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Como Jerry Jones mudou a forma de fazer negócios na NFL e garantiu uma vaga no Hall da Fama

Jerry Jones esteve no Hall da Fama do futebol americano por três vezes. Todas com um largo sorriso em seu rosto.

E provavelmente haverá lágrimas no seu rosto para a próxima visita. Lágrimas de alegria.

Jones viajou para Canton para servir como apresentador aos seus três ex-jogadores que estavam sendo nomeados ao Hall da Fama: Michael Irvin em 2007, Emmitt Smith em 2010 e Larry Allen em 2013. Sua próxima visita será em agosto, para sua própria nomeação.

No sábado, Jones foi eleito para a classe do Hall da Fama de 2017. Ele se tornou o sétimo membro do Time da Década de 1990 da NFL a conseguir um busto. Ele se junta a Irvin, Smith, Allen, Troy Aikman, Charles Haley e Deion Sanders.

Mas os seis jogadores receberam seus paletós dourados pelo que fizeram em campo pelo Cowboys. Jones recebeu seu paletó dourado pelo que ele fez fora de campo pela NFL. Seus jogadores venceram campeonatos. Jones mudou a forma que a NFL faz negócios.

Jones foi um dos dois candidatos nomeados como contribuintes junto com o ex-comissário Paul Tagliabue. Tagliabue foi tema de uma discussão de mais de uma hora, enquanto a discussão de Jones entrar no Hall da Fama ou não durou 33 minutos e 45 segundos. Jones foi eleito. Tagliabue não.

Jones chorou quando Irvin pediu para que ele apresentasse sua nomeação. Jones aprecia e respeita a história do jogo e sabe a magnitude da honra desse gesto de Irvin. Agora a honra é dele — e isso porque Jones mudou a dinâmica financeira da NFL em seus 27 anos como dono de uma franquia.

Foi Jones que impediu uma redução financeira nas propostas dos canais de televisão em 1992 quando a CBS e a NBC fizeram suas ofertas. Jones envolveu a Fox e ao invés de devolver 238 milhões de dólares para as emissoras, o novo contrato de televisão teve um acréscimo de US$790 milhões. Aquele contrato de TV de 1994 valeu US$4,39 bilhões. Três contratos depois, ele vale US$44,5 bulhões. O dinheiro levou o salary cap de 34 milhões de dólares em 1994 para US$155 milhões em 2016.

As formas de receitas no estádio que Jones introduziu no meio dos anos 90 também contribuiram para a inflação do teto salarial. Seus patrocínios no Texas Stadium com a American Express, Nike e Pepsi criaram fontes de receitas que todos os times da NFL precisavam geral, que acabou encaminhando um boom em construções de estádios.

Os donos dos times precisavam ter estádios onde eles poderiam controlar seus arrendamentos, como Jones no Texas Stadium. Desde 1995, quando Jones esteve com Phil Knight em uma parada por Meadowlands, 20 estádios foram construídos na NFL. Atlanta se torna o 21º em 2017 e Los Angeles 22º em 2019.

Os donos se beneficiaram dessa explosão de novas receitas, assim como os técnicos e jogadores. Os fãs também tiveram benefícios, graças a uma nova onda de estádios mais confortáveis. Jones liderou a NFL para essa prosperidade com sua visão e liderança.

O futebol americano profissional o agradeceu na noite de sábado com um busto em Canton.

Fonte
Dallas Morning News

Gabriel Plat

Curte NFL por escolha e o Dallas Cowboys por amor. Aprecia a boa música e compartilha outro sofrimento: o Botafogo. Um dos participantes do podcast.

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