Opinião

Notas para o time após a décima vitória dos Cowboys diante do Washington Redskins

O Dallas Cowboys segue inspirado. Nesta quinta-feira, em partida válida pelo Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, venceu o rival Washington Redskins por 31 a 26 e conquistou sua décima vitória consecutiva na temporada.  O Blue Star Brasil avalia a performance do time na partida em ótimo, bom regular, ruim e péssimo, separando-as por setores e posições. As notas são compostas por uma média formada pela opinião de 9 dos integrantes do BSB.  Confira:

(ps: pedimos desculpas por não ter feito a coluna após a vitória diante do Baltimore Ravens. O colunista que vos escreve esteve nos Estados Unidos acompanhando a vitória num bar de torcedores dos Cowboys em Nova York e estava sem computador para publicar nos dias seguintes)

ATAQUE

Quarterback – Dak Prescott segue sendo uma das maiores sensações da NFL em 2016.  Em mais um jogo de audiência nacional, o calouro fez um excelente trabalho e mostrou que não está sentindo o peso de ter um quarterback do nível de Tony Romo como seu reserva. Apesar de ter feito algumas leituras erradas no início do jogo e de não ter lançado um passe longo para Dez Bryant que certamente resultaria em touchdown, Dak conseguiu boas jogadas saindo tanto da formação shotgun quanto de under center, onde está cada vez melhor. Foi bem inclusive quando o jogo corrido com Ezekiel Elliott não funcionou, com passes firmes e seguros. Quase foi interceptado uma vez, porém por culpa de Dez Bryant e não dele. Não chegou a duzentas jardas aéreas, mas em compensação correu mais do que vinha correndo nas últimas partidas e conseguiu importantes terceiras descidas, um touchdown corrido e outra grande performance no quarto período. Até agora, briga, no mínimo, com Ezekiel Elliott pelo prêmio de calouro do ano na temporada. BOM (3 ótimos e 6 bons)

Running Backs – Pelo ritmo da primeira campanha, parecia que Ezekiel Elliott teria mais um jogo inesquecível, sempre com corridas longas e desgastantes para Washington. Porém, a boa defesa dos Redskins conseguiu se ajustar e dificultar bastante o trabalho do melhor corredor da NFL em 2016. Zeke pareceu menos tranquilo para achar os buracos na linha defensiva e perdeu jardas em algumas tentativas. Porém, conseguiu se recuperar ao longo do jogo, sendo fundamental para a vitória. Seus grandes bloqueios e boas jardas conquistadas após o contato merecem destaque outra vez. Foram quase 100 jardas novamente, além de dois touchdowns anotados. É sério candiado a MVP da temporada. Dak Prescott também foi bem correndo com a bola e Alfred Morris e Lance Dunbar foram pouco acionados, mas conseguiram contribuir quando isso ocorreu. ÓTIMO (9 ótimos)

Wide Receivers – Não apareceram de maneira excepcional como na vitória do último domingo diante do Baltimore Ravens, mas novamente fizeram uma grande partida. Dez Bryant não passou das 100 jardas e teve dificuldades contra Josh Norman, mas apareceu em terceiras descidas cruciais para o time em cima do excelente cornerback dos Redskins. Faltou apenas um touchdown para abrilhantar ainda mais sua provocação ao arrogante Norman jogador após a partida. Terrance Williams teve apenas uma recepção, mas que foi de extrema importância e de muita habilidade, resultando em um belo touchdown com os pés arrastados que deu a vantagem de 17 a 3 ao time. Cole Beasley foi acionado apenas 5 vezes, mas novamente fez boas jogadas em momentos-chave. BOM (4 ótimos e 5 bons)

Linha Ofensiva – Na primeira partida em Washington, a linha ofensiva cedeu 4 sacks à boa defesa dos Redskins. Ontem, cedeu apenas um, sendo que este foi em cima do tight end Jason Witten.  Ronald Leary e Doug Free fizeram grande partida, assim como Tyron Smith, apesar de ter cometido duas faltas. No jogo corrido, encontraram dificuldades ao longo do jogo para abrir espaço para Zeke, mas se ajustaram e fizeram um bom trabalho. BOM (4 ótimos e 5 bons)

Tight Ends – Jason Witten se tornou o maior recebedor em jardas em jogos de Thanksgiving, mesmo em um dia onde não esteve muito inspirado. Witten falhou em alguns bloqueios e foi o responsável pelo único sack sofrido por Dak Prescott no jogo. Recebeu apenas 3 passes, sendo um de 21 jardas em que quase derrubou a bola, mas conseguiu se recuperar no lance e conquistar o importante avanço. Mesmo não tendo feito muita coisa, não comprometeu. Gavin Escobar e Geoff Swaim pouco fizeram na partida. BOM (1 ótimo, 6 bons e 2 regulares)

Scott Linehan, coordenador ofensivo – Scott Linehan consegue ajustar o seu ataque quando este não funciona da maneira que costuma funcionar. O jogo corrido deu uma certa travada após o primeiro drive, mas Linehan conseguiu fazer ajustes importantes para que este voltasse aos trilhos. Para isso, chamou mais corridas pelos lados e utilizou muito bem as pernas do quarterback Dak Prescott. Outro triunfo de Scott foi utilizar Dez Bryant e Cole Beasley em cima do conerback Kendal Fuller em jogadas importantes. A corrida de Beasley que matou o jogo no final também foi uma grande escolha do bom coordenador ofensivo do time. ÓTIMO (6 ótimos e 3 bons)

