Opinião

Como o Dallas Cowboys pode suprir a necessidade na posição de Tight End?

No primeiro jogo da temporada regular e o primeiro sobre seu novo contrato de US$22m/3anos, Blake Jarwin se lesionou enquanto corria uma rota e foi ao chão.

No dia seguinte, foi reportado que o jogador teria rompido os ligamentos do joelho e por isso perderia toda a temporada.

 


Como isso afeta o ataque da equipe?

Blake Jarwin recebeu seu contrato por dois motivos, e estes são justificáveis.

Um é seu talento.

O TE, além de ver seus targets e recepções crescendo a cada ano, foi ganhando espaço na contagem de snaps da equipe e a presença de Jason Witten na equipe se mostrava cada vez menos efetiva.

Por outro lado, cientes de que Jason Witten já se encaminhava para o fim de seu legado no time da américa, a staff da equipe sabia que Dak Prescott tem seus TE’s como um alvo de confiança.

Desde que entrou na liga, o signal caller soma, por ano, mais de 80 passes para TE’s.

 


Sem Jarwin, como fica a situação de tight ends do Cowboys?

De acordo com o Ourlads.com, a sequência no Depth Chart se ilustra dessa maneira:

  • Blake Bell:

Tight end ex-chiefs e que foi contratado após ter seu contrato expirado com a equipe na pré-temporada de 2020.

Definitivamente não é um TE que terá 4 targets por jogo. Sua adição foi visando os bloqueios, algo que ele fazia junto à Travis Kelce em Kansas.

  • Dalton Schultz (foto):

Um velho conhecido dos torcedor de Dallas.

Draftado em 2018, Schultz se encaminha para seu 3º ano no time da américa e soma apenas 23 targets em 28 jogos. Outro TE que já se mostrou não ser o que Dak necessita com a ausência de Jarwin

  • Sean McKeon:

Undrafted em 2020, o TE de Michigan assinou com os Cowboys depois de não ser escolhido no Draft.

Confesso que, até a decisão de fazer esse texto, não o conhecia e por isso, fui procurar sobre o jogador.

Mckeon era reserva em Michigan e isso foi causa máxima de o mesmo não ter sido escolhido em 2020.

Em sua carreira no College:

  • 4 anos;
  • 27 jogos;
  • 60 recepções;
  • 668 jardas recebidas;
  • 6 touchdowns.

Nada impressionante, longe disso, porém, na situação em que o time se encontra em relação a jogadores da posição, se torna necessário dar chance a todos os jogadores do elenco.

Por fim, no practice squad, têm-se Cole Hikutini.

Foram 2 anos no College, 2015 e 2016.

Nestes, teve 69 recepções que geraram 1016 jardas e 11 touchdowns.

Em 2017, não foi draftado, porém, assinou contrato como undrafted com o San Francisco 49ers.

Em seu primeiro ano na NFL, participou de 4 jogos, nos quais somou 3 targets, 2 recepções que renderam 15 jardas.

Depois disso, foi de practice squad à practice squad e em setembro de 2019, assinou com os Cowboys, desde lá, passou a ocupar um espaço no P.S.

Se existe boa hora para dar chance ao jogador, é esta.

Além disso, há a possibilidade de procurarmos trocas e free agents.

 


 

Jogadores disponíveis no mercado

 

O mercado de TE’s agentes-livres é escasso. O único jogador que fazem os olhos aumentarem de tamanho é o veterano Delanie Walker.

Em seus 14 anos na NFL, teve 4 temporadas com mais de 800 jardas recebidas, sendo uma para mais de 1000.

Sua média anual é de:

  • 13 jogos;
  • 56 targets;
  • 36 recepções;
  • 420 jardas recebidas;
  • 2 touchdowns recebidos.

 


 

Trocas

Aqui, existem alguns nomes que podem ser boas escolhas para Dallas.

Antes de dar início à lista, gostaria de esclarecer que busquei pensar em jogadores que não fossem unanimidades em suas equipes, uma vez que não vejo como válido, uma grande movimentação para a posição de TE, já que Jarwin voltará ao time em 2021.

 

Foster Moreau

Um jogador que não empolgou em sua carreira no College e foi draftado pelos Raiders, um dos times que mais utilizaram pacotes com 2 ou mais tight ends em 2019.

No College, tinha média de:

  • 13 recepções;
  • 157 jardas recebidas;
  • 1,5 touchdowns.

Em sua primeira temporada na NFL, somou 25 targets, que resultarem em 21 recepções para 17 jardas e 5 touchdowns.

Jacob Hollister

Draftado em 2017 pelo New England Patriots, Hollister não foi muito utilizado em seus primeiros dois anos na NFL, somando apenas 8 recepções nestes.

Em 2019, o Seattle Seahawks sofreu com a lesão de Will Dissly e para dar mais armas à Russel Wilson, buscaram o jogador.

Em 2019, Hollister participou de 46% dos snaps ofensivos de Seattle, nestes, somou:

  • 59 targets e 41 recepções;
  • 349 jardas recebidas;
  • 3 touchdowns;

16 de suas recepções foram para 1st down.

 

Luke Willson

Outro jogador de Seattle, sem dúvida o time com mais talento espalhado pelo elenco.

Willson é um veterano na NFL.

Draftado no 5º round do Draft de 2013, o canadense nunca teve uma ótima temporada na equipe. Seu teto de produção em relação à targets foi 40, em 2016, porém, a média de sua carreira não chega perto disso.

A média anual das estatísticas de recebedor do jogador desde que chegou na NFL:

  • 13 jogos;
  • 24, 7 targets;
  • 15,7 recepções;
  • 185 jardas recebidas;
  • 1,6 touchdowns.

 

Cameron Brate

Não, eu não errei o nome do tight ends de Tampa Bay.

Durante a pré-temporada de 2020, surgiram burburinhos de que os Cowboys estariam interessados em O.J. Howard, porém os rumores se esfriaram e logo no primeiro jogo dos Bucs, Howard foi o TE2 da equipe em snaps ofensivos, participando de 53% destes, enquanto Gronk participou de 77%. Brate, por sua vez, participou de apenas 10%.

Porém Howard foi o TE mais acionado, com 6 targets, Gronk, teve 3, enquanto Brate, foi alvejado apenas 1 vez.

Não draftado em 2014, Brate assinou como UDFA com os Bucs e desde lá, foi ganhando cada vez mais participação nos snaps ofensivos da equipe, até que passou a dividir targets com O.J. Howard.

As médias anuais de Brate resultam em:

  • 13,7 jogos;
  • 48,8 targets;
  • 32,5 recepções;
  • 359, jardas recebidas;
  • 4,5 touchdowns.

Cameron Brate é, de longe, o jogador que mais desejo ver como um Dallas Cowboy.

Por fim, o texto tinha como objetivo trazer nomes à tona para que assim como eu, os torcedores do time da américa possam sonhar com contratações para a posição de tight end!

Victor Guastaldi

Amante do futebol americano, torcedor dos Cowboys e discente de Ciências Sociais na UFSCar.

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