Com o 20º aniversário do seu primeiro snap em um time de futebol americano se aproximando, Tony Romo é um quarterback quatro vezes eleito ao Pro Bowl e multimilinário que esteve presente para uma entrevista.
Fora da pequena sala no estádio Don Dalton na Burlington High School estava uma legião de garotos em seu football camp que sonham em um dia repetir a sua história. Cada um deles pode apenas esperar por um milagre porque isso é exatamente o que Romo foi.
Indo para sua 13ª temporada com o Dallas Cowboys, incluindo 10 como o quarterback titular, Romo tem o terceiro melhor passer rating da história da NFL com 97,1 de um total de 158,3.
Leia também: Seis mentiras que andam contando para você sobre o Tony Romo
Isso foi alcançado por alguém que nunca tinha feito uma jogada de futebol americano até o dia 6 de setembro de 1996, quando ele era um jogador de futebol e decidiu tentar o futebol americano em Burlington. Isso foi alcançado mesmo após Romo não ter sido selecionado em 2003 depois de jogar pela universidade de Eastern Illinois, um programa da Divisão I-AA da NCAA no tempo.
O quão natural ele era 20 anos atrás? Em sua primeira partida pelo BHS Demons, uma derrota de 34 a 14, Romo completou 26 dos 33 passes tentados para 308 jardas e dois touchdowns.
“Ele colocou a bola para os recebedores em espaços que você normalmente não vê uma bola sendo colocada”, disse o técnico de Burlington Steve Tenhagen, o recebedor favorito de Tony Romo na temporada de 1996.
20 anos depois, Romo está com 36 anos e vindo de uma temporada recheada de lesões, no qual ele jogou apenas quatro jogos. Hoje, Romo está saudável e insiste em dizer que está ótimo — é claro, isso é sempre relativo vindo de um jogador de um esporte de contato físico como o futebol americano — e que estará de volta para mais quando o Cowboys voltará a treinar no dia 30 de julho.
Como foi o caso desde que ele segurou a bola oval pela primeira vez, Romo não consegue segurar a ansiedade. E isso foi evidente quando foi perguntado sobre como ele se vê em 10 anos.
“Eu gostaria de ainda estar jogando futebol americano”, disse sem titubear. “Talvez 10 anos eu esteja me alongando um pouco. Vamos ver”.
“A realidade é que o tempo vai te dizer quando está na hora. Eu sei que estou em uma das minhas melhores fases nessa offseason. Vem sendo muito agradável. Estou muito animado com o que vem pela frente.”
Romo tem motivos para estar assim. Ele teve, estatisticamente, sua melhor temporada da carreira em 2014 quando DeMarco Murray tirou a pressão sobre ele com uma temporada espetacular. Murray saiu logo após fim da temporada, mas agora o Cowboys usou sua quarta escolha geral do Draft desse ano para selecionar o running back Ezekiel Elliott, de Ohio State.
“Em qualquer momento que você queira correr com a bola, ele vai ajudar o time”, disse Romo.
A meta, é claro, é vencer o Super Bowl. Isso validaria Romo como um candidat para o Hall da Fama, dado seus números — não que ele ligue muito para isso.
“Eu não penso nessas coisas”, disse Romo, que está no meio de um contrato de seis anos e 108 milhões de dólares. “Meu trabalho, honestamente, é colocar nosso time em uma posição de vencer o campeonato. Isso é obviamente a nossa meta. Se você faz algo como isso, muitas outras coisas se abrem para você, mas você não coloca isso como plano ou nada parecido.”
“Você precisa jogar o jogo. E eu acho que se você joga em um nível suficientemente alto, essas coisas acontecem.”
Isso ficou ainda mais evidente na última temporada, quando o Cowboys esteve 3-1 com Romo titular e 1-11 sem ele.
“Eu sim acredito que vencer o Super Bowl é absolutamente necessário”, disse o pai de Romo, Ramiro, quando foi perguntado sobre a chance do seu filho ser eleito para o Hall da Fama. “Mas para dizer, tem pessoas que nunca ganharam um Super Bowl que acabaram no Hall da Fama. Isso é para outras pessoas decidirem. Isso está longe demais no futuro para pensar sobre isso.”
Para Tony Romo, o foco é simplesmente ganhar jogos. Ele sabe que o resto vai acontecer naturalmente.
Mas mesmo que esse Super Bowl tenha escapado, a chance é que ele será feliz. Isso ficou evidente quando ele parou várias vezes a entrevista para segurar seus filhos Hawkins, 4 anos, e Rivers, 2.
“Eu provavelmente ficarei sendo um pai”, disse Romo quando refletiu sobre sua vida longe dos gramados. “E eu tenho um sentimento engraçado de que minha esposa (Candice) vai me obrigar a fazer várias coisas pela casa”.