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Byron Jones tem mostrado o tipo de cornerback que ele pode ser

Se os Cowboys pudessem voltar no tempo, provavelmente o coordenador defensivo Rod Marinelli teria mantido Byron Jones como um cornerback desde que foi draftado na primeira rodada em 2015.

“Era mais por causa do que tínhamos,” disse Marinelli.

Em 2016, os Cowboys tinham Brandon Carr, Orlando Scandrick e Morris Claiborne como os três melhores cornerbacks. Eles tinham Barry Church como strong safety, mas não tinham um free safety. Quando os Cowboys escolheram Jones, eles disseram que sua flexibilidade de posição era uma parte importante de sua avaliação, então moveram ele para safety.

Não é que Jones tenha jogado mal como safety em 2016 e 2017. É só que ele tem sido tão bom em seu retorno à posição de cornerback em 2018 que faz as pessoas imaginarem como seria.

“Ele tem jogado muito bem,” disse Marinelli. “Tudo que nós pedimos para ele fazer, uau.”

Depois das seis primeiras semanas da temporada, o site Pro Football Focus tem Jones ranqueado como o melhor cornerback da liga. Isso não significa necessariamente que o jogador é o melhor cornerback da NFL; Patrick Peterson, dos Cardinals, e Jalen Ramsey, dos Jaguars, geralmente são os primeiros das listas. Peterson tem 22 interceptações em suas oito temporadas. Ramsey tem seis em seus 38 primeiros jogos da carreira.

Jones ainda está procurando a sua primeira interceptação do ano, e tem apenas duas na carreira.

“Nós precisamos de algumas,” disse Jones.

Os ataques adversários não testaram muito o jogador. Apenas o Houston Texans, com DeAndre Hopkins, lançou em sua direção com sucesso. Na vitória do último domingo contra o Jacksonville Jaguars, o jogador defletiu 3 passes, a sua melhor marca da temporada. Ele ainda lidera o time dos Cowboys com oito passes defletidos na temporada. Os técnicos já contaram 35 tackles do jogador.

“Eu me preocupo apenas com aquilo que eu posso controlar, o quão rápido eu corro até a bola, o quanto eu me esforço na rota,” disse Jones. “Se a bola vem na minha direção, eu vou tentar fazer uma jogada, sem dúvidas. Eu vou tentar derrubar a bola ou conseguir uma interceptação. Se a bola não vem na minha direção, eu não vou ficar frustrado. Eu continuo jogando, fazendo o que eu tenho que fazer. É assim que o jogo funciona. Às vezes a bola não vem para você.”

Os Cowboys optaram por mover Jones de volta para a posição de cornerback em parte por causa do que eles tinham na posição. Scandrick foi cortado depois da última temporada. Anthony Brown não teve uma boa temporada em 2017. Chidobe Awuzie e Jourdan Lewis, as escolhas de segunda e terceira rodada de 2017, tiveram momentos sólidos como calouros, mas não foram consistentes o suficiente.

Mas a maior razão para troca de posição foi a contratação do técnico de defensive backs Kris Richard, que era o coordenador defensivo do Seattle Seahawks. Ele gosta de cornerbacks grandes (como Richard Sherman). Com 1,85 e 90 quilos, Jones tem o tamanho que Richard quer.

“É o encaixe perfeito,” disse Marinelli. “Seu corpo é perfeito para essa maneira de jogar.”

Jones está usando o que aprendeu como safety para jogar de cornerback. Devido à natureza da posição, Jones tinha que ter uma perspectiva maior do ataque adversário. Como corner, ele precisa saber apenas o que o seu recebedor vai fazer.

Isso permite que ele se dedique mais ao recebedor, permitindo-o jogar mais rápido.

“Você está diretamente na frente de alguém em todas as jogadas, principalmente do jeito que jogamos,” disse Jones. “Às vezes jogamos em zona, mas na maioria do tempo estamos em man-to-man e competindo contra um outro bom recebedor. Eu adoro isso.”

Conforme ele tem se acostumado a jogar como corner novamente, ele está começando a entender as nuances.

“Eu acho que para mim, são as biomecânicas de ser um defensive back,” disse ele. “Como estou saindo dos meus cortes? Se eu estou sentindo a mão do recebedor em mim, me direcionando para onde ele quer ir. Coisas assim. Estou pegando essas coisas? Eu acho que quanto mais eu jogo contra recebedores diferentes eu aprendo se a mão nas minhas costas quer dizer que ele quer voltar para pegar a bola. Coisas pequenas assim, você aprende e leva para o próximo recebedor.

Como calouro, Jones jogou de outside corner, slot corner, dime back e até um pouco como safety.

“Eu joguei muito mal,” disse ele.

Por quê?

“Mentalmente, eu não estava onde deveria estar,” disse Jones. “É bom poder voltar a ser corner nessa fase da minha carreira onde eu entendo a liga, eu entendo como cuidar do meu corpo, assisto ao tape. Agora eu posso juntar tudo isso no meu quarto ano.”

O timing não poderia ser melhor. Os Cowboys ativaram a opção de quinto ano no contrato de calouro de Jones para 2019, mas por que o jogador jogou a maior parte dos seus três primeiros anos como safety, ele vai receber o valor do contrato equivalente à safeties: $6.29 milhões.

É claro, os Cowboys podem querer garanti-lo com um contrato longo antes que esse ponto chegue, o que pode mais que dobrar essa quantia em dinheiro por ano, considerando o que um cornerback de alto nível recebe.

“Eu só quero ser o melhor jogador que eu posso ser,” disse Jones.

E o que é isso?

“Eu ainda estou descobrindo,” disse Jones. “Ainda estou arranhando a superfície. Apenas tentando melhorar a cada dia.”

 

Fonte
ESPN

Rafael Loureiro

Calouro, vindo de Santa Maria-RS, 18 anos, 6' 157 lbs e escolheu não correr o 40 yard dash. Viciado em NFL e apaixonado pelo Dallas Cowboys, agora compõe a equipe do Blue Star Brasil.

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