Opinião

OPINIÃO | Analisando a escolha do LB Leighton Vander Esch

Com a décima nona escolha na primeira rodada do Draft de 2018, o Dallas Cowboys selecionou o linebacker Leighton Vander Esch, da universidade de Boise State, para reforçar sua defesa. Ao que pareceu pela reação do front office na war room durante toda a primeira rodada, e pela ligação feita a Vander Esch após sua escolha, ele é o jogador que o Cowboys queria durante todo o tempo. Se a escolha foi realmente a correta, só o tempo poderá determinar. Abaixo, farei a minha análise da escolha após assistir diversos jogos de Vander Esch em sua carreira universitária.

 

Ficha técnica

Altura: 6’5″ (1,95 cm)
Peso:  265lbs (116 kg)
Comprimento dos braços: 33 7/8” (86 cm)
Tamanho das mãos: 9 3/4” (25 cm)
40 yd dash: 4.65 segundos
3 cone drill: 6.88 segundos
Vertical Jump: 39.5″
Broad Jump: 124.0″


 

Análise técnica

Jogos assistidos: San Diego State, Oregon, Wyoming, Virginia

Características:

  • Ótimo tamanho e envergadura para a posição;
  • Ótimo atleta, consegue mudar de direção com facilidade;
  • Se movimenta muito bem para o seu tamanho e peso;
  • Consegue fazer jogadas sideline to sideline usando sua habilidade atlética;
  • Demonstra muito boa habilidade na cobertura contra o passe;
  • Tem muito potencial por conta de sua habilidade atlética;
  • Tem braços muito longos, mas não sabe usá-los corretamente;
  • É um jogador explosivo e com boa aceleração. Vai diagnosticar a jogada, fazer a leitura e explodir em direção a bola;
  • Ainda é um jogador em ascenção, jogava 8-man football no high school;
  • Tem habilidade para marcar RBs e TEs no mano a mano;
  • Consegue fazer a marcação por zona no meio do campo;
  • Tem muitos problemas para escapar de bloqueios, não consegue usar os braços e as mãos para se desvencilhar;
  • Sua habilidade nos tackles é inconsistente, erra alguns tackles no open field;
  • Velocidade não é elite, um pouco acima da média no quesito;
  • Apesar de seu tamanho e peso, não é um jogador forte, consegue ser empurrado por jogadores de linha ofensiva;
  • Não é um jogador físico, raramente produz um big hit ou causa impacto no ponto de ataque;
  • Não tem qualidade quando vai para a blitz, muito passivo quando bloqueado;

 

Resumo: É um jogador muito atlético e ainda em ascensão. Deve ter seu maior sucesso no início de carreira jogando na nickel, onde sua habilidade na cobertura contra o passe e de fazer jogadas sideline to sideline será melhor utilizada. Deve jogar em Dallas como o mike linebacker inicialmente, mas também pode jogar na will em caso de lesão de Sean Lee. Precisa melhorar sua fisicalidade, para conseguir escapar melhor de bloqueios, fechar espaços contra as corridas e fazer mais jogadas atrás da linha de scrimmage.

 


 

Análise da escolha

Ao que parece, Leighton Vander Esch era o principal alvo de Dallas no front office. Assistindo a camera colocada na War Room do time, foi possível perceber que o staff não se preocupou com as escolhas que antecederam Dallas, de jogadores que eram cogitados e favoritos da torcida para a pick 19, como Derwin James e Tremaine Edmunds.

Vander Esch chega a Dallas para acrescentar a um grupo de linebackers que precisava de muita ajuda. Com apenas 4 jogadores no elenco principal, e os dois projetados para ser titulares Sean Lee e Jaylon Smith com históricos de lesões, Dallas precisava reforçar o grupo. O calouro de Boise State chega para disputar uma vaga de titular e ajudará muito nos sub packages da defesa de Rod Marinelli.

Apesar disso, o Cowboys deixou alguns jogadores, em minha análise, melhores que Vander Esch passarem para escolhê-lo, como o caso de Harold Landry e Rashaan Evans. Por ainda ser um projeto e precisar evoluir em muitas áreas, não considero uma ótima escolha de Dallas, mas é um atleta que irá ajudar a partir do primeiro dia.

Nota: B-


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Leonardo Sangiorge

Acompanha a NFL desde 2009. Desde então, torce para o Cowboys e sofre com o time a cada jogo. Escritor das colunas Two Minute Drill e Matchups, além de participante do PodCast. Valeu?

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