O mês era março. A torcida do Dallas Cowboys estava mais do que animada para possíveis reforços durante a free agency. Afinal, apesar da folha salarial estar praticamente toda comprometida, haveria espaço para algum reforço na secundária, não é verdade?
O reforço veio, com Nolan Carroll. O problema foram as saídas.
Barry Church se mandou para Jacksonville, enquanto J.J. Wilcox também foi para a Flórida, mas para Tampa. Sabe a dupla de cornerbacks que foi bastante contestada nos últimos anos? Também se foram. Brandon Carr assinou com o Baltimore Ravens e o Morris Claiborne foi para o New York Jets. E agora?
Diante desse cenário, pode parecer óbvio que a secundária precisa ser a prioridade do time para o Draft. Três titulares e um reserva saíram e o time precisa repor as perdas urgentemente, você deve estar pensando.
Eu até concordo com isso. Mas vou explicar porque o ideal não seria repor essa perda com a primeira escolha do Dallas Cowboys.
Antes de olhar para o draft, é preciso olhar para o próprio time de Dallas. Atualmente, o time tem Orlando Scandrick e Anthony Brown como titulares, enquanto Nolan Carroll pode fazer a função em formações nickel. Enquanto Claiborne esteve fora por lesão em 2016, Brown o substituiu muito bem, jogando com uma maturidade pouco vista em cornerbacks de 6ª rodada. Já Scandrick e Carroll podem muito bem quebrar um galho de forma a não comprometer os jogos.
No fundo do campo, quem faria a dupla com Byron Jones seria Jeff Heath. Apesar de ter algumas dúvidas ao redor dele, é nítida sua evolução desde que chegou ao time, em 2013. Seu desempenho nos playoffs da última temporada pode não o colocar como titular absoluto e inquestionável, mas ao menos uma oportunidade para demonstrar seu valor ele merece.
Agora, precisamos olhar para os prospectos do Draft desse ano. Se tem algo que podemos dizer sobre essa classe, é que ela é uma das mais talentosas dos últimos anos. É possível encontrar jogadores de qualidade para ser titular não só na primeira rodada, como também na segunda e até na terceira rodada. E é por conta disso que o Dallas Cowboys pode se dar ao luxo de não selecionar um jogador de secundária na primeira rodada.
Podemos também falar da classe de defensive ends, é claro. Mas analisando com calma, podemos ver uma estratégia ideal. Se você analisar os possíveis jogadores que podem estar dispoíveis ao time na segunda rodada, já é possível tomar a decisão.
Na primeira rodada, o Dallas Cowboys pode selecionar jogadores como Charles Harris (Missouri), Taco Charlton (Michigan), Takkarist McKinley (UCLA) e TJ Watt (Wisconsin), enquanto na segunda rodada os nomes mais prováveis que podem estar disponíveis são Derek Rivers (Youngstown State), Tarrell Basham (Ohio) e DeMarcus Walker (Florida State), Entre os jogadores de secundária, o time pode escolher na primeira rodada Gareon Conley (Ohio State) — caso ele não caia pela acusação de estupro –, Chidobe Awuzie (Colorado) e Kevin King (Washington), enquanto na segunda rodada pode sobrar Tre’Davious White (LSU), Teez Tabor (Florida), Cordrea Tankersley (Clemson) e até Quincy Wilson (Florida).
Se você já andou lendo sobre os prospectos, verá que a queda de qualidade dos jogadores citados acima é maior ao ver os defensive ends do que os da posição de cornerback. Ou seja: enquanto deixar de pegar um DE para a segunda rodada vai dar ao Cowboys um jogador com qualidade relativamente mais baixa, essa diferença já é muito menor ao olharmos os cornerbacks.
Por sorte, o Dallas Cowboys tem um draft repleto de talentos nas posições mais carentes do time. O time tem uma oportunidade de ouro para reforçar os setores necessários e formar um time capaz de disputar muito mais do que a rodada divisional dos playoffs. Basta ter a estratégia certa no draft.
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