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Gil Brandt, ex-VP do Dallas Cowboys, é indicado como finalista ao Hall da Fama

Gil Brandt lembra daqueles que duvidaram de seu sistema de scouting.

Em 1964, Vince Lombardi reclamou do atraso de seis horas na escolha do Cowboys de Mel Renfro enquanto um médico examinava o pulso de Renfro.

“O que está errado, o seu computador quebrou?” Lombardi perguntou a Brandt durante a avaliação. “Desde o começo, eu nunca gostei dele mesmo”.

Em 1977, um membro do Cowboys queria o running back Ricky Bell em vez de Tony Dorsett. Brandt insistiu em Dorsett e colocou seu computador IBM 350 para funcionar e explicar o porquê.

No meio do relatório de probabilidades sobre Dorsett, o colega o parou.

“Eu me rendo à máquina”, ele disse a Brandt.

Ele não seria o último.

Na última quinta-feira, 23/08, o método revolucionário de scouting criado por Brandt conseguiu, provavelmente, seu maior reconhecimento até agora: o Pro Football Hall of Fame nomeou Brandt como finalista na categoria contribuidor na classe de 2019. Brandt se juntou a Pat Bowlen, por muito tempo dono do Denver Broncos, como finalistas reconhecidos por “contribuições excepcionais ao futebol americano profissional em funções além de jogadores e técnicos”.

“Esta é, sem dúvidas, uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida”, falou Brandt ao comitê que ligou para ele.

Brandt precisará de pelo menos 80% dos votos – 39 dos 48 membros do comitê de seleção – para poder entrar para o Hall da Fama. O comitê votará no dia 2 de fevereiro e premiará essa classe no próximo mês de agosto.

O dono do Cowboys, Jerry Jones, foi condecorado como contribuidor no ano passado.

“Eu não poderia estar mais feliz por ninguém no mundo”, Jones disse na quinta-feira. “[Brandt] foi um visionário que introduziu no scouting novos conceitos e filosofia que criaram as bases para resultados sem precedentes no campo”.

Na quinta-feira, Brandt refletiu sobre seu sistema de scouting, o resultado de sua pesquisa com 50 técnicos do college para determinar quais características eles mais valorizavam nos jogadores.

Ele separou em cinco características universais as suas previsões de sucesso na NFL: caráter, competitividade, foco mental, agilidade e força. Avaliar jogadores no país inteiro ficou mais simples. A maior nota era ‘9’, ‘1’ significaria “ruim” e ‘3’ na média. Por que 3?

“Nós sentimos que a maioria das pessoas conseguiria avaliar quem eram os melhores 4 ou 5 jogadores e a metade de baixo”, disse Brandt. “Era aquele grupo dos 80 jogadores do meio que queríamos entender melhor”.

Quase 60 anos depois, uma ligação de Canton enquanto Brandt dirigia para casa vindo do The Star (centro de treinamento e sede do Cowboys), em Frisco, consolidou o legado de seu sistema. Lombardi pode não ter gostado e Bell pode ter rivalizado com Dorsett inicialmente. Mas Brandt, que tem 85 anos, ainda passa bastante tempo no centro de operações do Cowboys, faz trabalho na rádio SiriusXM e tem responsabilidade na liga, incluindo convidar jovens talentos para o draft da NFL. Ele provou seu ponto.

“Deixe-me te dizer, eu sou abençoado”, disse Brandt. “Estou tão feliz porque eu adoraria ver que o Cowboys tem 25 membros no Hall da Fama.

“Sempre que pudermos por outro busto no Hall da Fama, isso faz o Cowboys ainda melhor do que é hoje”.

Em 2016, Gil Brandt deu uma entrevista exclusiva ao Blue Star Brasil e falou sobre a NFL de sua época e de agora. Para conferir como foi:

Entrevista exclusiva com Gil Brandt, ex-vice presidente do Dallas Cowboys

Fonte
Dallas Morning News

Gabriel Plat

Curte NFL por escolha e o Dallas Cowboys por amor. Aprecia a boa música e compartilha outro sofrimento: o Botafogo. Um dos participantes do podcast.

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