Opinião

Notas para o time após a derrota na estreia contra o New York Giants

A temporada não começou como o esperado e o Dallas Cowboys foi derrotado pelo New York Giants por 20 a 19 em casa no último domingo (11/09). Alguns jogadores foram bem, outros mal e alguns tiveram uma performance regular.  O Blue Star Brasil avalia a performance do time em ótimo, bom regular, ruim e péssimo, separando-as por setores e posições. Confira:

ATAQUE

Quarterback –  O calouro Dak Prescott tinha uma difícil missão: substituir o titular do time, numa estreia de temporada, diante do maior rival com uma defesa totalmente renovada com contratações milionárias. E foi muito bem. No primeiro tempo, Dak distribuiu muito bem o jogo, errando poucos passes e se portando de maneira muito segura. Diante de um estádio lotado, teve uma excelente performance, e só não saiu com touchdowns por culpa dos erros dos wide receivers. No segundo tempo foi mais pressionado, mas não cometeu nenhum erro grave, muito menos turnovers, algo muito bom para um calouro. No total, teve 227 jardas e completou 25 de 45 passes Diferentemente do ano passado, mostrou que há vida no Dallas Cowboys sem Tony Romo e existem possibilidades de se vencer um jogo. BOM

Running Backs – O Dallas optou por não reforçar a defesa na primeira rodada do draft 2016 para trazer um running back capaz de fazer aquilo que DeMarco Murray fez em 2014.  Ezekiell Elliott foi o escolhido e a expectativa quanto a sua estreia era grande. O resultado não foi tão bom. Apesar de ter feitos bons bloqueios e de ter marcado o único touchdown dos Cowboys no jogo, Zeke não conseguiu penetrar a defesa dos Giants e não teve grandes momentos no jogo. Foram 20 carregadas e apenas 51 jardas, números bem baixos para tantas chances.  A surpresa foi a performance de Alfred Morris. O running back que veio dos Redskins teve mais sucesso e conseguiu corridas mais expressivas. Foram apenas 7 tentatidas e 35 jardas corridas. O jogador deveria ter tido mais chances com a bola. Dessa forma, os running backs ficam com a nota REGULAR

Wide Receivers – Todos tiveram uma tarde para se esquecer no domingo. Diferentemente do ano passado, não podem culpar os passes ruins do quarterback reserva de Tony Romo pela atuação ruim. Dak Prescott fez bons lançamentos quase todas as vezes e os wide receivers desperdiçaram chances que não costumam desperdiçar. Cole Beasley deixou de anotar um touchdown fácil no início do jogo e ainda tomou uma série de decisões erradas mais para frente. Dez Bryant esteve irreconhecível, pouco participando do jogo e tendo apenas uma recepção para 8 jardas na partida. Ainda que estivesse bem marcado, deixou de fazer recepções que normalmente faria.  Terrence Williams até foi bem em jardas conquistadas, mas cometeu um erro crasso que tirou do time a chance de vencer o jogo ao não sair de campo nos segundos finais. PÉSSIMO

Tight Ends – Jason Witten novamente se mostrou como a melhor opção no ataque. Foi o líder em recepções (9 no total) do time e em jardas (66 jardas). Nos bloqueios, não comprometeu. Geoff Swaim foi utilizado apenas uma vez no ataque e conseguiu uma recepção de 21 jardas, a mais longa do time no jogo. Foi outro que poderia ter sido melhor utilizado pelo coordenador ofensivo Scott Linehan. BOM

Linha Ofensiva – Mostrou que continua sendo uma das melhores da NFL.  Foi fundamental na boa performance do calouro Dak Prescott, principalmente no primeiro tempo. Não cedeu nenhum sack e poucas pressões ao quarterback. No segundo tempo, caiu de ritmo e acabou cedendo maior pressão a Dak Prescott, ainda que não tenha cedido nenhum sack. Jason Pierre-Paul obteve vantagem diante de Doug Free na segunda etapa. Além disso, cometeu faltas bobas no fim que prejudicaram a campanha final do time. No jogo corrido, não conseguiu abrir tantos buracos para Elliott e Alfred Morris. Fica com uma nota REGULAR

