Opinião

OPINIÃO – Muito mais que uma vitória

(foto: dallascowboys.com)

 

“Boo! Travis Frederick? Quem é esse cara?!”, gritaram em 2013. “Boo! Zack Martin? Queremos Johnny Football!”, gritaram em 2014. “Podemos trocar nossas escolhas por um novo GM?”

A verdade é que a vitória contra os Seahawks – em Seattle – é muito maior do que apenas um W na campanha desse ano. O placar, 30 a 23, não reflete o que o jogo foi. Os Cowboys dominaram os Seahawks. Os Cowboys destruíram os Seahawks. Os Cowboys fizeram o que os Seahawks sempre fizeram: eles praticaram bullying com os Seahawks em sua própria casa.

Todos os 23 pontos dos Seahawks vieram de vacilos bobos dos Cowboys. Sim, são vacilos que times não podem comenter. Mas são coisas que podem ser consertadas com uma boa conversa. Não é falta de talento. Não é falta de treino. Não é falta de uma filosofia que funciona.

Filosofia, inclusive, que demorou para ser implantada, mas que, finalmente, foi. Acabou a conversa que Jason Garrett tem que ser demitido. Acabou a conversa que o Jerry Jones é um GM ruim. Eles se redimiram. Eles aprenderam.

Jerry Jones, Stephen Jones e Jason Garrett conseguiram construir uma cultura de vitória nos Cowboys. Não foi fácil. Todos aqueles anos que os Cowboys nos decepcionaram na Week 17 contra times da nossa divisão estão sendo recompensados agora. Se perdemos, nós aprendemos alguma coisa com as derrotas. Como o Dez disse, “no passado, nós teríamos piscado, ‘foldado’ e desistido. Mas não. Nós acreditamos na gente.”

No draft, não escolhemos os jogadores mais “sexys”. Escolhemos jogadores baseados na filosofia, até então, sendo implantada. Nós vamos ganhar jogos nas trincheiras; nós vamos correr quando nós quisermos.

Das últimas quatro escolhas de primeira rodada, três foram usadas na linha ofensiva. E isso nos trouxe fisicalidade.

Fisicalidade que nós temos nos nossos WRs. Fisicalidade que nós temos nos nossos RBs. Fisicalidade que, de alguma forma, nós temos na nossa defesa. A gente treina forte, a gente joga forte, a gente pratica bullying nos outros times. E mais importante: nós somos mentalmente fortes.

E nada disso é por acaso. Se você estava com um pé atrás com os Cowboys antes dessa vitória, você não deve ficar mais. Nosso ataque está correspondendo às expectativas; nossa defesa está jogando como nunca.

E isso tudo é fruto de um trabalho que começou há muito tempo, atrás de portas fechadas. Todo o sofrimento e frustação que os Cowboys nos fizeram sentir não foram em vão: dos jogadores aos donos, esse time aprendeu a vencer.

Por: Rafael Yamamoto

Gabriel Plat

Curte NFL por escolha e o Dallas Cowboys por amor. Aprecia a boa música e compartilha outro sofrimento: o Botafogo. Um dos participantes do podcast.

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