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A história de Antwaun Woods

Há algo notavelmente diferente nessa defesa de Dallas.

Sua produção, emparelhada com paixão, criou um vínculo inquebrável neste vestiário. O resto da liga está lentamente começando a tomar conhecimento. E outra parte desta evolução são todas as novas peças desta história – peças que lentamente se encaixaram desde o primeiro dia do training camp.

Uma dessas peças é o nose tackle Antwaun Woods, que veio do Tennessee Titans. Você provavelmente o conhece como o “Human Log”, um apelido dado a ele pelo ex-campeão do Super Bowl e agora analista Nate Newton. Mas Woods conhece a si mesmo melhor do que ninguém – e diz que esse sucesso já vem de muito tempo.

“Honestamente, desde o ensino médio até a faculdade, até os Titans, até aqui, eu sempre quis ser de uma linha defensiva – e uma defesa – que seja realmente próxima”, disse Woods. “Na NFL, é difícil. Você sabe, todo mundo é casado, eles têm vidas separadas. Bem, quando cheguei aqui, havia algo sobre o grupo que era apenas uma proximidade natural.”

E se escolhemos reconhecê-lo ou não, os humanos anseiam pela proximidade. Nós ansiamos por relacionamentos significativos e amizades inquebráveis, mas todos nós sabemos como é raro. Então, o que está realmente acontecendo aqui? O que acontece a portas fechadas em salas de reuniões defensivas no coração do Texas nessas noites frias de inverno?

Vamos começar onde Woods diz que tudo começou, sob o sol de agosto.

Woods desembarcou com os Cowboys depois de passar dois anos lutando para ter uma vaga no practice squad dos Titans. E por um período curto, mas emocionante, com o Dallas, é difícil acreditar que ele estava pensando se o futebol era mesmo para ele, apenas na última primavera.

“Houve algumas vezes no ano passado, onde eu passei por coisas como um homem. Tipo, “Caramba, isso é para mim?” Eu me orgulho de ser mentalmente forte. Eu disse a mim mesmo, uma vez que eu deixei os Titans, tudo que eu preciso é uma chance para outro par de olhos me ver. Eu senti como se qualquer outro treinador, qualquer outro par de olhos pudesse me ver, eles vão gostar de mim”, disse Woods.

E ele estava falando sério sobre sua oportunidade. Tão sério, que ele foi direto para o coordenador defensivo para deixar sua marca em Dallas.

“Marinelli me disse quando cheguei aqui, que eu tinha que perder peso. Eu vim de uma defesa 3-4, então eu tinha cerca de 150 quilos. Ele me disse: “Você tem que perder peso”. E eu, o jogador que sou, eu não dou aos treinadores ou a ninguém um motivo para não gostar de mim ou não me dar uma oportunidade”, disse Woods.

O técnico Marinelli deu a ele pesos-alvo para estar durante pontos da offseason, para que ele pudesse trabalhar com um certo peso de jogo durante um longo período de tempo. Woods tinha outros planos.

“Eu apareci no camp com o peso para o ‘primeiro jogo’. Só para mostrar o quão sério eu estava”, disse Woods.

“Isso é inacreditável. Isso me diz alguma coisa”, disse Marinelli. “Você sabe o quão difícil é fazer isso, sendo um cara pesado?”

Marinelli parou a conversa, como se quisesse tirar o pó de suas lembranças anteriores de Woods.

“Quarto string e com excesso de peso” Marinelli sacudiu a cabeça. “Ele teve um começo difícil no training camp.”

Esse nível de complexidade, atenção aos detalhes e dedicação à execução ecoa através de tudo o que esta defesa representou em 2018. Não há jardas depois da recepção. Nenhuma cobertura explodida. Eliminando as jogadas sofridas do passado. Woods informou aos treinadores durante seu primeiro treino, que ele não ficaria de fora de nenhum desses planos.

“No primeiro dia em que vim para o acampamento em Oxnard, eu era o quarto reserva. Eu meio que refleti de volta como “Caramba. Eu faço beicinho, eu reclamo andando por aí como se algo estivesse errado, ou eu ando por aí e faço com que eles me reconheçam?” Eu disse para o treinador Leon Lett, “Cara, quarto reserva. Eu nunca estive lá antes. Mesmo quando cheguei na faculdade. Quer dizer, eu sempre fui pelo menos terceiro!”

Treinadores, mídia e até mesmo fãs começaram a perceber sua tenacidade nos treinamentos.

