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Michael Irvin: “Cowboys teria ganho no mínimo cinco Super Bowls com Jimmy Johnson”

Jimmy Johnson treinou o Cowboys entre os anos de 1989 e 1993. Nesse tempo, o técnico reergueu um time considerado um dos piores da liga para dois títulos de Super Bowl. Antes da temporada de 1994, no entanto, Johnson deixou Dallas por conta de problemas pessoais com o dono e general manager Jerry Jones. Na época, Jerry Jones queria dividir as decisões sobre o elenco do time, o que estava previsto em contrato que somente Jimmy Johnson tinha esse poder.

Michael Irvin, wide receiver e Hall da Fama, que passou toda sua carreira de 12 anos em Dallas, acha que o Cowboys teria ganho muito mais campeonatos se Johnson tivesse permanecido como técnico.

“Quando Troy (Aikman, quarterback Hall da Fama) e eu nos encontrávamos e olhávamos um ao outro – e estou te dizendo que é difícil não nos encontrarmos (e dizer que) ‘deveríamos ter ao menos cinco (anéis) para nós'”, disse Irvin no último Talk of Fame Network. “Nós deveríamos ter vencido cinco. Nós deveríamos ter se aposentado com no mínimo cinco Super Bowls.”

“Esse é um mínimo que eu realmente acredito. Você olha pra trás agora, e se eu tivesse a consciência que tenho hoje, (…) se eu tivesse naquela época, (…) nós certamente teríamos vencido cinco Super Bowls. Isso ainda me incomoda, cara. Eu estou te falando. Ainda incomoda.”

Sem Jimmy Johnson, o Cowboys ainda ganhou outro Super Bowl, o da temporada de 1995. O técnico, Barry Switzer, estava em seu segundo ano no Dallas Cowboys quando levantou o troféu Lombardi. Depois de vencer um jogo de pós-temporada no ano seguinte, o Dallas Cowboys só foi vencer novamente nos playoffs em janeiro de 2010, quase 15 anos depois.

Em 2012, Johnson esclareceu as declarações de Jerry Jones de que o próprio Jones foi o maior responsável por montar o time que venceu os três títulos.

“No tempo que eu estava com o time, eu tinha total e completa responsabilidade sobre a operação do football“, disse Johnson na época. “Isso significa elenco, o draft, técnicos, incluindo preparadores físicos. Tudo. Sempre esteve no meu contrato. (…) Quando assinamos o primeiro contrato, Jerry disse, ‘eu estarei responsável pelas finanças, você estará responsável pelo football‘, nós faremos história”.

Jones, no entanto, lembra das coisas um pouco diferente.

“Durante o tempo de Jimmy, a autoridade que contratava os jogadores era o GM”, disse ele na época. “Mas foi acordado que nós não traríamos um jogador para a organização que ele não aprovasse. Nós éramos um time e isso funcionou muito bem. Em nossa circunstância, onde o dono e o general manager eram a mesma pessoa, em um caso de discordância — que nunca tivemos — o dono teria a decisão final”.

E no inverno do ano passado, Jones reiterou o que ele disse sobre Johnson receber os créditos pelo sucesso do time.

“Deslealdade (…), eu não consigo lidar com a deslealdade”, disse o dono e GM para Don Van Natta Jr., da ESPN americana, sobre a saída de Johnson. “Independente se foi certo ou não, eu paguei várias vezes um preço maior para estar lá do que ele pagou, foi inacreditável”.

Indenpendente de onde esteja a verdade, é difícil negar que Johnson teve um papel fundamental para melhorar o time, que vinha de três temporadas seguidas com mais derrotas que vitórias quando o técnico chegou em Dallas.

“Não haveria uma reviravolta sem Jimmy”, disse Irvin recentemente. “Toda a mentalidade que Jimmy construiu e como ele nos guiou para um objetivo. Tiveram vários caras quando nós chegamos lá. E todos eles queriam seu próprio espaço e fazer suas próprias coisas. Algumas pessoas queriam ganhar dinheiro. Algumas pessoas queriam ser famosas. Alguns caras queriam o que quer que seja. (Mas) Jimmy foi capaz de nos colocar na mesma página. E isso foi a beleza em ganhar campeonatos.”

Fonte
CBS Sports

Gabriel Plat

Curte NFL por escolha e o Dallas Cowboys por amor. Aprecia a boa música e compartilha outro sofrimento: o Botafogo. Um dos participantes do podcast.

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