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A mensagem de Jason Witten para Tony Romo é a melhor coisa que você vai ler hoje

Depois de cinco dias do anúncio oficial da aposentadoria de Tony Romo, o tight end Jason Witten resolveu escrever uma mensagem para o quarterback. Os dois foram companheiros desde 2003, quando ambos chegaram ao Dallas Cowboys.

“Nenhum homem pode escrever sua própria história, e eu tendo a acreditar que com o passar do tempos os historiadores lembrarão Tony como um dos melhores signal-callers de sua era”, disse Witten.

Tradução: “14 anos”

O Cowboys dispensou oficialmente Romo na terça-feira, abrindo o caminho pro jogador se juntar a CBS para ser o comentarista principal da emissora.

Romo e Witten chegaram em Dallas na primeira temporada de Bill Parcells com o Cowboys. Os dois jogaram 14 temporadas juntos e se tornaram grandes amigos.

Romo usou sua conta no Twitter no sábado para responder a mensagem de Witten.

Tradução: “Você fez o futebol americano ser muito mais fácil para mim pela sua grandeza… mas você também fez minha vida melhor por estar nela. Sentirei muito a sua falta, 82”

Além de Romo, outro ex-jogador do Dallas Cowboys respondeu a mensagem de Witten. Trata-se de DeMarco Murray, que jogou sob o comando de Romo durante todo seu tempo em Dallas. Os dois tiveram as melhores temporadas de suas carreiras no mesmo ano, em 2014.

Tradução: “O cara mais competitivo com quem já joguei. Feliz por ter jogado e aprendido com você. Mas ainda mais feliz por te chamar de amigo. Parabéns”

Leia abaixo a mensagem completa de Jason Witten para Tony Romo:

Cerca de 14 anos atrás, eu cheguei em Dallas. Eu era um novo membro do Dallas Football Cowboys pela 69ª escolha geral do NFL Draft de 2003. Eu era tão inexperiente quanto um garoto de 20 anos de Tennessee poderia ser, carregando a animação de uma criança no natal. Eu esperava ansiosamente ter o privilégio único que me foi dado pelo Sr. Jerry Jones para participar do meu primeiro mini-camp na NFL. Foi um momento animador — algo que eu sonhei minha vida inteira.

Enquanto meu coração batia forte, eu saí do avião, peguei minha mala e fui em direção ao ônibus, esperando ansiosamente para a manhã seguinte para chegar e minha jornada no Dallas Cowboys começar!

Mal sabia eu que nessa curta viagem de 8 quilômetros, a relação mais especial da minha carreira profissional estava sentada do meu lado e pronta para começar. No ônibus naquele dia estava um jovem e decidido QB de uma universidade pequena da divisão 1-AA, que não foi selecionado do no draft, e que tinha um certo de Huck Finn nele. Lá nós estávamos — apenas dois garotos no ônibus, começando a seguir nossos sonhos.

Os dias seguintes a essa agora famosa viagem de ônibus não foram fáceis. A maior parte deles foi recebendo as fortes instruções do lendário técnico Bill P(arcells). Verdade seja dita, tiveram muitos dias nos 168 meses seguintes dessa relação que enfrentamos desafios intensos de pessoas de dentro e fora da nossa liga. No entanto, sabendo o que eu sei agora, eu posso dizer que não há ninguém — e eu digo ninguém — que eu teria ao meu lado nessa jornada que não fosse Tony Romo.

Depois de parar por uns dias para refletir e juntar meus pensamentos, eu achei que valeria compartilhar alguns sentimentos que tenho sobre Tony e como eu sempre serei grato ao #9 e sua família — Candice, Hawk e Rivers.

Enquanto a história pode lembrar do 9 pelas vitórias e derrotas, como um playmaker no estilo Houdini, as épicas viradas no último quarto, a falta de vitórias nos playoffs ou os passes no estilo Brett Favre, eu sempre o lembrarei por muito mais. Nenhum homem pode escrever sua própria história, e eu tendo a acreditar que com o passar do tempos os historiadores lembrarão Tony como um dos melhores signal-callers de sua era.

Para mim, eu sempre lembrarei daquele incrível atleta que deu o máximo para aperfeiçoar sua mecânica de lançamento. O jogador que ficaria em frente ao quadro de forma incansável para tentar aprender a como bloquear uma blitz brutal de Jim Johnson. O cara que comandava na linha de scrimmage com a autoridade de um general cinco estrelas do exército enquanto mantinha a carisma de um Joe Namath e a competitividade de um Michael Jordan. Tony resolveria as nuances de uma árvore de rotas como se ele fosse um recebedor. No fim, ele se tornou um jogador que definiria o padrão mais alto para si, porque ele sabia que isso criaria expectativas mais altas para todos ao seu redor. Os jogadores teriam que jogar melhor e os técnicos precisariam estar melhores também.

No fim, eu sempre vou lembrar de um homem com um grande coração, que amava incluir os outros e teve um grande sentimento de orgulho ao vê-los aproveitarem o fruto de seu trabalho. Um homem com uma personalidade e um sorriso contagiante.

Nos últimos anos, eu vou lembrar de um homem que deixou a liga com uma esposa maravilhosa e dois (perto de ser três) saudáveis e lindos filhos — eu sei o quanto eles estão orgulhosos de seu pai.

Traz um sorriso ao meu rosto saber que Tony terá mais tempo para passar com seus filhos daqui pra frente. Estou certo que suas vidas ficarão melhores por causa disso, porque com o 9 ao lado, você se sente capaz de conquistar o mundo. Eu sei que eles têm certeza disso.

9, eu serei eternamente grato por ter tido você como meu QB. Seu talento dado por Deus e sua habilidade impactaram positivamente não só em minha vida, mas em toda a minha família. Eu tenho orgulho de poder te chamar de grande amigo e de um irmão para minha vida inteira.

Obrigado por sempre acreditar em mim, e eu desejo o melhor do mundo para você em seu próximo capítulo.

Seu tight end,

Jason Witten”

 

Fonte
DallasCowboys.com

Gabriel Plat

Curte NFL por escolha e o Dallas Cowboys por amor. Aprecia a boa música e compartilha outro sofrimento: o Botafogo. Um dos participantes do podcast.

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