“Ele é móvel, ágil, tem ótimos pés e rapidez”, disse Charles Haley sobre Woods. “Ele tem uma violência própria.”

Ver seu nome listado em quarto lugar no gráfico de profundidade do elenco atingiu Woods profundamente. “Eu usei isso como motivação e disse ao treinador: ‘Não pisque, antes que você perceba, eu vou estar no topo desse gráfico de profundidade.”

“Eu não me importo com o que alguém diz”, disse Marinelli. “Esse sistema se encaixa nele. Seu QI de futebol está fora das paradas. Sua consciência de futebol é absolutamente um “A”.

“É uma ótima história”, disse o treinador Jason Garrett. “É uma ótima história para nossa equipe e organização. Os jogadores me ouvem dizer isso o tempo todo. Realmente não importa de onde você veio, quando você foi convocado, para qual escola você foi. O que importa é o que você faz quando chega aqui, e ele é um ótimo exemplo disso.”

O sol de verão se pôs algumas vezes, todos nós piscamos, e aqui estamos nós. O Dallas Cowboys se catapultou para a corrida dos playoffs depois de vencer cinco jogos consecutivos. Eles têm o resto da NFC East atrás deles, mas ainda estão de costas para a parede.

Depois de mostrar nos treinamento, Woods foi titular em 12 dos 13 jogos com o Dallas, e tem sido uma força dominante no meio da linha. Ele se tornou um marco não apenas por seus próprios méritos, mas também por causa de lesões de David Irving e Maliek Collins durante toda a temporada.

“É uma meritocracia”, disse Garrett. “Ele chegou onde está baseado nos méritos. Como ele vem para os treinos, as jogadas que ele fez, o impacto que ele teve nos jogos, ele foi excelente contra os Eagles no outro dia. Ele recebeu uma das bolas de jogo na defesa.”

As bases para o sucesso em dezembro foram estabelecidas meses atrás. Essa defesa plantaram seus objetivos, cuidaram do solo, regaram-no todos os dias, para que todos possamos desfrutar dos frutos de seu trabalho.

“A identidade que temos como Hot Boyz, é apenas responsabilizar um ao outro. Seja no jantar de quinta-feira e certificando-se de que todos estejam lá, não importa o que aconteça, certificando-se de que estou no meu gap, certificando-me de que D-Law está fazendo seu trabalho, é apenas a responsabilidade que temos um pelo outro”, explicou Woods.

Ele não estava em um roster, e teve a chance de pular a tabela de profundidade, para estar em campo aos domingos, para se tornar um jogador favorito dos fãs – sem escolher ignorar as coisas difíceis. Coisas difíceis como, não sendo draftado quando jogou em USC. “Eu nunca na minha vida me senti tão triste. Eu estava machucado. Eu não vou mentir, eu derramei lágrimas”, lembrou Woods.

Essa escolha teve um papel pequeno na união de um dos grupos mais unidos da liga.

“Eu acho que nossos caras vêem o que ele pode trazer para a mesa”, disse Garrett. “Eu acho que ele foi inspirado por isso. Não estamos vendo o quão alto ele é, quão longo seus braços são, estamos olhando para o que ele faz.”

“É incrível, que todos possam criticar uns aos outros e ajudar uns aos outros”, disse Woods. “Somos duros um com o outro. Às vezes, pode parecer desconfortável porque todo mundo tem orgulho. Mas nós não deixamos isso atrapalhar. Estamos desenvolvendo uma irmandade e é por isso que jogamos bem.”

Não é só o Woods que se beneficia das maneiras do treinador Marinelli, é toda a unidade de defesa. Marinelli é o criador de diferenças.

“Isso é uma coisa sobre Marinelli, ele conhece seus jogadores”, disse Woods. “Ele sabe como trabalhar, como empurrar certos jogadores, como certos jogadores reagem a certas situações.”

Marinelli merece crédito por uma habilidade que somente os melhores treinadores têm: conhecer seus jogadores. Para Woods, foi a grande diferença. E foi a partir do momento em que se conheceram.

“Eu olho para cada jogador individual, e eu os treino para o que eles podem se tornar”, disse Marinelli. “É claro que temos nossos padrões e expectativas e não temos desculpas. Eu não treino para o chão”, disse Marinelli, apontando para cima. “Eu os treino para o teto, então nós derrubamos o teto.”

Fonte
Dallascowboys.com

Vinicius Iori

Desde 2006 acompanhando esse time e desde 2017 compartilhando o máximo de informações sobre o Time da América.

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