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Como a presença de Amari Cooper pode ajudar todo o time dos Cowboys

Cole Beasley precisou ver apenas um treino de Amari Cooper na semana passada para saber o que o novo recebedor do Dallas Cowboys pode oferecer ao time.

“Ele definitivamente tem algo a mais,” disse Beasley. “Nós sabíamos disso antes. É por isso que eles fizeram a troca. Eles já sabiam e nós já vimos vídeos dele fazendo jogadas antes. Nós sabemos que tipo de jogador ele é. Ele acrescenta algo a mais ao ataque.”

Cooper, a quarta escolha geral do draft de 2015, foi caro para os Cowboys, que desembolsaram a escolha de primeira rodada do ano que vem pelo jogador, mas a troca não foi feita apenas pelo que ele pode fazer sozinho, mas pelo que ele pode fazer por todo o ataque.

Chamem isso de ‘Efeito Amari’.

O quarterback

O coordenador ofensivo Scott Linehan acredita que o jogo aéreo está se movendo em uma boa direção nesses últimos dois jogos. Dak Prescott lançou para 273 jardas na semana 7 contra Washington, sua melhor marca na temporada. Ele tem apenas um jogo a mais com tantas jardas desde a semana 15 da sua temporada de calouro.

Ele está se encontrando com Beasley. Ele e o calouro Michael Gallup, que teve um touchdown de 49 jardas contra Washington, estão finalmente criando uma sintonia. Allen Hurns, que deve ser o maior afetado pela chegada de Cooper, teve o seu jogo com mais recepções e jardas contra Washington, 5 recepções e 74 jardas.

“Então você adiciona esse jogador provado que pode virar seu recebedor principal,” disse Linehan. “Eu acho que nos dá a habilidade, de quando tentarem parar nosso jogo corrido, de ter um cara no outside que você pode contar.”

Prescott não terá muito tempo para treinar com Cooper antes do jogo contra Tennessee.

“Ele começou como calouro sem praticamente nenhum treino com todo um ataque até uma semana antes do seu primeiro jogo, ele sabe se adaptar,” disse Linehan.

Prescott teve um recebedor de outside confiável em Dez Bryant em 2016, mas jogou bem mesmo quando Bryant perdeu três jogos com uma lesão no joelho, completando mais de 70% dos seus passes e tendo seu primeiro jogo com 3 touchdowns passados sem Bryant.

“Não é uma pílula mágica,” disse Prescott ao jornal Dallas Morning News. “Um jogador não vai fazer todos os nossos erros irem embora. Mas precisamos fazer um trabalho melhor, e nós vamos … encontrar um jeito de jogarmos juntos. Apenas executar. Quando começarmos a fazer isso, e somando com um jogador como Amari Cooper, é aí que esse ataque dá o próximo passo.”

O running back

Entrando na semana 8, Ezekiel Elliott era o segundo jogador da liga com mais jardas corridas, com 615. De acordo com as estatísticas da ESPN Stats & Information, ele tinha o maior número de jardas corridas antes do primeiro contato (393), o que significa bons bloqueios. O jogador ainda tem a sexta melhor marca de jardas corridas após o primeiro contato (222).

Mas o que aconteceu contra Washington foi preocupante, o jogador conseguiu apenas 34 jardas em 15 carregadas, a segunda pior marca de sua carreira. Os Cowboys viram fronts de 8 e 9 homens desde que Elliott chegou em 2016, mas Washington conseguiu agredir os Cowboys com um bom jogo do seu front seven.

Com Cooper, os Cowboys querem que as defesas se preocupem com todo o campo.

“Você adiciona poder de fogo ao seu ataque, caras provados como esse te dão algumas opções,” disse Linehan. “Mesmo que seja apenas a ameaça da opção, isso pode ajudar outras partes do seu ataque.”

O ataque dos Cowboys vai continuar a correr com Elliott. O time não vai mudar a fórmula que funcionou tão bem para o time quando Elliott jogou. Se Elliott conseguir corridas longas – ele tem cinco de 20 jardas ou mais, o que estava empatado em terceiro antes da bye week – então isso vai abrir espaço para o jogo aéreo.

O slot receiver

A melhor temporada de Beasley veio em 2016, o ano de calouro de Prescott, quando ele recebeu 75 passes para 833 jardas. Defesas ainda respeitavam a ameaça de Bryant. Jason Witten ocupava defensores também. Os Cowboys tinham um jogo corrido que não podia ser parado, com uma linha ofensiva no ápice do seu jogo.

Um ano atrás, Beasley teve 36 recepções para 314 jardas e tudo foi mais difícil com defesas mais focadas nele.

Nos cinco primeiros jogos dos Cowboys, Beasley recebeu 17 passes. No jogo de abertura da temporada, ele teve 8 passes lançados em sua direção. Nos quatro jogos seguintes, ele não teve mais de 5 passes lançados em sua direção nenhuma vez. Nos últimos dois jogos, ele teve 16 recepções, incluindo 9 para 101 jardas e dois touchdowns na vitória contra o Jacksonville Jaguars.

Com Beasley mais envolvido, o jogo aéreo se mostra melhor.

A adição de Cooper deve dar mais espaço para Beasley nas rotas curtas.

“Eu não vejo como isso poderia me afetar negativamente,” disse Beasley. “Eu quero dizer, ele é um cara que os outros times têm que respeitar também. Talvez isso mude bastante para mim ou talvez eles façam algo para tentar anular os dois. Eu não sei. O tempo vai me dizer. Nós vamos descobrir quando jogarmos nosso primeiro jogo.”

A defesa adversária

Quando Bryant estava no seu melhor, Jason Garrett costumava dizer que a defesa sempre precisava saber onde o número 88 estava no campo. Nos sete primeiros jogos da temporada, Elliott foi quem recebeu essa atenção, não apenas por suas habilidades como corredor, mas pela falta de ameaças na posição de recebedor.

“Eu acho que Cooper é esse tipo de jogador,” disse Garrett. “Ele demonstrou isso cedo na sua carreira com a sua produção. Ninguém sabe se as defesas vão alterar o que fazem defensivamente. Mas quanto mais armas tivermos mais poderemos atacar a defesa. E esse é certamente o objetivo dessa movimentação.”

Quando os Cowboys enfrentaram recebedores número 1, como DeAndre Hopkins dos Texans nesse ano, o time se esforçou para dar mais atenção ao jogador. Adicione Elliott a essa conta e apenas a presença de Cooper em campo deve assustar a defesa.

“Você precisa escolher como se planejar para um jogo como um time,” disse o linebacker Sean Lee. “Se torna muito, muito difícil tirar dois jogadores do jogo ao mesmo tempo, então ter isso nos dá mais opções. As variáveis de como pará-los deixa tudo muito mais difícil.”

Fonte
ESPN

Rafael Loureiro

Calouro, vindo de Santa Maria-RS, 18 anos, 6' 157 lbs e escolheu não correr o 40 yard dash. Viciado em NFL e apaixonado pelo Dallas Cowboys, agora compõe a equipe do Blue Star Brasil.

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