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Tony Romo detalha toda a leitura da jogada da (não) recepção de Dez Bryant

O fã do Dallas Cowboys não precisa mais de ajuda para lembrar a fatídica quarta descida que definiu a derrota para Green Bay em janeiro.

A memória, por melhor que seja, não é tão boa – ou perspicaz – como a de Tony Romo. O quarterback do Cowboys, em uma entrevista para a rádio 105.3 The Fan na última terça-feira, contou sobre os detalhes do seu último snap da temporada 2014-15.

O Cowboys perdia por 21 a 26 com menos de cinco minutos de jogo. O time começou a campanha na própria linha de 18 jardas, e agora enfrentava uma quarta para duas jardas na linha de 32 do campo de ataque.

Esse é o momento que Romo começa a recapitular o lance – logo antes do snap de uma das jogadas mais controversas da história recente da NFL:

(É recomendado que você veja o vídeo – clicando aqui – do Romo explicando para entender melhor a jogada.)

“Então, na maior parte do jogo eles estavam dobrando (a marcação no) Dez, e eles estavam em uma situação que mesmo que não (dobrassem), eles a esconderiam bem e mostrariam isso depois. Então começamos a focar nisso e entender o que eles conceitualmente tentavam fazer.

O que aconteceu lá é que estávamos em uma empty formation. Então seria um grande momento no jogo, e nós fomos com uma empty formation. Então você tem um monte de leituras diferentes. Naquele ponto, mais cedo no jogo, eu acabei lançando a bola para Terrance (Williams) em uma spread-out formation – eu acho que tínhamos um running back naquela jogada – mas ele acabou anotando o touchdown. Ele não era a primeira leitura na jogada, mas ela foi baseada nessa configuração, que não foi diferente da que era agora.

Eles tentaram e esconderam a mesma cobertura, que acabaram ficando na que chamamos de Cover Zero – então era uma all-out pressure. Mas eles a esconderam pelos safeties estarem um pouco avançados, como se eles fossem ajudar a dobrar (a marcação) no pessoal. Então, você pode dizer com isso que alguns dos linebackers nickel cornerbacks vão vir atrás de você. Nesse processo, meu primeiro pensamento naquele momento era que eu não seria capaz de segurar a bola (por muito tempo). Então você tem que lançá-la, ela tem que ir para algum lugar – você não pode chegar até aquele momento e ler (a jogada novamente).

No momento, eu disse que tinha três opções na jogada. Cole (Beasley) tinha uma rota que era muito ágil, Witten tinha rota muito rápita e Dez tinha uma rota go. Agora, a rota go é arriscada, porque é uma 4ª para 2 – você só precisa de duas jardas, você pode lançar a bola para qualquer um em campo.

O problema é, no momento que eu estava pronto para receber a bloa, eu pensei em Cole (Beasley) e pensei em Jason (Witten), mas eu olhei para a quantidade de jogadores que estavam neles, que iriam marcar e não vir (em cima de mim). Quando eu olhei, era uma quantidade ruim – em outras palavras, eles (os recebedores) teriam que dar uns dois passos a mais para passar pelos marcadores.

Então nesse momento, eu pensei ‘eu quero as duas jardas, mas vai ser muito arriscado. Vai ser uma daquelas bang-bang tipos de slant que com a quantidade de marcadores, nosso cara não estará (livre)’. Eu não posso ajustar a jogada com a rota a essa altura da contagem, já que estou para receber o snap. Então pensei ‘ei, é um mano-a-mano. Dez teve apenas três situações dessa no jogo todo. É nossa temporada em jogo, então vamos fazer o que tiver que ser feito’. Você dá a chance a ele, e ele vai e consegue a jogada. No fim, nós não conseguimos a chamada (dos juízes de recepção completa).”

Fonte
DallasCowboys.com

Gabriel Plat

Curte NFL por escolha e o Dallas Cowboys por amor. Aprecia a boa música e compartilha outro sofrimento: o Botafogo. Um dos participantes do podcast.

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