Notícias

A última viagem do Dallas Cowboys a Seattle marcou o começo de uma nova era

A última vez que o Dallas Cowboys jogou no CenturyLink Field, em Seattle, a temporada parecia ter acabado antes mesmo de começar.

Na terceira jogada do terceiro jogo da pré-temporada de 2016, Tony Romo levou a mão às costas depois de levar uma pancada por trás de Cliff Avril, enquanto o quarterback saía do pocket. Depois do jogo, Romo disse que estava bem e foi encorajado com a informação de que suas costas reparadas cirurgicamente conseguiriam aguentar aquele contato. No dia seguinte, ele foi diagnosticado com uma fratura de compressão em suas costas que o manteria fora por, pelo menos, 6 jogos na temporada regular.

Não era a notícia que o Cowboys queria ouvir. Em 2015, Romo só havia jogado 2 jogos inteiros por ter fraturado duas vezes sua clavícula esquerda.  O Cowboys ganhou 3 dos 4 jogos em que Romo foi titular, mas só ganhou mais um jogo durante o resto da temporada.

“Nós passamos por aquele ano em que Romo ficou fora e agora ele se machuca aqui de novo, as pessoas estariam mentindo para você se dissessem que não há nenhum pânico aqui”, disse o right guard Zack Martin. “Inicialmente, existe aquele pensamento de ‘Ah, cara, teremos um ano como 2015 de novo?'”

O Cowboys não sofreu com outra temporada miserável. Em vez disso, foi uma das maiores surpresas da NFL, terminando com uma marca de 13-3, o melhor da NFC, apesar de os sonhos de Super Bowl terem sido apagados pelo Green Bay Packers na rodada divisional dos playoffs.

O retorno a Seattle neste domingo reavivou o momento em que o Cowboys teve que se voltar a Dak Prescott como seu quarterback em tempo integral, mesmo que isso não fosse sabido. Mas aquele jogo também foi a festa de recepeção para o running back Ezekiel Elliott.

Uma visita pouco antes do jogo a um armazém de maconha não ajudou sua reputação com o dono Jerry Jones, mas Zeke correu para 48 jardas em 7 tentativas.

“Você sabe, foi muito animador. Era minha primeira vez indo para um jogo como profissional”, disse Elliott. “Eu tinha estado machucado durante o training camp com uma torsão na posterior da coxa, então foi a primeira vez que pude ir a toda velocidade e havia muita energia ali”.

Os companheiros de time de Elliott lembram mais de como ele correu e contra quem ele correu, duas vezes encarando o safety Kam Chancellor.

“Ir atrás do cachorro grande”, disse o recebedor Cole Beasley. “Duas vezes. Isso é o que mais chama atenção. Ele teoricamente é um dos maiores e mais maus safeties na liga, e ele [Zeke] simplesmente foi atrás dele, direto, um novato”.

Depois do jogo, Elliott disse que Chancellor e a defesa de Seattle estavam fazendo muito thrash-talk com ele, tentando intimidar o novato. Elliott decidiu retrucar.

“Normalmente, eu não falo”, Elliott disse depois do jogo, “mas eles estavam provocando, cara, e eu não sou mole”.

Para Zack Martin, “As corridas que ele consegue, abaixando a cabeça, conseguindo jardas extras, é assim que ele corre. Ele vem correndo assim durante toda sua carreira e vai continuar a fazê-lo”.

Enquanto Elliott carregava expectativas gigantescas por ser a quarta escolha geral do draft, Prescott não carregava quase nenhuma, tendo sido uma escolha de quarta rodada. Ele só se tornou o reserva de Tony Romo na primeira semana de training camp depois que Kellen Moore fraturou o cotovelo.

Dak impressionou na sua primeira ação na pré-temporada contra o Los Angeles Rams, completando 10 de 12 passes, sendo 2 para touchdown. Mas desta vez, ele estava enfrentando uma das melhores defesas da liga em Seattle. Era 3ª descida para 8 jardas em sua primeira jogada substituindo Romo e ele acertou Cole Beasley para um avanço de 12 jardas.

Em sua segunda campanha, ele lançou para um touchdown de 17 jardas para Jason Witten. Ele jogou até o fim da partida, completando 17 de 23 passes para um total de 116 jardas.

“Eu estava pensando que Tony estava OK. Estava pensando em meu colega, um cara de quem me aproximei nos últimos meses, em ele estar bem”, disse Prescott. “Ele iria voltar. Eu acho que ele tentou voltar pro jogo, mas não o deixaram. Nada me dizia que eu acabaria sendo o titular”.

Mas ele foi o titular, venceu 11 de seus primeiros 12 jogos e tem sido titular em todos os jogos desde então.

“Eu acho que esta semana faz você pensar um pouco [sobre o jogo da pré-temporada]”, disse Prescott. “Eu estou pensando sobre estar em Seattle. Estou pensando no ambiente, nos ‘#12’ na torcida. Indo para aquele jogo, acho que foi minha primeira vez com algo perto de situação real. Simplesmente sentir o ambiente, entender como é a NFL, eu só posso imaginar como será voltar agora, quando realmente importa.”

O Dallas Cowboys enfrenta o Seattle Seahawks fora de casa neste domingo, dia 23, às 17h25, horário de Brasília.

Fonte
ESPN

Guilherme Ludescher

Estudante de engenharia de computação e amante de futebol americano de todos os jeitos: no videogame, na TV e em campo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo