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Como o Cowboys transformou uma inconsistente linha ofensiva na ‘melhor de todos os tempos’

A melhor linha ofensiva de todos os tempos.

Essas palavras estão sendo ditas sobre o potencia da linha ofensiva do Dallas Cowboys após a adição do calouro La’el Collins. A ex-estrela de LSU era um talento de primeira rodada que não foi selecionado no draft de 2015 porque foi chamado a depor após o assassinato de sua ex-namorada.

Depois de ser liberado pela polícia de Baton Rouge, Collins escolheu se juntar ao Cowboys, somando-se ao que era já uma boa linha ofensiva. O Cowboys tem três escolhas de primeira rodada e três Pro Bowlers na linha ofensiva: o left tackle Tyron Smith, o center Travis Frederick e o guard Zack Martin. Smith e Martin foram escolhidos para o primeiro time All-Pro em 2014, enquanto Frederick ficou no segundo time.

Foi Jerry Jones o primeiro a falar sobre construir a melhor linha ofensiva de todos os tempos durante o encontro com Collins em sua casa na quarta-feira. Collins certamente aceitou e está pronto para o desafio.

“Eu posso te dizer isso, nossos melhores momentos ainda estão por vir”, disse Collins depois de assinar com o Cowboys na quinta-feira. “Essa será a melhor linha ofensiva da história da NFL.”

Até o pragmático e conservador Jason Garrett, o homem que vive de um treino por vez e prega o processo, falou sobre a legitimidade das altas expectativas.

“Nós acreditamos em definir metas altas e buscá-las desde o começo”, disse Garrett. “Agora é hora de voltar a trabalhar. Você diminui as expectativas. Nós vamos focar na segunda-feira e fazer as coisas que precisamos fazer ao longo do camino. Mas você quer caras que estão motivados. Você quer caras que definem metas altas para si e para o time de football. Eu não acho isso ruim.”

O que era ruim era o estado da linha ofensiva do Cowboys quando Garrett assumiu o time em 2011. Era o começo de três temporadas de 8-8 consecutivas quando o quarterback Tony Romo não tinha apoio e corria sérios riscos de se lesionar.

Mas também foi o começo de um doloroso processo para chegar lá — do qual a linha ofensiva é o principal ponto do sucesso do time e da força da organização — começando por aqui.

Garrett cortou três veteranos antes de sua primeira temporada: o tackle Marc Colombo, o Pro Bowl center Andre Gurode e o guard Leonard Davis. Isso forçou o Cowboys a abrir a temporada com uma baixa e fraca linha ofensiva, que incluía o center Phil Costa e a escolha de sétima rodada Bill Nagy como guard.

Esse foi também o ano que o Cowboys selecionou Smith na primeira rodada, servindo como o ponto de inflexão da transição, mesmo não conseguindo ver com a fraca atuação na linha de scrimmage durante a temporda.

“Nós tivemos que tomar decisões muito difíceis no começo”, disse Garrett. “Nós tínhamos alguns jogadores de linha ofensiva veteranos. Nós terminamos dispensando três deles em um ano. Nós jogamos com caras muito jovens. Nós não tínhamos escolhas no draft ou dinheiro no salary cap suficiente para buscar caras para substituí-los. Nós tínhamos alguns caras que vieram e fizeram tudo que pedimos para eles. Sabíamos que precisaríamos realocar recursos para isso (reestruturar a linha ofensiva). Também levou um tempo para parar de sofrer contra times que eram fisicamente mais forte que nós ali na frente.”

Mas o processo começou com Smith em 2011. O Cowboys selecionou Frederick na primeira rodada de 2013 com muitas críticas ao redor por pessoas que diziam que o jogador não valia a escolha de primeira rodada, e seguiu com a escolha de Martin na primeira rodada de 2014.

Garrett disse que nada disso aconteceu por acidente. Foi um grande comprometimento para melhorar a linha ofensiva. Mas ele tem conhecimento de que o Cowboys foi beneficiado com um pouco de sorte, especialmente relacionado a Martin e Collins.

O Cowboys mirou outros jogadores no draft de 2014, mas eles foram selecionados antes da escolha de Dallas, permitindo que Martin caísse em seus braços.

“Eu realmente sinto que coisas boas vieram a nós para selecionarmos alguns desses jogadores”, disse Garrett. “Você pode dizer que você está mirando em um jogador, mas se alguém o seleciona antes de você, você tem que tomar uma decisão diferente. Então o fato de Zack Martin estar disponível onde estava e Travis estar disponível onde estava, somando ao Tyron, isso ajudou muito. E para ter a oportunidade de estar envolvido com essa situação do La’el Collins e trazê-lo ao time; é uma coisa que nós tivemos sorte de fazer parte disso e de ajudar nosso time.”

Garrett está declaradamente em êxtase sobre a linha e seu futuro. Enquanto parece não ser característico a ele os comentários de ter a melhor linha ofensiva da história, ele está encorajado pela própria linha e sua situação para o Cowboys conseguir tudo que espera.

Por natureza, esses caras que darão o tom para toda a organização.

“Quando você dispões de uma unidade, isso é uma boa coisa pro seu time”, disse Garrett. “Essa unidade também controla a linha de scrimmage. Eles vem sem a bola e dão o tom e o ritmo para o que você quer que o time seja. Nós queremos ser um time de futebol americano físico. Ninguém dá mais o tom que a linha ofensiva. Eles podem ser o coração da equipe. Eles estão focados no football“.

“Essa é só uma mentalidade que a linha ofensiva tem. Cada um desses caras que trouxemos tem essa mentalidade. Eles tem uma barba mal feita. Eles não pensam sobre o que vão comer o tempo todo. Mas eles amam se encontrar. Amam levantar peso. Amam ir jogar futebol americano, e eles trabalham duro nisso, e em várias maneiras que dão o tom ao nosso time”.

No ano passado, a linha ofensiva pavimentou o caminho para uma temporada 12-4, um título da divisão e a segunda vitória em playoffs desde 1997.

A seguir veremos o que o Cowboys pode fazer em 2015 com potencialmente a maior reunião de talentos na linha ofensiva da história da NFL.

Fonte
Star-Telegram

Gabriel Plat

Curte NFL por escolha e o Dallas Cowboys por amor. Aprecia a boa música e compartilha outro sofrimento: o Botafogo. Um dos participantes do podcast.

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