Cinco motivos para o Adrian Peterson jogar (ou não) em Dallas
Com a chegada da offseason, especulações vem e vão. A mais recente do momento em Dallas, entretanto, não é de um jogador do Dallas Cowboys, e sim de Adrian Peterson. O running back do Minnesota Vikings, rodeado por polêmicas e boatos, vem sendo ligado como um possível reforço para o Cowboys na temporada de 2015 caso a saída de DeMarco Murray seja confirmada.
Mas espera um pouco: vale a pena Jerry Jones contratar Adrian Peterson? Para a resposta dessa pergunta, listamos 10 motivos: cinco a favor da vinda de Peterson e cinco contra.
5 motivos para Adrian Peterson jogar em Dallas em 2015
1. Ele é melhor que o Murray
Sim, DeMarco Murray foi eleito o jogador ofensivo do ano por conta de sua brilhante temporada. Entretanto, estamos falando de ninguém menos que Adrian Peterson. O running back do Minnesota Vikings foi o MVP (sim, isso mesmo) da temporada de 2012, onde também foi o recordista de jardas (coisa que ele já fez em outros dois anos) e praticamente levou o time sozinho para a pós-temporada. Nos últimos três anos, AP foi eleito para o Pro Bowl duas vezes. O único ano que não foi eleito? 2014, quando não jogou nenhum jogo.
2. Sua situação em Minnesota não é das melhores
Por conta do problema extra-campo que o tirou da temporada de 2014, a situação entre Peterson e o Minnesota Vikings ficou desgastada. Sem apoio do time que defendeu a carreira inteira, a situação chegou a tal ponto que o agente de Adrian Peterson discutiu com o vice-presidente do Vikings e disse que “Adrian nunca mais jogará pelos Vikings”. Com essa tensão, uma mudança de ares seria bem vinda para o ambiente em Minnesota e para Peterson.
3. Ele quer jogar em Dallas
Adrian Peterson, mesmo tendo contrato com o Vikings, já demonstrou interesse em jogar no Cowboys. Antes do começo da temporada de 2014, um rumor onde AP teria ligado para Jerry Jones pedindo para jogar em Dallas circulou na internet. Já as últimas notícias dão que Peterson teria pedido ao Vikings uma troca, também para o Dallas Cowboys, o que foi negado pelo time de Minnesota.
4. Murray é uma incógnita para 2015
Mesmo tendo uma temporada espetacular, DeMarco Murray ainda conta com vários pontos de interrogações ao seu redor. Tendo sua primeira temporada desde os tempos de college sem se lesionar, há a dúvida se Murray conseguirá ficar saudável para a próxima temporada, mesmo sendo sobrecarregado com o número de corridas. Também, há o histórico de running backs que lideram a liga em jardas terrestres irem mal no ano seguinte, gerando mais uma dúvida sobre a condição de Murray para 2015. Ao contrário de Murray, Peterson sempre mostrou regularidade em seus números, mesmo após liderar a liga em jardas terrestres em 2012.
5. Escolher um RB no draft talvez não seja a melhor solução
Caso Murray acabe não renovando, o Dallas Cowboys teria que buscar uma opção na free agency ou no draft. Mesmo com bons nomes no draft na posição de running back, é raro (pra dizer praticamente impossível) que um jogador escolhido já cause um impacto e tenha uma temporada excelente logo em seu primeiro ano. Dessa forma, Adrian Peterson seria, mais uma vez, uma aposta menos arriscada por conta de sua consistência ao longo de sua carreira.
5 motivos para Adrian Peterson NÃO jogar em Dallas em 2015
1. Seu salário é mais alto do que o Cowboys pode pagar
Adrian Peterson em 2015 receberá um salário base de US$12.750.000, valor próximo ao que o Cowboys pretende oferecer a Dez Bryant em seu novo contrato. Caso Cowboys faça uma troca para ter Peterson, o time assumiria todo seu contrato restante, muito para a atual situação do salary cap do time. Ainda tendo que renovar com outros jogadores como Bruce Carter, Justin Durant, Rolando McClain, Sterling Moore e Doug Free, contratar AP pode significar enfraquecer outros setores da equipe.
2. Problemas extra-campo
Adrian Peterson perdeu toda a temporada de 2014 por conta de uma denúncia grave de sua ex-mulher. Nela, AP teria agredido seu filho de quatro anos com um galho, o que foi comprovado por fotos. Com a imagem arranhada, os problemas extra-campo de Peterson poderiam afetar o ambiente do vestiário do Dallas Cowboys, que passa por seu melhor momento nos últimos anos.
3. Seu auge já pode ter passado
Adrian Peterson completará 30 anos em 2015. Não, não é muito para um jogador da NFL, mas muito para um running back. Com jogadores da posição tendo quedas de rendimento estatisticamente provadas após o período entre 27 e 29 anos, dar a Peterson um grande contrato para jogar em Dallas pode ser mais arriscado do que aparenta ser.
4. Encontrar um bom RB no draft está cada vez mais difícil
Os “franchise running backs” estão cada vez mais escassos nos drafts. Com algumas exceções, foram poucos drafts nos últimos anos que bons running backs apareceram. O draft de 2015, no entanto, foge à regra. Com possivelmente a melhor classe desde 2008, o draft de 2015 pode dar ao Dallas Cowboys a opção mais barata e viável para a posição, mesmo que talvez não dê resultados excepcionais a curto prazo.
5. A posição de running back já não é mais valorizada na NFL
Apesar do running back ainda ser de suma importância para os times, a posição vem sendo cada vez mais desvalorizada pela liga. Por terem um “tempo de vida” curto, running backs estão cada vez menos sendo bem pagos, tendo inclusive kickers recebendo valores maiores. Com a posição em baixa na liga, o Dallas Cowboys teria que fugir à regra, já que Adrian Peterson certamente pediria um salário alto, e poderia passar por problemas a médio prazo por conta da decisão.
Conclusão
Adrian Peterson é, discutivelmente, o melhor running back da NFL. Quando um MVP e futuro jogador de Hall da Fama manifesta seu desejo (mesmo que possa ser somente um boato) de jogar no Dallas Cowboys, é totalmente normal o torcedor querer sua vinda. E não é para menos: com a qualidade de Peterson somada a forte linha ofensiva do Dallas Cowboys, o running back poderia ter, sem tantas dificuldades, uma de suas melhores temporadas da carreira.
Entretanto, sua idade, os problemas fora de campo e seu 2014 longe dos gramados pode comprometer não só a temporada de 2015 como o resto de sua carreira. A pergunta que fica não só para o Jerry Jones, mas para todos os torcedores é: vale a pena correr esse risco?