BSB ENSINA | Como funcionam as tags na NFL?
A free agency da NFL, como sempre. pega fogo. Vários jogadores renovam seus contratos, outros vão para outras equipes e alguns recebem as famosas tags. Mas você sabe como a franchise tag e a transition tag funcionam? E como elas afetaram o Dallas Cowboys para a temporada 2020/21?
Franchise Tag
É a tag mais conhecida. Serve, basicamente, para que a equipe possa manter o jogador por mais um ano, quando este está em final de contrato e poderá se tornar um free agent. Ela só pode ser aplicada a um jogador do roster.
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Ela pode ser exclusiva, quando apenas a equipe pode negociar com o jogador. Ao aplicá-la, o time deverá pagar ou a média dos cinco maiores salários da Liga, considerando a posição, ou 120% em relação ao salário anterior, o que resultar no valor maior. Neste caso, o jogador não pode recusar.
Ou pode ser não exclusiva, quando o jogador pode negociar com outras equipes. A equipe que aplicou a tag tem a oportunidade de igualar o valor oferecido pelo outro time ou simplesmente deixar o jogador sair, recebendo assim, duas escolhas compensatórias de primeiro round no próximo Draft. Caso permaneça na equipe, o valor a ser recebido é o mesmo da exclusiva.
Transition Tag
A transition tag é semelhante à franchise tag não exclusiva. Tem como objetivo “segurar” o jogador por mais um ano, o jogador pode negociar com outras equipes e o time pode tentar igualar a proposta. As principais diferenças são: o valor a ser pago, a princípio, será a média dos 10 maiores salários da posição (não dos 5) e, caso o jogador opte por sair, a franquia não recebe escolhas compensatórias.
O CBA
O novo acordo coletivo de trabalho foi aprovado pelos jogadores da NFL no dia 15 de Março de 2020. Neste acordo, estão várias alterações significativas para a Liga, entre elas:
- Aumenta o número de semanas da temporada regular – de 17 para 18 – sendo 17 jogos e uma bye week;
- Diminui a pré-temporada – de 4 para 3 jogos;
- Aumenta o salário mínimo;
- Classifica 7 equipes por Conferência para os playoffs – até então eram 6.
- Aplicação das tags.
Our statement on the CBA vote: pic.twitter.com/3pXydLLQ9c
— NFLPA (@NFLPA) 15 de março de 2020
No antigo acordo, uma franquia poderia aplicar até duas em uma mesma temporada. Porém, a partir de agora, apenas uma poderá ser escolhida. O que deixou o Dallas Cowboys, a princípio, em uma sinuca de bico.
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Como afetou o Dallas Cowboys para 2020?
No início da free agency, o Dallas Cowboys tinha três situações muito importantes pendentes. Quando Byron Jones acertou o acordo milionário com o Miami Dolphins, se tornando o cornerback mais bem pago da posição, sobraram Dak Prescott e Amari Cooper.
Muito se especulou durante a última temporada e a offseason, sobre a situação do quarterback. Porém, foram poucas informações oficiais, o que deixou o torcedor praticamente no escuro. A princípio, a ideia era que as tags fossem aplicadas nos dois jogadores ofensivos. Um receberia a franchise tag e o outro a transition tag.
Com o novo acordo coletivo, isso não foi possível. A franquia teve que escolher qual jogador receberia a tag e qual faria a renovação. Pelo histórico, era claro que não deixaria nenhum dos dois sair de Dallas. Dak, por todas as declarações do front office durante o tempo que o quarterback está na equipe; e Amari Cooper, pelo que foi pago pelo jogador em 2018. Dificilmente o Cowboys “perderia” uma escolha de primeira rodada naquele Draft para contar com o wide receiver por apenas uma temporada e meia.
No final das contas, o saldo foi positivo. Dak Prescott recebeu a franchise tag no valor de US$33 milhões e Amari Cooper renovou por 5 anos e US$100 milhões. A franquia garantiu o wide receiver e terá mais tempo para negociar o novo contrato do quarterback.
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