A linha ofensiva será o pilar do ataque do Cowboys

Uma defesa renovada sob um coordenador elogiado, uma linha ofensiva saudável, uma classe jovem e promissora de rookies, um programa completo de offseason para trabalhar junto de uma comissão técnica ainda considerada “nova”. Todas são as razões para que a torcida do Cowboys fique encorajada com a nova temporada, mas a maior parte do otimismo está diretamente ligada ao dona da camisa 4, Rayne Dakota Prescott.

Os pontos mais brilhantes de 2020 – mesmo sendo poucos – vieram sob o comando do quarterback; a temporada efetivamente terminou no momento em que ele foi retirado de campo na semana 5. Mas quando o próprio Prescott é questionado sobre a chave para as chances da equipe em 2021, ele diz que está no mesmo nível dos caras que o protegem todo domingo.

Tyron Smith, La’el Collins e Zack Martin também estarão voltando nesta temporada, e o homem que lidera o ataque sabe que eles valem muito.

“Eles são os mais importantes, se você me perguntar”, disse Prescott, de acordo com Todd Archer da ESPN. “Só de ter esses três caras liderando os cinco caras na frente, tudo começa com eles. O jogo de corrida, que permite que o jogo de passe se abra. Quando você tem esses caras de volta saudáveis, com energia, é especial.”

Essa unidade inteira é algo que ninguém vê há muito tempo. Smith jogou apenas dois jogos na temporada passada, antes de uma lesão no pescoço o deixar de fora o resto do ano. Martin perdeu seis jogos no total, a maior marca de sua carreira. E Collins nem chegou de colocar o uniforme em 2020 por causa de uma cirurgia de quadril antes da temporada.

O trio é responsável por 13 Pro Bowls, 299 jogos de temporada regular e quase meia tonelada de proteção na linha de frente. Mas na última temporada, eles perderam um total de 36 jogos. Suas ausências foram percebidas; os Cowboys foram forçados a usar 13 combinações diferentes de linha ofensiva enquanto caminhavam para terminar para 6-10.

Nenhum momento chamou tanta a atenção para suas ausências como o tackle sofrido na semana 7 por Andy Dalton. O linebacker de Washington, Jon Bostic, foi expulso pelo tackle na cabeça de Dalton, mas nem um único jogador do Cowboys interveio para defender seu quarterback titular.

“Falamos o tempo todo sobre jogar um pelo outro, proteger uns aos outros”, disse o técnico Mike McCarthy na época. “Essa certamente não foi a resposta que você esperaria.”

Isso aconteceu apenas duas semanas depois de Prescott sofrer a sua fatídica lesão ao ser derrubado pelo safety do Giants, Logan Ryan.

Dos três – Smith, Martin e Collins – apenas Martin estava em campo quando Prescott caiu. Nenhum estava jogando quando Dalton sofreu sua concussão.

Aqueles foram momentos difíceis para os veteranos assistirem do lado de fora.

“Você vê alguém agredir seu quarterback e eu não ser capaz de intervir e acalmá-lo, isso foi difícil”, disse Collins na época. “Sempre que sua equipe entra em campo e como um verdadeiro competidor, você não está lá, é sempre difícil. Mas realmente me deu algo para esperar quando voltasse. Isso me deu muita motivação e tudo que eu preciso para seguir em frente.”

“Honestamente”, acrescentou Smith, “isso apenas nos empurrou para sermos melhores e apenas saber o que temos que fazer.”

Todos os três ficaram afastados dos exercícios competitivos durante os OTAs e minicamp da equipe, trabalhando em vez disso com a equipe de condicionamento e força do Cowboys e participando de exercícios sem contato. Espera-se que todos estejam prontos para participar plenamente do training camp em julho.

E enquanto vários dentro do vestiário dos Cowboys – de McCarthy a Tony Pollard – expressaram alívio que  linha ofensiva estará em breve, é difícil imaginar que alguém esteja mais animado do que o homem que será protegido.

“Desde o momento em que fui draftado até agora”, disse Prescott, “esse ataque é construído a partir desses caras. Eles são os três caras mais veteranos desta equipe, e isso por um motivo. Esses caras são perenes Pro Bowlers quando estão saudáveis, futuros membros do Hall of Fame.”

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