O ataque já foi abordado pelo RECAP. O front seven também já foi, tanto a linha defensiva quanto dos linebackers. E o que está faltando?
Isso mesmo, a secundária.
Para não alongar muito o texto, separamos a secundária em cornerbacks e safeties. O post de hoje será do primeiro grupo, que contou com muitas boas situações na temporada.
Confira a nossa análise dos cornerbacks abaixo:
Brandon Carr
Números Individuais
- 16 jogos
- 1.013 snaps participados (96,0% do total)
- 53 Tackles
- 8 Tackles com Assistência
- 1 Tackle para perda de jardas
- 0 Sacks
- 9 Passes desviados
- 1 Interceptação
- 0 Fumbles forçados
- 0 Fumbles recuperados
Premiação Individual
Nenhuma
Situação Contratual
- Salário em 2016: US$10.217.000,00
- Salário em 2017: US$2.717.000,00
- Situação Contratual: Em contrato até 2017
Pontos Positivos
Brandon Carr não é um cornerback ruim, longe disso. Ao longo da temporada, ele ficou encarregado de marcar ótimos wide receivers como Odell Beckham, AJ Green, DeSean Jackson, Alshon Jeffery e por aí vai. Mesmo com essa dura missão, Carr teve uma boa temporada, surpreendendo muitos críticos. Ele ainda encerrou sua seca sem interceptação na Semana 1, quando roubou a bola num passe de Eli Manning.
Pontos Negativos
A maior crítica sobre o Brandon Carr é o fato de ele não corresponder ao contrato que ele ganha e isso é um fato: ele jamais alcançará esse nível. Por mais que ele tenha melhorado seu desempenho, essa crítica sempre vai acontecer e ela sempre será justa, infelizmente.
Fica para a próxima temporada?
Talvez. O ano de 2017 é opcional ao contrato de Carr devido a reestruturação feita em 2013, portanto ele pode muito bem não permanecer no Dallas Cowboys para a próxima temporada.
Morris Claiborne
Números Individuais
- 7 jogos
- 406 snaps participados (38,5% do total)
- 24 Tackles
- 2 Tackles com Assistência
- 2 Tackles para perda de jardas
- 0 Sacks
- 5 Passes desviados
- 1 Interceptação
- 0 Fumbles forçados
- 1 Fumble recuperado
Premiação Individual
Nenhuma
Situação Contratual
- Salário em 2016: US$2.687.500,00
- Salário em 2017: –
- Situação Contratual: Free Agent irrestrito em 2017
Pontos Positivos
Morris Claiborne finalmente jogou em um bom nível. Rotulado como bust por conta do seu rendimento baixo nos primeiros anos de carreira, Claiborne jogou muito bem em 2016, sendo um dos maiores responsáveis pela boa atuação da secundária na temporada.
Pontos Negativos
Claiborne ainda não conseguiu superar um problema crônico: lesões. Esse foi o seu quinto ano na liga e em nenhum deles ele jogou os 16 jogos. Dessa vez, Mo jogou apenas sete dos 16 jogos da temporada regular, muito pouco para um jogador que passou a ter maior relevância no elenco.
Fica para a próxima temporada?
Talvez. Claiborne não está sob contrato e pode não ficar em Dallas caso peça um salário alto demais para os padrões do Cowboys.
Orlando Scandrick
Números Individuais
- 12 jogos
- 644 snaps participados (61,0% do total)
- 39 Tackles
- 7 Tackles com Assistência
- 2 Tackles para perda de jardas
- 2 Sacks
- 8 Passes desviados
- 1 Interceptação
- 0 Fumbles forçados
- 0 Fumbles recuperados
Premiação Individual
Nenhuma
Situação Contratual
- Salário em 2016: US$4.796.385,00
- Salário em 2017: US$5.281.021,00
- Situação Contratual: Em contrato ate´2019
Pontos Positivos
Orlando Scandrick voltou de uma séria lesão em 2015 e teve uma temporada muito sólida. Jogando tanto de nickel como no outside, Scandrick fez seu feijão com arroz de uma forma muito consistente. Sua interceptação em Jameis Winston na Semana 15 ajudou a matar o jogo contra o Tampa Bay Buccaneers.
Pontos Negativos
Por muito tempo na temporada, Scandrick lidou com lesões nas duas coxas, que acabaram tirando o jogador de quatro jogos. Esse tipo de lesão em jogadores que começam a entrar na casa dos 30 anos é de se monitorar, pois a tendência é que elas ocorram com mais frequência caso não haja um preparo físico adequado.
Fica para a próxima temporada?
Sim. Orlando Scandrick ainda está no meio de seu contrato e não corre risco de sair.
Anthony Brown
Números Individuais
- 16 jogos
- 717 snaps participados (68,0% do total)
- 37 Tackles
- 14 Tackles com Assistência
- 2 Tackles para perda de jardas
- 2 Sacks
- 8 Passes desviados
- 1 Interceptação
- 1 Fumble forçado
- 0 Fumbles recuperados
Premiação Individual
Nenhuma
Situação Contratual
- Salário em 2016: US$483.736,00
- Salário em 2017: US$573.736,00
- Situação Contratual: Em contrato até 2019
Pontos Positivos
Anthony Brown foi uma das maiores surpresas da temporada e provavelmente o melhor custo-benefício entre calouros tratando-se da rodada no qual ele foi escolhido (6ª). Titular após a lesão de Morris Claiborne, Brown não só segurou as pontas como jogou muito bem, se tornando um cornerback no mínimo sólido. São poucos CBs que se adaptam ao futebol americano profissional já em seu primeiro ano, principalmente se for um jogador selecionado no fim do Draft.
