Essa ideia imediatamente trouxe um sorriso para Fred Ross. Um reencontro com seu quarterback no college, Dak Prescott, na NFL seria um sonho se tornando realidade.
Não há dúvidas de que o Dallas Cowboys tem algum interesse em Ross, wide receiver de Mississippi State, visto que o time já se reuniu com o jogador duas vezes no Senior Bowl.
“Espero que eles me escolham. Seria ótimo jogar no Texas”, disse Ross, que jogou futebol americano pela John Tyler High School, da cidade de Tyler, no Texas.
“Mas, no dia do draft, nunca se sabe”.
Prescott certamente gostava de lançar para Ross no college.
Ross teve sua melhor temporada como terceiranista em 2015 com Prescott. Os dois se conectaram para 88 recepções e 1.007 jardas com cinco touchdowns. Na temporada passada, Ross teve 917 jardas recebidas em 72 recepções com 12 touchdowns.
Ross está cotado para sair no meio ou fim do draft e o Cowboys espera estar no mercado por um wide receiver com Terrance Williams e Brice Butler se tornando free agents irrestritos.
“Vendo ele em vídeos, não há muito destaque em seu físico, mas ele é confiável”, disse Dane Brugler, analista de draft para a CBS Sports. “Se houver uma 3ª para 7, você pode apostar que a jogada vai ser desenhada para ele. Ele se alinhou em todas as formações naquele ataque, até recebendo alguns snaps do backfield para envolvê-lo mais no jogo. Ele correu rotas mais básicas naquele ataque, mas ele correu bem.”
“Ele tem mãos ágeis para fazer a recepção, mas precisa eliminar os drops se ele quiser garantir um espaço na NFL”.
Ross também pode atrair o Cowboys como um retornador. Ele retornou punts nas últimas duas temporadas em Mississippi State, conseguindo retornar um para touchdown.
O retornador Lucky Whitehead ainda está sob contrato com o Cowboys para a próxima temporada, mas ele não vem correspondendo o esperado. Ainda, Whitehead perdeu confiança com a comissão técnica quando se atrasou para uma reunião e foi dispensado do jogo contra o New York Giants em dezembro.
“Eu sou só um playmaker, cara”, disse Ross. “Eu farei qualquer coisa para ajudar meu time a vencer. Eu posso ir pelo meio. Posso receber uma bubble screen e ganhar seis (pontos, isto é, um TD). Eu posso correr rotas longas. Posso fazer de tudo”.
Ross ainda tem o apoio de Prescott, que vem servindo de mentor para ele durante o Senior Bowl. Os dois se vira via FaceTime depois do treino de terça-feira.
“Ele me falou, cara, dá seu máximo lá”, disse Ross. “Não se preocupe com nada e faça o melhor que puder. Tudo que você fizer vai ser avaliado, então faça o seu melhor e da maneira mais profissional que você pode.”
Por mais que Prescott tenha se destacado rapidamente na NFL, Ross não está surpreso com isso. Afinal, é parecido com que ele viu Prescott fazer no futebol americano universitário. Mas até Ross entende o quanto Prescott jogou bem como calouro ao liderar o Cowboys para um recorde de 13-3 e a melhor campanha da NFC.
“Eu não estou surpreso com seu sucesso, mas quero dizer pera lá agora. Pera lá”, disse Ross, sorrindo. “Eu acho que todo mundo está um pouco chocado pelo que ele fez. Ele surpreendeu a liga inteira. Estou orgulhoso dele, cara, ele treinou forte para isso. Tudo que ele treinou está trazendo recompensas e estou orgulhoso dele.”
“Ele sempre estudou muito o jogo. Se o jogo acelera, ele acelera seu processo de aprendizado. É chocante ver porque eu joguei com ele no último ano, mas eu não estou surpreso com isso”.
Ross ainda sente que o sucesso de Prescott no futebol americano universitário o preparou para a atenção que ele recebeu na NFL. Ninguém era uma “estrela do rock” maior que Prescott em Starkville, Mississippi, e sua popularidade apenas aumentou ao liderar o Time da América.
“Ele está acostumado com isso, cara”, disse Ross. “A maneira que foi no college o ajudou para tudo que está sendo jogado nele agora.”
“Ele está em um pedestal maior, mas ele sempre foi calmo. Eu acho que ele está traduzindo isso para a NFL e não está perdendo o ritmo. Ele está detonando, (…) e por mais que ele esteja tendo sucesso, ele ainda é uma pessoa muito humilde.”