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‘Ao melhor com quem eu já joguei’: Leia a carta de Tony Romo à Jason Witten

Está seco aqui? Por que tem alguém cortando cebolas agora?

O ex-quarterback dos Cowboys, Tony Romo, postou no twitter na segunda-feira à noite a carta que escreveu para seu ex-companheiro de equipe, Jason Witten. Witten anunciou sua aposentadoria após 15 anos jogando pelos Cowboys.

Confira o que Romo disse abaixo.

“É difícil descrever o quão especial Jason Witten é.

Às vezes na vida você tem a sorte de encontrar alguém que vai mudar a sua vida. Na maioria das vezes você não percebe na hora o impacto que alguém pode causar em você. A diferença com Jason Witten é que eu soube na hora o tipo de impacto que ele teria em mim. Jason não era apenas o jogador mais talentoso, humilde e trabalhador do time, mas também era uma das pessoas mais genuínas e de bom coração que você poderia conhecer.

Algumas coisas que estão marcadas na minha memória são os treinamentos na off-season durante os nossos primeiros anos. Jason não desistia nem por um segundo. Ele tinha que trabalhar mais duro que todos. Estava intrínseco a ele dar o máximo todo os dias.

Quando éramos mais novos eu lembro de vê-lo correndo o shuttle de 200 e 400 jardas, e se esforçando ao máximo até a linha de chegada todos os dias. Jason tem um desejo insaciável de vencer e não importava como ele estivesse se sentindo naquele dia, ele ia finalizar e vencer. Se eu fosse um homem de apostas eu apostaria que ele nunca perdeu uma daquelas corridas… nenhuma. O jogador mais rápido nem sempre ganhava aquelas corridas, mas era pura vontade. Ninguém tinha mais vontade que o número 82.

Por causa daquele esforço ninguém no centro de treinamento tinha permissão de não se esforçar ao máximo quando o seu líder de 120 kg estava chegando antes de todo mundo na linha de chegada. Ele não conseguia aceitar ver alguém ficar na frente dele. Ele tinha que completar… Ele tinha que vencer.

Ele não conseguia aceitar que algum defensive back achasse que jogou melhor que ele naquele dia. Ele queria que aquele defensive back soubesse que seria um dia longo marcando ele, seja no treino ou no jogo. Ele não aceitava a mediocridade.

Eu também vou lembrar dele chegando nas side lines tentando ser respeitoso à dificuldade do trabalho do quarterback durante os jogos, mas às vezes ele não conseguia se segurar. Ele dizia coisas como ‘Hey 9, eu sei que não tem muito tempo lá atrás, mas eu estou conseguindo ficar livre bem rápido agora, não tenha medo de dar uma olhada para mim se tiver tempo.’ Esse era a maneira de Jason dizer ‘Eu estou livre e estou com vontade de receber se você não percebeu.’ …. e de todas as vezes que eu olhava o tape, ele sempre estava certo.

Durante os momentos mais importantes da minha carreira, o primeiro cara que eu olhava era Jason Witten. Eu sabia onde ele estaria e sabia que ele estaria livre, e nenhuma, nenhuma das vezes que eu passei a bola para ele em uma descida importante quando ele estava em marcação um contra um ele decepcionou. Ele sempre conseguia.

Nos playoffs em 2014, era a quarta descida contra os Lions no último quarto… precisando de um touchdown para tomar a liderança e como era nosso último drive nós pedimos um timeout. Enquanto eu estava na sideline decidindo qual jogada nós iríamos chamar no momento de maior pressão na nossa temporada inteira, meu cérebro queria chamar uma ‘Y option’. O problema era que os Lions jogaram com cobertura dupla em Jason na maioria do jogo, especialmente nos downs importantes. Nada era mais importante do que isso.

Na sideline, os técnicos e eu decidimos chamar duas jogadas para garantir que uma delas daria certo. O problema é que quando eu cheguei na linha de scrimmage os Lions mudaram a defesa que eles tinham usado no jogo todo. Sem saber qual era a formação defensiva, eu mudei as duas jogadas e chamei ‘Tennessee, Tennessee’.

Veja bem, eu não sabia qual era a jogada perfeita contra aquela cobertura, mas eu sabia que eu tinha o jogador perfeito. Jason fez um movimento que era raro, mas o deixou totalmente livre. Qualquer quarterback de high school conseguiria passar aquela bola. O segredo para aquela jogada era confiar no melhor jogador para ser o melhor jogador… e ele foi.

Jason, você mostrou para todos os jogadores e técnicos que passarem pelos Cowboys que só existe um jeito de jogar e um jeito de treinar. … E que você pode ser um ótimo companheiro de time, um ótimo marido e um ótimo pai enquanto faz isso.

Ao melhor com quem eu já joguei.”

Fonte
Dallas Morning News

Rafael Loureiro

Calouro, vindo de Santa Maria-RS, 18 anos, 6' 157 lbs e escolheu não correr o 40 yard dash. Viciado em NFL e apaixonado pelo Dallas Cowboys, agora compõe a equipe do Blue Star Brasil.

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