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Jason Witten deseja se reunir com a família Jones para definir seu futuro

Jason Witten quer jogar nesta temporada.

E ele quer fazer isso com um uniforme dos Cowboys.

Mas isso não significa que vai acontecer.

O tight end valoriza sua longa carreira na franquia. Ele é sincero quando diz que quer usar um capacete com uma estrela quando der o seu último gás em um campo da NFL.

Porém, quanto mais Witten falava na terça-feira antes de uma cerimônia de premiação nomeada em sua homenagem, mais ele parecia um homem resignado com a realidade: o capítulo final de sua carreira de jogador provavelmente será escrito em outro lugar.

A resposta virá em breve. Witten, que completará 38 anos em 6 de maio, espera se sentar com os dirigentes do clube logo após o Combine da próxima semana em Indianápolis. Seu status precisa ser resolvido antes que ele possa entrar em negociações com outras equipes como agente livre em 16 de março.

“É minha esperança, acho que é a nossa esperança, ter essas conversas e chegar num acordo logo após o término do Combine e antes da free agency“, disse Witten.

“Eu quero jogar.”

Witten teve uma breve reunião com Mike McCarthy. Isso aconteceu dias depois que McCarthy foi nomeado treinador dos Cowboys.

“Uma conversa muito boa”, disse Witten. “Não o conheço muito bem, ele não me conhece muito bem, mas tenho muita admiração pelo que ele fez em sua carreira.”

“Ele expressou a mesma coisa em relação a mim.”

Witten não tomou uma decisão sobre seu futuro quando se encontrou com McCarthy. Mas o treinador deixou claro seus sentimentos.

“Quero dizer, Mike passou por Brett [Favre] lá no final de sua carreira”, disse Witten. “A primeira coisa que saiu da boca dele foi: ‘Se você quer jogar, vá jogar’.”

Parece um bom momento para se ressaltar que Favre foi jogar no New York Jets e no Minnesota antes de terminar sua carreira.

O status de Witten com os Cowboys não estaria em questão se Jason Garrett ainda fosse o treinador. O principal recebedor na história da franquia certamente faria sua 17ª temporada pela equipe ou ocuparia uma posição na equipe técnica.

Garrett e Witten têm um relacionamento que vai além do que normalmente se vê entre um treinador e um jogador. Vem de anos de batalhas juntos, de segurar as pontas um do outro, de estar lá nos bons e nos maus momentos.

McCarthy e Witten não têm isso. Cada um pode admirar o que o outro realizou, cada um pode respeitar como o outro aborda seu trabalho e o que ele representa, mas não há apego emocional. Nada para uni-los.

Pode-se argumentar que é melhor para os dois seguirem caminhos separados. Se McCarthy e sua equipe entenderem que não tem interesse em seguir com Witten, por que Witten lutaria para ficar? Se a equipe técnica concluir que Witten ainda pode ajudar essa equipe, mas com um papel reduzido no futuro, isso também não seria bom para ninguém.

Você desejaria ver o atual treinador colocando um papel dramaticamente reduzido para um dos maiores jogadores da rica história da franquia? Se você fosse Witten, que sempre foi um líder, além de um bom soldado no vestiário, você desejaria ser contaminado por uma frustração com sua diminuta importância ou impactar potencialmente sua história na equipe?

É por isso que tantos grandes jogadores acabam em franquias diferentes para terminar suas carreiras.

É impossível para qualquer atleta corresponder às expectativas que trabalhou por tanto tempo e com tanto esforço para construir perto do fim das suas atividades.

Emmitt Smith se viu nessa posição quando Bill Parcells assumiu.

Ele ainda era um jogador produtivo? Sim.

Ele ainda era um atleta atuando no nível do Hall da Fama? Não.

Witten ainda não teve a chance de conversar com Smith sobre isso. Ele irá.

“Provavelmente seria uma boa ideia visitá-lo”, admitiu Witten. “Eu realmente não queria seguir esse caminho até que chegasse a hora.”

“Para ser justo com os Cowboys, simplesmente não tivemos essas discussões.”

Witten recebeu 63 passes para 529 jardas e quatro touchdowns na última temporada. Ele disse que está orgulhoso da maneira como jogou. Ele permanece em contato com Jerry e Stephen Jones e passou algum tempo no iate da família durante o Super Bowl.

Ele também está ciente de que ninguém nesta momento lhe disse que ele será recebido de braços abertos como jogador. Isso significa que uma decisão não foi tomada.

Ou talvez tenha sido, e este é o período durante o qual todos enfrentam essa realidade iminente. Por isso, Witten afirmou que está aberto à possibilidade de jogar em outro time.

“Acho que tenho que ser”, disse ele. “Obviamente, isso não é o ideal. Eu adoraria terminar aqui. Mas você sabe, algumas dessas coisas não estão no seu controle. Não sou tão ingênuo para pensar que o fim da minha carreira não possa ser em outro lugar.”

“Claro, eu quero que seja com o Dallas Cowboys. Eu sempre serei um Dallas Cowboy, mas também entendo, com todas as mudanças que estão ocorrendo, que talvez eu tenha de ir para outro lugar.”

Ele não seria o primeiro.


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Fonte
Dallas Morning News

Diego Barros

Torcedor do Dallas escondido no velho oeste do Rio Grande do Sul. Veterano na torcida desde a década de 90, louco para recuperar o Lombardi.

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