Opinião

O futuro nos playoffs: dois aspectos cruciais para vencer no sábado

O ano de 2019 começa para os torcedores dos Cowboys como todos sonhavam e poucos acreditavam depois de estar 3-5 na temporada: playoffs em casa.

Será uma semana extremamente angustiante e há a promessa de um árduo jogo contra o Seattle Seahawks no AT&T Stadium.

Por mais difícil que seja, todos gostariam de estar justamente aqui, onde os homens são separados dos garotos e apenas um time sobrevive.

O embate dos Cowboys será um dos mais difíceis da sua história recente, já que enfrentarão os Seahawks comandados por Russell Wilson, Bobby Wagner, Tyler Lockett, Doug Baldwin e companhia.

Assim como o Dallas Cowboys, o Seattle Seahawks teve uma temporada que não iniciou bem, mas terminou em alta, classificando-se como wild card na seed 5 e se credenciando a enfrentar o Time da América.

A semana será intensa de análise das equipes, suas valências e fragilidades. Eu estou me propondo aqui a colocar em pauta dois aspectos que julgo essenciais para que o Dallas possa sair vitorioso no sábado.

Em primeiro lugar, o Dallas Cowboys precisará, no mínimo, se igualar na fisicalidade e intensidade que o adversário apresentar no jogo. Todos sabem que o Seattle Seahawks é uma equipe que joga muito pesado neste aspecto. O jogo de sua linha defensiva e seus linebackers é bastante físico, assim como a secundária. Mesmo com a perda da maioria de seus atletas que formavam a famosa Legion of Boom, a característica de jogo não se perdeu. É um verdadeiro estilo da franquia ter uma equipe com esses atributos, que jogue o mais pesado possível. Nas partidas em que os Cowboys estiveram inferiores física e intensamente que o adversário, houve derrotas. Podemos citar, em especial, a visita à Indianápolis, onde os Colts nos atropelaram no placar, mas principalmente na força. Se no mínimo não igualarmos na vontade e na fisicalidade, não haverá chance contra os Seahawks.

Outro aspecto importante, e um tanto intangível, é que os Cowboys necessitam estar prontos para o jogo sujo que eventualmente nosso adversário se proponha. Não é segredo algum que em todos os esportes há um embate físico, mas, também e tão importante, um enfrentamento mental constante. Esse jogo mental é composto, essencialmente, pelas circunstâncias em que a partida se desenvolve e pela forma como o adversário nos enfrenta. E o nosso oponente é muito cancheiro neste aspecto, tanto que no jogo da terceira rodada da temporada regular usou e abusou dessa batalha mental e nos venceu neste ponto. Jogadas como as que resultaram em conduta antidesportiva de Randy Gregory no fim do segundo quarto, o constante trash talk, especialmente nas linhas, e as jogadas sujas como a do DE Frank Clark nas costas de Ezekiel Elliott são exemplos desse estratagema bem realizado pelo adversário e que muitas vezes desestabilizam jogadores e equipe.  Além desses, podemos lembrar do jogo da pré-temporada de 2016 e da forma como Ezekiel Elliott foi tratado naquela partida, numa espécie de cartão de visitas para a NFL (nunca esquecendo do que sofreu o próprio Tony Romo – e todos nós – naquela chegada absolutamente desnecessária e exagerada de Cliff Avril). Então, saber vencer a batalha mental e estar preparado para o jogo sujo é fundamental para este e os próximos jogos. Não há mocinhos nos playoffs.

Bem, eu poderia citar inúmeras outras perspectivas táticas e técnicas que permeiam uma partida como esta. Tenho certeza que muitos farão, bem como nós aqui e no podcast vindouro, mas preferi trazer estes acima citados que julgo essenciais, entre muitos outros.

O fato é que o último jogo foi crucial para melhorarmos nosso ambiente e elevarmos nossa confiança, fatores que auxiliam demais para o enfrentamento do jogo físico e da guerra de nervos. A equipe chega sem grandes problemas no departamento médico e com o nível de crença e firmeza moral muito altos. Embora muito criticado por inúmeras pessoas, inclusive os nossos próprios leitores (não poupar jogadores foi eleito pela galera como ponto negativo da partida), entendo como fundamental a utilização da imensa maioria dos atletas e o fato de termos jogado às ganhas a partida contra o New York Giants.

Aliás, nas recentes oportunidades em que poupamos jogadores na semana 17 e perdemos essas partidas houve eliminação imediata nos playoffs. Não dá para perder o embalo. E isso, com um pouco de sorte pela ausência de lesões, conseguimos levar para os playoffs. Tenho certeza absoluta que será um fator decisivo para a sequência do campeonato e para as vitórias que vem pela frente!

Saudações e Go Cowboys.

Diego Barros

Torcedor do Dallas escondido no velho oeste do Rio Grande do Sul. Veterano na torcida desde a década de 90, louco para recuperar o Lombardi.

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