Scott Linehan, coordenador ofensivo – Fez um bom trabalho com o calouro Dak Prescott, que distribuiu muito bem o jogo e teve uma boa performance. Conseguiu controlar o relógio, embora isso não tenha ajudado em nada pela falta de touchdowns. Entretanto, novamente tomou decisões questionáveis no ataque. Insistiu muito em Ezekiel Elliott, que não rendeu bem, mesmo com Alfred Morris claramente melhor na partida. Com Elliott, chamou muitas corridas pelo meio. Poderia ter utilizado corridas laterais, screen passes, dentre outras jogadas. Utilizou pouco Geoff Swaim, que esteve uma vez em campo e conseguiu mais de 20 jardas em uma recepção e poderia ter pego a defesa do Giants de surpresa novamente.  No último drive, com os Cowboys precisando de um field goal para vencer, optou por não utilizar Dez Bryant, que mesmo mal no jogo, poderia ter feito algo em uma cobertura mano-a-mano.  REGULAR

DEFESA

Linha defensiva –  Tudo bem que dois dos principais jogadores da linha defensiva estão suspensos por quatro jogos, mas isso não justifica a atuação ruim da linha defensiva do time.  No primeiro tempo, foram pouquíssimos os momentos de pressão a Eli Manning. Tyrone Crawford, o mais bem pago dos defensores, pouco fez no jogo. Vale lembrar que a linha ofensiva dos Giants não tem nada de especial e era inclusive, uma das preocupações do time para 2016. Tudo que a linha ofensiva conseguiu foi um sack de Benson Mayowa. Contra o jogo corrido, também pouco ajudou. Pelo que mostrou contra o Giants, podemos dizer que Rod Marinelli terá que tirar leite de pedra até o retorno de seus principais jogadores. PÉSSIMO

Linebeckers – O New York Giants obteve 113 jardas corridas, muito em função de um trabalho ruim dos linebackers, principalmente no segundo tempo. Atrasados nos tackles, os linebackers deixaram o time na mão principalmente nos momentos em que o time mais precisava. No último quarto, por exemplo, o Giants conseguiu alguns first downs pelo jogo corrido que queimaram bastante tempo no relógio, forçando o técnico Jason Garrett a queimar seus três tempos.  Em momentos em que as primeiras descidas pareciam difíceis para os Giants em função das faltas ofensivas, o jogo corrido funcionou bem e ajudou Eli a conseguir o first down. Uma performance RUIM dos linebackers.

Secundária – Geralmente é uma das áreas mais criticadas no time, muito em função de não conseguir forçar turnovers. No ano passado foram apenas 11, pior marca da NFL. Ontem, entretanto, os defensive backs foram relativamente bem.  Brandon Carr conseguiu uma interceptação após três anos de seca e ajudou o time a marcar seu único touchdown na partida. Orlando Scandrick, que retornou ao time após um ano fora por lesão, conseguiu um sack e ainda forçou um fumble, não recuperado pelo time. Os cornerbacks e os safeties conseguiram limitar o explosivo ataque dos Giants a apenas 200 jardas. Teria uma nota boa se não tivesse cedido os três touchdowns aos novaiorquinos. REGULAR

Rod Marinelli, coordenador defensivo – Recebeu poucos reforços para 2016 e ainda perdeu dois dos principais jogadores da sua linha defensiva. De cara, teve que enfrentar um ataque muito explosivo, com um quarterback excelente e dois wide receivers com muito potencial. Apesar disso, conseguiu segurar o ataque dos Giants na maneira do possível. Odell Beckham Jr teve apenas 73 jardas, algo abaixo do que está acostumado a fazer, principalmente contra Dallas. Rod também viu um dos seus cornerbacks titulares interceptar um passe,  algo que não ocorreu em 2015. Vai precisar quebrar a cabeça para melhorar o trabalho da linha defensiva. BOM

Special Teams – Ótima performance do também ótimo kicker Dan Bailey. 4 field goals e 4 acertos, sendo dois deles para mais de 50 jardas. O punter Chris Jones pouco entrou em campo, mas quando foi acionado, fez um bom trabalho.  ÓTIMO

 

Rafael Freitas

Fã do Dallas Cowboys desde 1996, sonha em ver o time de volta ao Super Bowl. Mais novo integrante do Blue Star Brasil

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