhoras e senhores, precisamos urgentemente falar sobre Dez Bryant. O wide receiver que mais dinheiro recebe na equipe simplesmente jogou nossa temproada na lata do lixo ontem. Seu fumble bizarro no primeiro tempo foi o divisor de águas do jogo. Nossa defesa estava triturando o Seattle e graças a Bryant, Seattle se reergueu. O jogador ainda teve culpa na interceptação de Prescott. O passe não foi o melhor do mundo, é verdade, mas Dez Bryant tem a obrigação de fazer aquela recepção. Ainda é possível questionar a rota traçada por Dez na outra interceptação de Prescott. Em suma, péssimo, assim como foi no ano todo. Nenhum jogo para mais de 100 jardas. É preciso que ele tenha humildade e aceite uma considerável redução de salário. 17 milhões para fazer algo como ontem é muita coisa. Os outros fizeram mais do mesmo (que neste ano, significou muito pouco). Terrance Williams fez algumas recepções, mas tomou decisões erradas – like always – e Cole Beasley pouco apareceu – como fez durante praticamente o ano todo. RUIM (7 ruim, 1 regular e 1 péssimo)
Tigh Ends – Como sempre Jason Witten foi um dos pontos de segurança de Dak Prescott, especialmente em terceiras descidas. No entanto, sua falta de segurada matou a campanha que chegou até a linha de duas jardas do campo de ataque. Geoff Swaim também cometeu uma falta de 15 jardas no ataque que comprometeu outra campanha. REGULAR (9 regular)
Linha Ofensiva – Mais uma vez, a linha ofensiva fez uma performance que nem de longe se assemelhou as de 2016. A lesão de Tyron Smith durante a partida prejudicou bastante a performance. Byron Bell não é capaz de substituí-lo a altura. Dak Prescott foi sackado quatro vezes e foi muito pressionado durante o jogo todo. A proteção ao jogo corrido foi boa, mas deve-se ressaltar que Ezekiel Elliott estava de volta como running back titular. É preciso fazer ajustes para 2018. REGULAR (9 regular)
Scott Linehan (Coordenador ofensivo) – Finalmente teria a maior arma ofensiva de volta ao elenco, dando um leque de novas oportunidades para serem utilizadas. Porém, mais uma vez, Linehan fez um trabalho pífio. O ataque dos Cowboys é um dos mais previsíveis e pouco criativos da NFL em 2017. Em 15 jogos, vimos raríssimas jogadas explosivas e diferenciadas. No jogo de ontem, mais do mesmo: drives longos que resultavam em 3 pontos apenas. O ápice de ontem foi o drive em no último quarto em que o time chegou a linha de uma jarda e não conseguiu anotar sequer 3 pontos. A defesa do time anulou o Seattle Seahawks o jogo todo e os Cowboys não saíram sequer com um touchdown. Utilizou mal seu running back. Utilizou de maneira muito mal o ano inteiro o seu melhor recebedor (ainda que este estivesse em má fase). Não soube se aproveitar de Jason Witten como de costume, nem de seus wide receivers número 2 e 3. PÉSSIMO (9 péssimo)
Defesa
Linha Defensiva –A grande surpresa do time em 2017 fez outra grande partida. Principalmente DeMarcus Lawrence, o destaque defensivo do time no ano. A pressão a Russell Wilson foi constante o jogo inteiro e o excelente quarterback não conseguiu fazer os estragos fora do pocket que costuma fazer. Isso porque David Irving, outro grande nome da linha defensiva em 2017, esteve ausente. Benson Mayowa apareceu bem também. Taco Charlton foi outro que teve destaque na noite de ontem. Esperamos que o calouro siga os passos de DeMarcus Lawrence e volte inspirado para 2018. BOM (1 ótimo e 8 bom)
Linebackers – Boa partida dos linebackers. Uma das maiores armas do Seattle Seahawks são as corridas de Russell Wilson. Junto com o bom trabalho da linha defensiva, a defesa do Cowboys limitou o jogo terrestre dos Seahawks praticamente o tempo todo. Os running backs do adversário também pouco fizeram: apenas 45 jardas corridas. Sean Lee novamente foi o grande destaque. Imaginem como seria se o General não se machucasse tanto. BOM (9 bom)
Secundária –Mais uma boa partida da secundária. No início do ano, as incertezas em relação ao setor eram enormes, principalmente com a saída dos mais experientes e a presença dos novatos no time titular. Jourdan Lewis, Chidobe Awuzie e Xavier Woods novamente estiveram bem na partida, assim como Jeff Heath, destaque da secundária nos últimos jogos. Byron Jones fez uma grande jogada pelo special teams. Em 2018, precisam deixar de desperdiçar interceptações. Algumas nos custaram muito caro durante o ano todo. BOM ( 9 bom)
Rod Marinelli (coordenador defensivo) – A derrota de ontem deve ser creditada ao ataque. 14 pontos do Seattle vieram de erros ofensivos. A defesa não deixou o Seattle Seahawks jogar. Chegou ao ápice de impedir 6 tentativas de terceira descida consecutivas. Novamente, o ritmo não foi o mesmo do primeiro tempo, mas isso não influenciou na derrota de ontem. BOM (9 bom)
Jason Garrett (técnico principal) – O maior batedor de palmas do mundo mais uma vez decepcionou. Seu time entrou em campo com quase todos os resultados necessários para que o time chegasse aos playoffs. Sua obrigação era incendiar os jogadores e fazer com que adentrassem ao gramado com sangue nos olhos. A defesa fez isso. O ataque, não. Garrett não conseguiu mudar a atitude do ataque na segunda etapa. Ao que tudo indica, terminará MAIS UMA VEZ EM SUA CARREIRA a temporada com 8 vitórias e 8 derrotas. Já que não vai ser demitido, poderia tomar uma atitude e ir buscar Earl Thomas para o ano que vem. PÉSSIMO (3 ruim e 6 péssimo)
Special Teams – Dan Bailey não merecia ser o responsável por enterrar de vez a temporada dos Cowboys. O field goal desperdiçado tirou qualquer chance de reação da equipe no final. Em compensação, fez os outros 4 field goals, alguns de longas distâncias. Chris Jones novamente fez punts excelentes. Vale mencionar o técnico Rick Bisaccia, que fez um grande trabalho em 2017. Se os nossos coordenadores tivessem o desempenho do técnico dos especialistas, o Dallas Cowboys provavelmente estaria nos playoffs. BOM (7 bom e 2 regulares)