Pontos Negativos
Como qualquer temporada de calouro, as oscilações costumam acontecer e com Brown não foi diferente. O cornerback também teve problemas na temporada, como a recepção de 80 jardas cedidas para DeSean Jackson no Thanksgiving. Nada que não se possa consertar, é verdade.
Fica para a próxima temporada?
Sim. Anthony Brown é um calouro e ainda tem todo seu contrato para cumprir.
Leon McFadden
Números Individuais
- 9 jogos
- 56 snaps participados (5,3% do total)
- 3 Tackles
- 2 Tackles com Assistência
- 0 Tackles para perda de jardas
- 0 Sacks
- 0 Passes desviados
- 0 Interceptação
- 0 Fumble forçado
- 0 Fumble recuperado
Premiação Individual
Nenhuma
Situação Contratual
- Salário em 2016: US$347.823,00
- Salário em 2017: US$775.000,00
- Situação Contratual: Em contrato até 2017
Pontos Positivos
Leon McFadden foi um jogador que participou da pré-temporada com o New York Giants e só chegou em Dallas no fim de outubro para suprir a lesão de Morris Claiborne. Nos poucos snaps em que participou, McFadden mostrou ao menos uma capacidade de segurar as pontas quando necessário.
Pontos Negativos
Por conta de uma lesão sofrida por Orlando Scandrick contra o Pittsburgh Steelers, McFadden (não confundir com o running back) foi basicamente colocado na fogueira. O Steelers aproveitou sua presença em campo e colocou ninguém menos que Antonio Brown em cima do jogador, que acabou fazendo a festa. Foi em cima de McFadden que Antonio Brown anotou o touchdown em um fake spike. Por mais que seja injusto criticá-lo por isso, não deixa de ser um ponto negativo na temporada de Leon McFadden.
Fica para a próxima temporada?
Talvez. Ainda sob contrato de valor baixo, McFadden pode ter no mínimo a oportunidade de brigar por uma vaga no elenco principal durante a pré-temporada.
O que esperar da posição para 2017?
Prever a posição de cornerback para 2017 é uma das tarefas mais complicadas de todo o RECAP. Isso se dá justamente pelos dois CBs titulares do outside estão sem contrato para a próxima temporada: Brandon Carr e Morris Claiborne.
Provavelmente o Dallas Cowboys irá buscar uma renovação com pelo menos um dos dois jogadores, o que diminui as incertezas sobre a posição. Brandon Carr, por ser mais velho, pode pedir um salário menor e acabaria ganhando uma vantagem sobre Morris Claiborne, que ainda é novo, está valorizado e pode acabar recebendo uma oferta de salário muito maior que o Cowboys possa fazer por ele.
Dessa forma, o time precisa ser inteligente na hora de buscar reforços para a posição, principalmente porque a posição de cornerback costuma ser bastante valorizada na Free Agency. É possível achar um jogador com bom custo-benefício na posição no mercado, como o San Diego/Los Angeles Chargers fez com Casey Hayward, líder da NFL em interceptações em 2016. Ainda assim, o foco provavelmente será outro.
A posição de cornerback deve ser bem avaliada no Draft pelo Dallas Cowboys. De 2011 até 2015, o time só escolheu jogadores de linha ofensiva e cornerbacks na primeira rodada, o que pode se repetir em 2017. Talvez não na primeira rodada, mas espere uma escolha de um CB no Draft.
Notas da Equipe
| Nome | Brandon Carr | Morris Claiborne | Orlando Scandrick | Anthony Brown | Leon McFadden | Geral |
 Gabriel Plat |
7,5 | 8,0 | 6,5 | 9,0 | 5,0 | 7,5 |
 João Lucas Rodrigues |
9,0 | 9,0 | 7,0 | 9,0 | 5,0 | 8,5 |
 Leonardo Sangiorge |
8,5 | 7,5 | 7,0 | 9,0 | 6,0 | 8,0 |
 Luiz Gustavo Ferreira |
8,0 | 9,0 | 7,0 | 9,0 | 5,0 | 8,0 |
 Rafael Yamamoto |
9,0 | 9,0 | 7,0 | 8,0 | 5,0 | 8,0 |
 Média |
8,4 | 8,5 | 6,9 | 6,7 | 5,2 | 8,0 |
As notas são dadas com o que cada jogador rendeu com base no que ele era esperado render. Assim, não estranhe se você ver um jogador que você acha que jogou menos que outro, mas que possui uma nota maior.
Conclusão
Depois de anos com problemas entre os cornerbacks, o Dallas Cowboys finalmente teve um bom ano dos jogadores dessa posição. Com a volta de Orlando Scandrick e temporadas surpreendentes de Morris Claiborne e Anthony Brown, os CBs limitaram os recebedores adversários em praticamente todos os jogos do ano.
Apesar disso, os contratos de Claiborne e Brandon Carr chegaram ao fim e isso pode comprometer o trabalho dos cornerbacks. Sem muito espaço no salary cap disponível, o Dallas Cowboys corre o risco de perder pelo menos um jogador nessa intertemporada.
Com desfalques na posição, o time precisará buscar reforços, principalmente no draft. Não se surpreenda se alguma das primeiras escolhas do Time da América no recrutamento seja um jogador dessa posição.
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