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Mike McCarthy fala sobre as críticas de seu gerenciamento de jogo

Em um bate-papo com David Moore da SportsDay, McCarthy discutiu a cultura do vestiário, Ted Lasso da Apple TV, limpeza de banheiros e muito mais.

O começo promissor acabou sendo uma resposta a algumas das perguntas mais importantes sobre o atual time dos Cowboys normalmente dirigidas a Mike McCarthy.

Mas não a todas elas. A semana do bye é um bom momento para fazer um balanço e retomar algumas dessas questões ainda não resolvidas. Não há necessidade de esperar mais.

O que Mike McCarthy e Ted Lasso têm em comum? Qual é a resposta do técnico dos Cowboys para aqueles que questionam sua gestão de jogo? E talvez o mais importante de tudo …

Como foi crescer limpando o banheiro do bar de seu pai depois do último turno de trabalho dos metalúrgicos no sábado à noite?

McCarthy foi um convidado no programa Intentional Grounding no The Ticket (KTCK-AM 1310 e 96,7 FM) no início desta semana. Ele começou atualizando que Dak Prescott segue utilizando uma bota ortopédica devido a uma distensão na panturrilha e confirmando que se encontrou com Damontae Kazee após a sua prisão por dirigir alcoolizado.

McCarthy então passou os 30 minutos seguintes falando sobre sua adoração por Ted Lasso, a série da Apple TV, que é muito mais do que sobre o técnico de um time de futebol inglês fictício, suas raízes em Pittsburgh – desculpe, quero dizer Greenfield – e sobre o seu gerenciamento de jogo.

Em entrevista recente, Jason Sudeikis, que interpreta o personagem central da citada série, já falou sobre como os treinadores a amam. O técnico do Golden State Steve Kerr, cujo filho faz parte da equipe de roteiristas, abraça a mensagem do programa de que a cultura vence o esquema.

Coloque McCarthy nesse campo. Ele adora mensagens sobre crescimento, cultura e desenvolvimento.

“Eu adoro isso do ponto de vista do treinador, porque no final do dia se trata de se relacionar com seus jogadores e com sua equipe e fazer com que todos acreditem nesse objetivo comum e façam os sacrifícios”, disse McCarthy. “Existem tantas maneiras diferentes de enviar as mensagens desejadas e isso tem que ser feito em seu estilo pessoal.”

“Acho que esse é um dos componentes do ato de treinar, do coaching e você aprende à medida que sobe na hierarquia, porque você o vê repetidamente. À medida que as pessoas têm mais responsabilidades e à medida em que sobem nessa escala, há possibilidade de elas mudarem.”

“É um grande erro quando você faz isso como treinador.”

Alerta de spoiler: leve isso a sério, Nate Shelley.

Agora, de volta ao mundo real. McCarthy tem flashbacks de suas próprias experiências como treinador quando assiste ao programa?

“Quero dizer, por onde você quer começar?” Ele perguntou. “Com Jamie Tartt? Você quer falar sobre Roy Kent? Quer dizer, acho que todos nós já tivemos esse tipo de experiência.”

“O vestiário é um santuário. É a parte mais importante do esporte profissional na minha opinião. A forma como as personalidades se unem em uma estrutura que você coloca ao redor daquele vestiário e o suporte, a energia, a consistência, a regulação, a manutenção, tudo faz parte disso.

“No final das contas, isso tudo precisa caber ou o grupo como um todo não vai atingir todo o seu potencial (…) Eles têm um grande conhecimento do esporte profissional. Estou sempre rindo, mas você definitivamente pode se identificar com isso.”

Lasso sente a ira dos fãs frustrados e as críticas da mídia na série. Embora McCarthy não esteja sendo chamado propriamente de idiota, ele está ciente de que as pessoas questionam seu estilo de jogo e o gerenciamento do relógio, mesmo neste promissor início de 5-1.

“Eu diria que trabalhar em Dallas é diferente do meu último emprego”, disse McCarthy, que levou o Green Bay a um título de Super Bowl em seu trabalho anterior. “É simplesmente algo muito maior. E também acho que estou na liga há muito tempo, sou treinador há muito tempo. Quanto mais tempo você está trabalhando com isso, mais as coisas negativas que dizem sobre você simplesmente se acumulam.”

“Francamente, é parte da responsabilidade do trabalho. É onde eu entendo que fica isso.”

McCarthy não permanece na defensiva quando fala sobre a percepção. Ele sabe quanto tempo ele e sua equipe dedicam ao gerenciamento do jogo. Ele é um defensor do processo e da preparação, e enfatizou que todas as decisões são tomadas para garantir que ele dê aos jogadores a chance de vencer o jogo.

E quando dá errado?

“Ei, eu entendi o sentido da pergunta”, disse McCarthy. “Analytics é ótimo, mas se tornou uma arma para a mídia. Isso faz parte do processo de avaliação de hoje.”

“Existem características de um vai e volta constante em cada jogo de futebol. Há confrontos que você pode estar mais preocupado do que o público efetivamente sabe.”

“Esse tipo de contestação não me incomoda”, ele continuou. “Estamos sendo agressivos em um determinado ponto do jogo por um motivo. Estamos sendo conservadores em um determinado ponto do jogo por uma outra razão.”

“Mas, ei, se houver um erro de gerenciamento de jogo, para mim isso é algo real. Todos nós reconhecemos que como treinadores e o conhecimento da mídia de hoje todos temos mais acesso às críticas. Isso é apenas parte do trabalho.”

“Mas eu prometo a todos os nossos torcedores que colocamos uma quantidade enorme de tempo, energia e detalhes na preparação para ter certeza de que estamos prontos para tomar essas decisões.”

McCarthy cresceu em Greenfield, um bairro do 15º Distrito de Pittsburgh. Ele tem tanto orgulho disso que disse às pessoas na faculdade que era de Greenfield, não de Pittsburgh.

O Joe McCarthy’s Bar and Grill era uma atração da Rua Alcorn. O estabelecimento de seu pai atendia muitos dos metalúrgicos, cujos turnos terminavam às 8h, 16h e meia-noite. Uma das funções do jovem Mike McCarthy era limpar os banheiros.

Como foi fazer isso às 2 horas da madrugada dos domingos?

“A precisão no uso dos vasos sanitários não é tão boa no sábado à noite, isso eu garanto”, disse o técnico do Cowboys. “Eu temia descer aqueles degraus todos os domingos de manhã. O cheiro ficava mais forte a cada passo que eu dava.”

Que lição ele tirou dessa experiência?

“Seja rápido no trabalho”, disse Mike McCarthy.

Parece algo que Ted Lasso diria.


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Fonte
Dallas Morning News

Diego Barros

Torcedor do Dallas escondido no velho oeste do Rio Grande do Sul. Veterano na torcida desde a década de 90, louco para recuperar o Lombardi.

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