DEFESA

Linha Defensiva – A primeira campanha de Washington com blitzes e muita pressão ao quarterback Kirk Cousins foram animadoras. Uma pena que a animação acabou ali. Foram 4 períodos de extrema tranquilidade para o Cousins, que teve impressionantes 449 jardas e NENHUM SACK sofrido. Foram 5 recebedores com mais de 40 jardas, muito em função da falta de pressão imposta pelos nossos homens de linha do que pela performance da secundária. Vale destacar que o único que se salvou foi o defensive tackle David Irving, com boas penetrações no ataque adversário. A DL ajudou a parar o jogo corrido, é verdade, mas um time que pretende ser campeão do Super Bowl não se pode dar ao luxo de deixar o quarterback adversário com tamanha tranquilidade para lançar bolas. São apenas dois sacks anotados nos últimos três jogos do time. É preciso acordar. RUIM (7 ruins e 2 péssimos)

Linebackers – Você sabe quem tem a segunda melhor defesa da NFL contra o jogo corrido? Sim, Dallas. E boa parte deste grande trabalho vem por parte dos linebackers que novamente, fizeram um grande jogo e foram o destaque da defesa. Sean Lee teve impressionantes 14 tackles na partida. São 105 no total para o general, vice-líder da NFL (com um jogo a mais do que a maioria dos concorrentes). Damien Wilson também merece destaque. Substituiu o lesionado Justin Durant e fez uma boa partida, com 5 tackles no total. Mesmo com Anthony Hitchens mal perdendo vários tackles e mesmo falhando em algumas jogadas de passe curto, os linebackers foram responsáveis por limitar o ataque terrestre dos Redskins a apenas 56 jardas totais e foram fundamentais em impedir touchdowns nas jogadas próximas à end zone. BOM (8 bons e 1 regular)

Secundária – A secundária teria a difícil missão de marcar um ataque que protege bem o quarterback, tem muitas opções de recepção e trabalha com muitas jogadas explosivas. Fizeram um bom trabalho, considerando que a pressão exercida pela linha defensiva foi nula. Com o adversário tendo muito tempo para lançar, fica difícil manter a marcação atrás boa por tanto tempo. Orlando Scandrick, Byron Jones e Brandon Carr tiveram bons e importantes desvios de bola, mas também foram queimados em algumas jogadas. O cornerback calouro Anthony Brown teve 7 tackles, mas falhou feio no touchdown de DeSean Jackson. A prova de que as quase 450 jardas de Cousins no jogo foram mais culpa da linha defensiva do que da secundária está nas campanhas de Washington na redzone. Com menos campo para jogar, a secundária marcou muito bem os recebedores e impediu que 7 pontos fossem anotados. REGULAR (1 ótimo, 3 bons, 3 regulares e 2 ruins)

Rod Marinelli, coordenador defensivo – Junto com a secundária, esta foi a nota que mais gerou controvérsia entre os integrantes do Blue Star Brasil. Marinelli teve que enfrentar um ataque aéreo explosivo e de grandes jogadas. Apesar de ter obtido sucesso impedindo grandes passes de Kirk Cousins, não conseguiu fazer com que sua linha defensiva exercesse pressão alguma. Foram mais de 400 jardas aéreas, mas em compensação, menos de 60 no jogo corrido. Marinelli começou bem com algumas blitzes inesperadas que funcionaram, mas desistiu da estratégia ao longo da partida. Precisa arranjar um jeito de fazer a linha defensiva pelo menos voltar a fazer a pressão que vinha fazendo nas primeiras partidas (que já não era grande coisa, vale ressaltar). Foram 3 ótimos, 3 bons e 3 ruins dos nossos críticos, portanto, Marinelli fica com média. REGULAR

Jason Garrett, técnico –  Jason Garrett teve um jogo consistente, comandando bem seu time e escolhendo boas jogadas ao lado de seus coordenadores. Não foi exigido em situações de desafio e também não precisou ousar em quartas descidas, muito em função do mal desempenho do técnico rival Jay Gruden e suas chamadas arriscadas que ajudaram os Cowboys  a conseguir a décima vitória consecutiva BOM (2 ótimos e 7 bons)

Special Teams – Se mostraram atentos na ousada chamada de one side kick do técnico dos Redskins. Se Dallas perdesse a bola ali, a situação poderia ter se complicado. Dan Bailey mostrou que não aderiu a moda dos kickers da NFL de desperdiçar extra points. Chutou apenas um field goal de 46 jardas, e o fez muito bem. O “Mr Automatic” segue sendo um dos melhores da NFL. Chris Jones teve bons punts e impediu retornos longos do adversário. Lucky Whitehead pouco fez retornando. ÓTIMO (5 ótimos e 4 bons)

Rafael Freitas

Fã do Dallas Cowboys desde 1996, sonha em ver o time de volta ao Super Bowl. Mais novo integrante do Blue Star Brasil

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