DraftOpinião

Por que trocar a escolha de 1ª rodada é o melhor cenário para o Dallas Cowboys

Chegamos ao dia 17 de abril! Sabe o que o dia de hoje significa? Bom… nada. Na verdade, no dia de hoje podemos dizer que faltam apenas 10 dias para o Draft de 2017!

Como é feito todos os anos, a maior parte dos questionamentos por parte da torcida e do mundo ao redor do Dallas Cowboys fica em relação ao jogador que será selecionado pelo time na primeira rodada. Até aqui normal, visto que ele é, geralmente, o melhor jogador da classe de cada time.

Mas e se eu te disser que o ideal é não escolher na primeira rodada?

Antes de qualquer xingamento à minha querida mãe, peço que entendam minha linha de raciocínio. Obviamente, o ideal é ter o maior número possível de escolhas na primeira rodada. É nela que os melhores jogadores são selecionados e também os que tem maior capacidade de causar impacto desde o primeiro dia com o time. Mas vamos analisar com calma a situação do Dallas Cowboys no draft.

Hoje, o time detém a 28ª escolha geral do Draft de 2017. Como são 32 escolhas por rodada (saiba mais aqui), o Cowboys é dono da primeira das cinco últimas escolhas da rodada. Isto é: a escolha está mais para a segunda rodada do que para as principais escolhas da primeira rodada. E é aqui que o time pode se aproveitar.

A primeira rodada tem um fator extremamente importante para os times da NFL: os jogadores que forem selecionados nela tem um contrato que permite aos times uma renovação automática por mais um ano ao fim dos quatro anos normais do acordo. Com isso, é comum ver times do começo da segunda rodada subindo para o fim da primeira rodada para garantir um jogador de sua preferência com essa opção no contrato. Foi isso que o Minnesota Vikings fez ao selecionar o QB Teddy Bridgewater ao fim da primeira rodada do Draft de 2014.

Com a 28ª escolha geral, o Dallas Cowboys pode ser alvo de um desses times. O Cleveland Browns possui a primeira escolha da segunda rodada (33ª geral) e pode oferecê-la junto com uma de terceira ou quarta rodada, por exemplo, para pegar um quarterback com a escolha original do Cowboys. O San Francisco 49ers, que detém a 34ª escolha geral, pode ficar com medo do Browns subir para a primeira rodada e escolher o jogador que eles querem e acabar trocando com Dallas para garantir esse determinado jogador. E assim vamos com algumas possibilidades de times que poderiam estar dispostos a trocar pela escolha.

Já do lado de Dallas, o time poderia acabar perdendo algum jogador de qualidade que poderia estar disponível na 28ª escolha geral. Apesar disso, a troca poderia garantir um jogador no começo da segunda rodada que possa ter um nível similar ao que o time poderia escolher na primeira rodada e ainda garantir um bom jogador com a escolha de terceira ou quarta rodada que o time poderia ganhar. Não seria bom abrir mão de um Takkarist McKinley ou Taco Charlton como escolha de primeir rodada e garantir um Tyus Bowser ou T.J. Watt (foto) no começo da segunda rodada e ainda poder ter uma escolha a mais para reforçar a secundária?

Certamente estamos falando de um cenário ideal para o Dallas Cowboys. Da mesma forma que o time pode capitalizar em cima do interesse de algum time do começo de segunda rodada, esses mesmos times podem ver o desespero de Dallas em não ter ninguém de interesse do Cowboys disponível na primeira rodada e assim garantir uma troca por um valor menor do que o ideal. Em 2013, o San Francisco 49ers viu isso no Dallas Cowboys e conseguiu se aproveitar. O Cowboys desceu 13 posições na primeira rodada e só ganhou uma escolha de terceira rodada em troca além da escolha de primeira rodada de SF. Por sorte o time acabou usando essas duas escolhas para escolher Travis Frederick e Terrance Williams.

Apesar dessa hipótese, é improvável que o Dallas Cowboys esteja na mesma situação em 2017. Com tantas boas opções em jogadores de secundária e de linha defensiva nessa classe do draft, é difícil acreditar que o time ficaria sem opções na primeira rodada e, por conseguinte, desesperado por uma troca. É muito mais fácil acreditar que um time da segunda rodada subiria para garantir seu quarterback para o futuro.

E é aí que o Dallas Cowboys pode aproveitar.


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Gabriel Plat

Curte NFL por escolha e o Dallas Cowboys por amor. Aprecia a boa música e compartilha outro sofrimento: o Botafogo. Um dos participantes do podcast.

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