Entre todos os textos circulados sobre o futuro do Dallas Cowboys no draft, praticamente todos rondam sobre qual posição de defesa o time escolherá nas primeiras rodadas. E isso não é algo só dito lá fora, pois aqui no Blue Star Brasil nós também investimos de forma exaustiva nosso espaço para discutir jogadores de defesa.
Mas… já pensou se o time quiser escolher um jogador de ataque?
Para que isso aconteça, precisamos analisar as posições mais carentes do outro lado da bola antes de falar dos prospectos. Já de cara, temos uma posição que não faz sentido algum investir uma escolha de primeira rodada: a posição de quarterback. Com Dak Prescott completamente seguro no cargo de QB titular, não há sentido algum em selecionar um signal-caller com a primeira escolha do time no draft.
O mesmo também pode valer para a posição de running back. Em 2016, o time investiu uma escolha de Top-5 no draft para selecionar o melhor RB da classe, Ezekiel Elliott. Pelo time, Zeke mostrou um talento fora do comum e terminou a temporada como um dos melhores em sua posição, se não for o melhor. Com a saída de Lance Dunbar, até há um espaço para outro RB no time, mas será que há mesmo a necessidade de escolhê-lo na primeira rodada? Eu acredito que não.
Uma das posições de ataque que poderia ser favorita para a escolha é a de wide receiver. Ao vermos talentos como Mike Williams (Clemson), Corey Davis (Western Michigan) e John Ross (Washington), poderíamos pensar que eles poderiam ser cogitados no time quando a 28ª escolha estivesse para ser decidida. O problema aqui é um só e podemos explicar em duas palavras: free agency.
No começo do mês passado, o Dallas Cowboys renovou com Terrance Williams e Brice Butler. Se a ideia era selecionar um WR na primeira rodada, não seria incoerente ter renovado com os dois jogadores? Essas duas renovações fecharam o grupo de wide receivers, com exceção de Lucky Whitehead, que não tem lugar garantido no time ainda. O time precisa necessariamente gastar uma escolha de primeira rodada para substituir Whitehead? Provavelmente todos, assim como eu, responderão que não.
Agora, já podemos entrar em posições que podem ser mais prováveis de serem olhadas com mais carinho, digamos assim. A primeira delas é a posição de tight end. Por mais que Jason Witten tenha renovado seu contrato e James Hanna e Geoff Swaim estarão totalmente recuperados para a próxima temporada, não podemos descartar a possibilidade de buscar um sucessor para o camisa 82. Apesar de não ser necessário, é possível sim gastar uma escolha de primeira rodada por ele, principalmente olhando os dois grandes prospectos da posição. Por mais que seja improvável que O.J. Howard (Alabama) sobre na escolha de Dallas, há uma possibilidade de David Njoku (Miami) (foto) esteja disponível. Pelo potencial que ele demonstrou ter, não seria algo insano se o time cogitá-lo.
A linha ofensiva, apesar de ter sido eleita a melhor da NFL na última temporada, ainda tem algumas incógnitas para serem resolvidas. A primeira delas é a possível aposentadoria de Doug Free e seu possível substituto. Será que o time pode confiar em Chaz Green a ponto de substitui-lo a altura?
A segunda incógnita é sobre La’el Collins. O jogador lidou com lesões nas duas temporadas que teve em Dallas e o time pode acreditar que um plano de emergência não seria ruim. Por mais que Jonathan Cooper esteja na reserva, pode não haver confiança no jogador a ponto de colocá-lo como titular, o que seria razoável vendo a trajetória da ex-escolha de primeira rodada.
O que torna a escolha de primeira rodada em um jogador de linha ofensiva improvável são os prospectos da posição. Nesse draft, a classe de jogadores de linha ofensiva é considerado abaixo da média, portanto não faz muito sentido investir a melhor escolha numa posição que tem os piores prospectos dos últimos anos.
Certamente, a defesa é uma grande prioridade para o Dallas Cowboys e ela deve mesmo ser o foco do time. Ainda assim, não podemos descartar reforços para o ataque, seja para escolhas no fim ou até no começo do draft, como citamos aqui. Caso ela realmente aconteça, o melhor é analisar o cenário antes de cuspir marimbondos. Afinal, o time pode ter uma boa razão por trás disso.
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